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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Festa da democracia!

No momento em que escrevo falta pouco para que a votação referente ao pleito eleitoral 2008 seja encerrada. Em breve, saberemos os primeiros resultados da apuração de um dos sistemas mais modernos do mundo para a votação e contabilização dos votos. A tecnologia faz do Brasil um exemplo para o mundo. Toda essa modernidade que é motivo de orgulho para todos os brasileiros leva a crer que fazer política hoje é algo diferente do que se fazia há décadas atrás! Ledo engano! Apesar da agilidade na apuração dos votos, a Justiça continua lerda para apurar os casos de irregularidades e a certeza da impunidade possibilita a que políticos desonestos possam se candidatar indefinidamente. Considera-se que as eleições representam uma festa da democracia, porém, sabemos que nas festas nem todo mundo se porta bem, cometendo gafes e por vezes arruinando as mesmas! Sim, apesar da urna eletrônica, há uma parte dos políticos que faz política à moda antiga e perpetuam o que há de mais atrasado e vergonhoso num pleito eleitoral, a compra de votos, a distribuição de cestas básicas, gasolina, a coação, etc. A verdade é que a Justiça simplesmente não funciona para coibir os abusos costumeiros das setenta e duas horas anteriores à votação em que as cidades brasileiras simplesmente não dormem. Melhoramos o sistema de votação, precisamos de uma Justiça que atue de forma independente e enérgica frente aos maus políticos. E quer saber? Estamos há anos–luz desse dia! Parte do problema é uma lei antiquada, ultrapassada e outro a falta de consciência de parte das pessoas com relação ao voto que representa um cheque em branco dado pelo eleitor endossando as atitudes futuras do candidato e no caso daquele que disputa a reeleição, endossa não somente os atos futuros como aqueles realizados na administração que se encerra. Enquanto parte das pessoas não têm a necessária consciência, responsabilidade e criticidade quanto à importância das eleições, o panorama que se vê é que os políticos oportunistas sejam os anfitriões da festa. O maior problema de nosso país é a miséria do povo, cuja barriga é sensível aos agrados de véspera eleitoral. É pena! Pois como sabemos o político que distribui “agrados” para conquistar o voto é o mesmo que rouba milhões dos cofres públicos. Além da miséria, a população pobre costuma ter pouco estudo, isto é mais um complicador, pois são justamente os mais humildes, aqueles que mais precisam é que acabam sendo ludibriados pela banda podre da política! E o que vemos é o de sempre! Após a eleição o mau político não beija mais a criancinha suja e não aparece novamente na casa das pessoas pobres e nem mesmo lembra o nome do dono da casa que à véspera da eleição sabia através do sussurro de seus assessores. É comum políticos se destacarem por sua oratória, talvez, somente isto explique o fato de apesar de toda a corrupção envolvendo o histórico de alguns, o povo hipnotizado, dar-lhes sucessivos mandatos. Outra coisa que me causa ojeriza é o fato de alguns políticos, se digladiarem trocando ofensas e por conveniência no momento seguinte se unirem no mesmo palanque, já afirmava Tancredo Neves: “Política é igual nuvem! Você olha está de um jeito, olha de novo, está diferente”! Como brasileiro, não desisto nunca, continuo a sonhar com uma Justiça que corte da política, aqueles maus políticos, pois, o povo humilde muitas vezes não consegue enxergar o que há por trás da fala fácil, do sorriso e tapinha nas costas. Utópico que sou, sonho com o dia que à proposta de compra de voto, o eleitor faça correr o político vigarista, o qual considero o pior de todos os criminosos! Que Deus dê aos políticos eleitos a consciência do papel que passam a representar como funcionários do povo, assim, em benefício do mesmo devem pautar suas ações e não dos seus interesses pessoais! À população cabe a reflexão e a vigilância incansável acerca das ações dos recém eleitos, pois, todo povo tem o governo que merece ou que faz por merecer!

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