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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A indefensável defesa da ditadura militar

 A indefensável defesa da ditadura militar


Qualquer pessoa que tenha um mínimo de estudo e espírito humanitário jamais defenderia uma ditadura que matou e torturou milhares de pessoas. A escravidão e a ditadura militar são as maiores manchas na história deste país. As realizações da ditadura foram importantes para o país, mas também seriam concretizadas por um governo civil. Ao contrário do que afirmam alguns, havia corrupção, obras superfaturadas e/ou desnecessárias, (a Transamazônica foi mal planejada e superfaturada, dinheiro desperdiçado, sendo que a maior parte desta estrada foi retomada pela floresta), a construção das usinas nucleares de Angra teve o preço quadruplicado em relação ao valor real e o equipamento comprado da Alemanha era obsoleto. Itaipu custou o dobro da previsão; a BR 277 foi duplicada de Foz a Paranaguá durante o Governo militar (pelo menos é o que dizem os documentos dos empréstimos feitos pelo governo militar lá nos EUA), é isto que você vê quando viaja pelo Paraná? 
Corrupção havia e muita, mas se a imprensa ou qualquer pessoa denunciasse o risco de ser preso e  torturado era muito grande (leia "Brasil nunca mais!" de Dom Paulo Evaristo Arns), pois, os escândalos eram acobertados pela censura então vigente. Não há entre o povo rico e culto dos países desenvolvidos, o mesmo percentual de pessoas existentes no Brasil a defender uma ditadura sanguinária como a que aqui tivemos. Estes preferem que o dinheiro do governo federal sirva à manutenção dos privilégios de alguns e não para a retirada de pessoas abaixo da linha  da miséria. Caso não saibam não foi os governos civis pós abertura política que colocaram o Brasil entre as piores distribuições de renda do mundo, foi a ditadura que preconizava "é preciso fazer o bolo crescer para depois dividir", o bolo cresceu e a divisão nunca houve!
As obras dos governos militares foram executadas por meio de empréstimos externos e foram eles que colocaram o Brasil de joelhos perante o FMI e os EUA. Durante o Governo militar a dívida externa cresceu quase 3500%. O salário mínimo perdeu valor, conhecemos a hiperinflação, artistas e intelectuais tiveram que fugir do país, greves eram reprimidas (tentativa de atentado a bomba no Rio-Centro, ou seja, terrorismo de Estado). Criou-se uma mentalidade que fazer protestos e lutar por melhores condições de trabalho é coisa de desordeiros. Temos até hoje um povo apático, não por sua natureza, mas pelo medo e o método educacional imposto pelo regime.
Fico indignado quando ouço pessoas afirmarem serem terroristas àqueles que lutaram em meio a uma população apática e amedrontada para que você hoje, bem ou mal, pudesse escolher os governantes, escrever e dizer o que pensa. A verdade é que boa parte dos políticos tem projeto de poder e não projetos para o desenvolvimento do país, assim, resta um saudosismo de quando possuíam o total controle do povo brasileiro pelo uso da força e, saudade principalmente do jogo que nunca mudava (sempre estavam no poder). Quem defende a ditadura presta um desserviço à história, à nação e ao povo brasileiro, pois apesar de alguns acertos, o saldo daquele período é catastrófico. Além disso, tais pessoas desrespeitam as famílias das vítimas (políticos, jornalistas, professores, estudantes, etc.). Se hoje o Brasil é um país melhor e que está aprendendo a ser democrático, devemos isto a um pequeno, mas valoroso grupo de Brasileiros que ousaram lutar pela Democracia, muitas vezes derramando o próprio sangue!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Quanto melhor, melhor; ou quanto pior, melhor?


Quanto melhor, melhor; ou quanto pior, melhor?

             O título acima se refere a dois grupos distintos da sociedade, o primeiro diz respeito àquelas pessoas que torcem para que as coisas melhorem, mesmo que essa melhora não tenha a sua participação direta ou de seu grupo, ou seja, são sabedores que a melhoria da situação para um segmento significativo  da sociedade acaba por beneficiar todo o conjunto da mesma. Há o outro grupo que torce para que as coisas não dêem certo, pensam que tudo está errado, que o seu grupo é o mais capaz, que sua opinião não é ouvida e é a correta, por isso torcem pelo pior, mesmo que essa piora da situação também lhe atinja, é preferível o caos a não ter razão.  Em qual grupo você se encaixa? Qual das camisas você veste?
            O brasileiro habituou-se às crises econômicas, ao baixo crescimento da economia, à baixa auto-estima e não consegue perceber (ou não quer perceber) a mudança lenta, mas contínua do status do país perante as nações. Tornou-se, portanto incapaz de ver as melhoras lentas e graduais que o país vem tendo nos últimos anos. Lógico, que mágicas não existem e estamos em meio a um processo, pois,  não se resolve um século de atraso em uma década. Assisti em um canal de TV que trabalhadores de outros países estão fazendo curso de Língua Portuguesa visando migrar para o Brasil com o intuito de aproveitar as vagas de trabalho (melhor  remuneradas) que por aqui não são preenchidas devido à falta de qualificação do trabalhador brasileiro. Nisso, faço três observações:
 1º - tais vagas deveriam ser preenchidas por brasileiros e, o Estado e/ou  as empresas deveriam qualificá-los para bem desempenhar essas funções;
2º - o brasileiro deve ter um novo olhar para o país e deixar de lado o sonho de migrar para outros países, pois, no momento, as oportunidades estão aqui e não mais, na Europa e nos Estados Unidos da América, ambos em forte crise e para isso precisa correr atrás da qualificação a fim de assegurar as melhores vagas; 
3º - se o fluxo de migração se inverte e, brasileiros no exterior começam a voltar e, trabalhadores estrangeiros procuram aprender nossa língua com o intuito de aqui residir e trabalhar, então, estamos no caminho certo.
Em nosso país, há muito preconceito, não apenas o étnico (racial), mas também o social, parafraseando Milton Santos quando afirmou: “A chamada boa sociedade parece acreditar que há um lugar reservado para os negros no andar de baixo”, amplio a extensão dessa análise para: “há no seio da nossa sociedade, pessoas dotadas de grande preconceito (e não são poucas), e estas acreditam que não se deve auxiliar no resgate de pessoas em condições de miserabilidade, para terem, enfim, direito àquilo que foi estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU), uma vida digna”. A redução/erradicação da miséria é condição indispensável para a melhoria geral de toda a sociedade e para o desenvolvimento do Brasil. Enquanto o Brasil for de poucos, seremos o que até aqui fomos, um “país de futuro”, cujo futuro, não  chega nunca!
Eu sou do grupo “quanto melhor, melhor”!  E você?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cuidado com o Paradoxo de Abilene!


Cuidado com o Paradoxo de Abilene!

             Há alguns dias lembrei-me de um vídeo que assisti há muito tempo atrás sobre o Paradoxo de Abilene ao constatar como o mesmo é verdadeiro. O dicionário Aurélio define a palavra paradoxo da seguinte forma conceito que é ou parece contrário ao senso comum; contra-senso, absurdo, disparate”, e, Abilene, por sua vez,  é uma cidade dos Estados Unidos da América, no estado do Texas. A história utilizada para ilustrar o paradoxo era a seguinte: Numa tarde quente em visita a Coleman (Texas), uma família está confortavelmente jogando dominó no alpendre da casa, até que o sogro sugere um passeio a Abilene (Texas), que fica a 53 milhas (85 km), para jantar. A esposa diz, "parece uma boa idéia". O marido, apesar de ter algumas reservas quanto ao calor e a distância, imagina que sua opinião pode estar em desacordo com o grupo e diz "por mim tudo bem. Apenas espero que sua mãe queira ir". A sogra então diz "claro que eu quero ir. Há muito tempo que não vou a Abilene". A viagem é longa, empoeirada e quente. Quando chegam na cafeteria, a comida é tão ruim quanto a viagem. Eles chegam de volta em casa quatro horas depois, exaustos. O genro fala desonestamente "Foi uma bela viagem, não foi?" A sogra diz que, na verdade, ela preferia ficar em casa, mas concordou em ir já que os outros três estavam tão entusiasmados. O marido diz "Não me agradou fazer isso. Só fui para agradar vocês."¹
O Paradoxo de Abilene ocorre quando as pessoas tomam decisões indo contra a sua própria opinião para ser simpático com outras pessoas e estas por sua vez não manifestam também ter opinião contrária buscando ser simpático com o “formulador” da idéia e com os demais. Em resumo a falta de comunicação e uma suposição errada do desejo dos demais levam ao erro. Na atualidade, por conta do sistema capitalista hegemônico em que produzir e consumir é a lei, além de muito trabalhar, a humanidade também tem acesso a uma quantidade de informações nunca antes disponível, para isso, há livros, revistas, jornais e claro, a internet. De posse de tanta informação e de tantos meios de comunicação se poderia pensar que não mais as pessoas fossem vítimas do Paradoxo de Abilene, no entanto, a utilização intensa da internet faz com que as pessoas cada vez mais se tornem suas vítimas, pois estamos perdendo a capacidade de expressarmo-nos oralmente com clareza, pois, apesar de o mundo estar se tornando menor com o avanço dos  transportes e das telecomunicações, estamos nos distanciando das pessoas e nosso contato com estas, cada vez mais está sendo intermediada por aparelhos eletrônicos e quando as encontramos buscamos ser simpáticos, aí o Paradoxo de Abilene costuma agir.
Muitas são as ocasiões em que o Paradoxo de Abilene se manifesta. Conheço um casal que ao construir sua casa, o marido tinha a preferência por um modelo de cerâmica e escolheu outro por pensar ser este o de agrado de sua esposa e esta por sua vez resolveu agradar o marido deixando este escolher o modelo que foi então colocado  na casa e não o de seu agrado, ou seja, o mesmo que o marido renunciou para fazer a “vontade” da esposa, somente depois descobriram o fato de serem vítimas do famoso paradoxo. Você, leitor, certamente deve ter passado por alguma situação semelhante a essa na vida e dela agora pode lembrar e rir (se puder!). Deixo um conselho: Cuidado com o Paradoxo de Abilene, ele está à solta!
Fonte: 1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo_de_Abilene - acesso em 21 de Novembro de 2011.

O caminho da discórdia!


O caminho da discórdia!

            As Cataratas do Iguaçu juntamente com a Floresta Amazônica acabam de ser incluídas dentre as Sete Maravilhas da Natureza em votação realizada recentemente, embora ainda falte a confirmação oficial que ficará para o ano de 2012. Mas, de “maravilha” somente as belezas e o título, pois há muito para se fazer. A eleição das Cataratas e da Floresta Amazônica trará ainda mais destaque para o país e também recursos com o turismo e o financiamento de projetos ambientais, além de mais pressão para a sua preservação, o que não é ruim, desde que consonante com a soberania brasileira. Quanto à Floresta Amazônica, frequentes manchetes sobre desmatamentos e garimpos ilegais, tráfico de animais, biopirataria, as polêmicas envolvendo construções de usinas hidrelétricas, etc. somadas à grande dificuldade de fiscalização, enfim, os problemas são comparáveis à imensidão da área que a forma.
No caso das Cataratas do Iguaçu cujo rio homônimo há muito vem sendo maltratado com a retirada da mata ciliar e o consequente assoreamento e contaminação com pesticidas das lavouras e o despejo de efluentes das cidades por onde passa, torna aquela expressão de êxtase  das pessoas ao receber o banho de vapor d’água na passarela das cataratas algo no mínimo, “surreal”.  As mundialmente famosas cataratas estão abrigadas no Parque Nacional do Iguaçu que está envolto na polêmica da reabertura da estrada do colono, em que 18 municípios se sentem prejudicados pelo fechamento da referida estrada desde 1986, com processos correndo na Justiça Federal desde então. O município de Capanema vem perdendo população e há quem credite isso ao fechamento da estrada existente desde antes da criação do parque, porém, a perda de população é um fenômeno que vem ocorrendo na maioria das pequenas cidades, e pouco tem a ver com essa questão, e, se prejuízos a criação do parque causa aos municípios vizinhos, investimentos ou ressarcimentos devem ser realizados por parte do Governo Federal naquela localidade.
A UNESCO já se demonstrou contrária à reabertura e afirmou que irá retirar o título de Patrimônio Natural da Humanidade dado ao Parque Nacional do Iguaçu, caso a estrada seja reaberta, e isso, pode inviabilizar o ingresso de recursos para sua preservação. Entendo que a população sonhe explorar a região do parque objetivando o desenvolvimento da cidade, porém, sempre há o risco de caçadores ou pessoas sem consciência ambiental deteriorarem as condições do parque estressando os animais com o movimento, matando-os intencionalmente ou não com atropelamentos, deixando lixo na área, causando incêndios, etc. Penso que a estrada não deva ser reaberta sem um projeto embasado em Estudo de Impacto Ambiental – EIA, pois,   há muito que estudar antes de bater o martelo definitivamente, porém, o parque precisa ser preservado e os municípios não podem ficar desassistidos. Se o melhor é manter a estrada fechada, alternativas de desenvolvimento devem ser criadas para os municípios da região.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Narciso às avessas! Parte 2


Narciso às avessas! (parte 2)

            Neste momento em que escrevo a continuidade deste artigo tenho em mim um misto de arrependimento e também de orgulho. Arrependimento por não ter feito uma pesquisa anterior e verificado que o genial Nelson Rodrigues já havia escrito sobre tal temática e orgulho porque vejo que a minha análise não é equivocada, pois, Nelson Rodrigues chegou a afirmar: “O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Nossa tragédia é que não temos o mínimo de auto-estima”¹. Mas logo me recobrei, afinal, pensei: é possível escrever algo sobre o Brasil e o povo brasileiro que tenha escapado da análise de Nelson Rodrigues?
            O famoso dramaturgo e escritor foi talvez o primeiro a tornar público o nosso “complexo de vira-lata”, nas palavras dele: por 'complexo de vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”². O Brasil atualmente ocupa uma projeção cada vez maior no mundo, o que o nosso país faz, o que nossas autoridades pensam e como agem diante das grandes questões globais é de uma significância cada vez maior e há entre nossos conterrâneos muita gente que ainda não se deu conta que o Brasil está ocupando um espaço cada vez maior nas discussões internacionais. É o Brasil está na moda! Literalmente! Enquanto alguns insistem em colocar a bandeira estadunidense no carro ou na roupa, há entre os consumidores dos produtos brasileiros em outros países a exigência de que estes principalmente roupas e calçados venham com a bandeirinha verde-amarela.
            Penso que o cinema hollywoodiano patrocinado por empresas e também pelo  governo estadunidense ao fazer a apologia ao “american way of life”, ou seja, o estilo de vida americano cria no brasileiro a ilusão de que nos Estados Unidos da América tudo é perfeito. E o brasileiro ao assistir o filme por comparação lamenta-se que vive no Brasil e não no “país da perfeição”, esquecendo-se que lá como cá muitas pessoas vão ao cinema e também lamentam que sua vida não é como aquela que aparece na telona ou nas telinhas. Acredito que nos Estados Unidos muita gente gostaria de viver naquele Estados Unidos da América que aparece no cinema e não naquele da vida real, da concentração da renda, da crise econômica, do déficit fiscal, da maior dívida externa mundial, do desemprego crescente, de parcela da população que enfrenta fila para ter acesso a um prato de comida doado por entidades beneficentes. Enfim, no Brasil, temos muitos problemas, mas temos também a capacidade de resolvê-los.
Referências:                                               
2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_vira-lata -  acesso em 08 de Novembro de 2011.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Narciso às avessas! - parte 1

Narciso às avessas! (parte 1)


            É por todos conhecido o mito grego de Narciso, o jovem que morreu afogado no lago em cujas margens  tinha por hábito se debruçar para contemplar a bela imagem que julgava possuir. Há muitas interpretações para a lenda de Narciso, na maioria críticas ao auto-culto da imagem. Mas eu não estou escrevendo estas linhas para ir à mesma direção da maioria que sobre tal mito escreveu e, isso é possível de se constatar pelo título que por si só denota outro encaminhamento para a questão.
            Há muito tenho observado que o brasileiro médio é culturalmente um narcisista às avessas, ou seja, diferentemente do lago que chorava por não poder mais olhar para os olhos de Narciso a fim de contemplar sua própria beleza refletida nos olhos deste que havia morrido afogado. O brasileiro olha para os olhos dos estadunidenses, europeus, etc. e contempla a beleza destes como se estes tivessem um algo mais que julga não possuir e despreza a si próprio, só vendo em si feiúra, incapacidade, etc. Adora tudo o que vem em língua estrangeira em detrimento à língua materna, pois muitos pensam  não haver o que admirar na música, na literatura, na ciência, na política, na economia, enfim, na sociedade brasileira. Gostam de músicas cujas letras não entendem e admiram países cujas histórias não conhecem. Irritam-se com críticas ao “Big Brother Yankee” e riem das piadas e comentários maldosos sobre o Brasil e os brasileiros falados por estrangeiros e por “nem tão brasileiros” assim. 
É pelos brasileiros médios aceito com naturalidade as injustas derrotas brasileiras, da mesma forma, com que enaltecem atitudes nem tão leais por parte de nossos “brothers” do Norte. Falam de nossas derrotas com o saudosismo do tempo em que o Brasil se juntava ao “irmão” do Norte para “surrar” (entenda-se pressionar) o “hermano" mais fraco e não com o orgulho de saber e ter coragem de dizer NÃO para defender os próprios interesses e os dos países amigos. Desta forma, criticar injustamente o Brasil e o povo brasileiro não traz ao autor nenhuma antipatia, pelo contrário, há quem diga: este sabe das coisas... Disse tudo!  Em várias oportunidades me deparei com textos “detonando” com o Brasil e seu povo, lógico que um pouco de autocrítica não faz mal algum, porém,  não podemos ter medo de olhar para quem julga ser Narciso pelo medo de ver em seus olhos nosso reflexo. O que me deixa perplexo é que tais textos ácidos escritos por pessoas que digamos, tem um amor doentio pelo Brasil, mas, aquele amor de amante traído, egoísta, perverso, tem a simpatia de parcela do povo brasileiro. Isso, em meu ver, é doença e não patriotismo!