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domingo, 23 de setembro de 2012

A novela dos caças para a FAB - Parte 2

Na Red Flag 2008 realizada nos EUA, os Rafale superaram os F-18 americanos cujos pilotos afirmaram que viam os Rafales quando não dava mais tempo de reagir. O problema está no fato do Rafale ser o mais caro dos três concorrentes. O Brasil precisa aumentar seu orçamento de defesa ou não conseguirá ocupar o papel que almeja entre as grandes nações do mundo e terá sua soberania e consequentemente a posse de suas riquezas ameaçadas. A FAB já afirmou que qualquer dos três caças preenche as necessidades da Força, sabemos que os militares entendem de critérios técnicos, porém, como não se trata apenas da escolha de um avião, critérios técnicos não são suficientes, dessa forma, a decisão será política, pois envolve questões geopolíticas. No entanto o Rafale e o F-18 são disparadamente melhores. O Gripen NG é um avião ainda em fase de protótipo, a proposta é honesta e boa, mas não para o momento, pois o custo de desenvolvimento de um projeto pode se elevar muito e demandar um tempo que o país não dispõe. Prova disso é que tanto o Rafale como o F-18 demandaram duas vezes mais recursos do que o inicialmente projetado, porém, o Gripen como monomotor que é sairá mais barato e terá um custo de hora/vôo mais barato. O que está em jogo não é a escolha de um avião como se fosse uma mercadoria de prateleira, pois aí seria fácil escolher. O que se pretende é formar uma aliança estratégica e aí fica a pergunta: Seria melhor e mais confiável com os EUA? Com a Suécia ou com a França? No caso dos EUA seria uma temeridade, pois este país não desperta nenhuma confiança em qualquer pessoa que tenha um mínimo de noção de história e geopolítica mundial. A Suécia é um país com pequena expressão política internacional e que busca um parceiro para arcar com as pesadas despesas de desenvolvimento da nova geração do Gripen para que o projeto tenha continuidade. O desenvolvimento de um projeto de caça custa vários bilhões de dólares antes que a primeira aeronave voe, uma aliança com a Suécia possibilitaria a transferência tecnológica e um upgrade no conhecimento nacional para a construção de futuras aeronaves mais avançadas, mas como aliança, pouco acrescentaria ao Brasil no cenário geopolítico mundial. O peso da Suécia no cenário internacional é inferior ao do Brasil. Outro inconveniente é que muitas peças do Gripen NG são estadunidenses, portanto sujeitas a embargos para posteriores vendas a terceiros países, e também no caso de um esforço de guerra em que a posição estadunidense seja contrária à brasileira. Não é exagero nenhum afirmar que se existe um país que pode ameaçar os interesses brasileiros de uma maior participação na geopolítica sul-americana e mundial e mesmo a soberania nacional esse país é os EUA, pois o mesmo não deseja que sua influência na região seja enfraquecida pelo fortalecimento exagerado do Brasil (além do que os EUA consideram aceitável). Dos três países, a França é o único que defende a ampliação do Conselho de Segurança com a participação do Brasil. É um canal importante de acesso dos interesses brasileiros (leia-se comércio) junto à União Européia, pois, é um dos países mais importantes daquele bloco. A França detém tecnologias que a Suécia não dispõe e com a parceria poderia transferi-las ao Brasil. O Rafale é mais caro? É! Mas se queremos o mais barato então podemos continuar garimpando sucatas pelo mundo e reformando-as, enquanto assistimos países vizinhos de menor expressão econômica e política comprando armamentos melhores e assim fazendo cada vez mais bravatas contra o Brasil. O Brasil é um país com tradição pacífica, mas, para assegurarmos a paz e a soberania nacional é necessário que sejamos respeitados e não seremos respeitados se formos fracos. Assim entre EUA, Suécia e França, esta última representa a melhor aliança estratégica para o Brasil.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A novela dos caças para a FAB – Parte 1

Sou aficionado de longa data pela aviação, quando adolescente costumava comprar revistas sobre aviação de caça e tinha por hábito memorizar dados técnicos de cada aeronave. Sendo assim, no início do ano em uma viagem de moto ao Rio Grande do Sul, aproveitei para visitar a Base Aérea de Santa Maria (BASM), não podia perder a oportunidade, fiquei muito feliz de estar naquele lugar, muito embora como mero visitante não pudesse ficar próximo aos aviões. Apesar disso, visitar a base foi interessante, pois fui gentilmente atendido pelos oficiais e praças e pude ver alguns sobrevôos do helicóptero H-60L Black Hawk e a aproximação de dois A-1 (AMX), além de ouvir o rugir de turbinas de caças em teste. Mais recentemente soube que o Esquadrão de Demonstração Aéreo mais conhecido como “Esquadrilha da Fumaça” se apresentaria em Cascavel e para lá me desloquei para assistir. A apresentação foi algo fantástico, com direito a fotos e autógrafos para o meu filho junto aos T-27 “Tucanos”. Lembrei-me que há dezesseis anos se arrasta um processo de escolha de novas aeronaves de caça para a Força Aérea Brasileira, as atuais se encontram em final de vida útil, muitas com mais de 30 anos e cujos custos de manutenção se elevam com o passar do tempo. Nesse período, a tônica foi a indefinição e constantes protelações do Governo, pois, FHC deixou para Lula decidir e este para Dilma e no momento a alegação para o pé no freio é a desaceleração econômica. No entanto, essa decisão precisa ser tomada, pois mesmo sendo o Brasil um país pacífico, planeja projetar uma maior envergadura no cenário internacional (ONU), e também devido ao fato de ser detentor de recursos naturais fabulosos, precisa estar em condições de desestimular qualquer ato de cobiça de nossas riquezas ou de desrespeito à soberania nacional por alguma nação hostil. Mas a tarefa não é fácil, comprar equipamentos militares num país com tantas necessidades encontra oposição de parte considerável da população brasileira, apesar disso, tais compras se fazem necessárias. Há alguns dias li que no caso de um ataque ao Brasil, só poderíamos responder de forma intensa ao fogo inimigo por uma hora. Por que então a demora? A necessidade de muitos e intermináveis estudos técnicos e decisões político-estratégicas, pois, escolha de equipamento militar precisa levar em conta as alianças estratégicas e não pode nunca ser apenas técnica, pois, em caso de necessidade o fornecedor pode decretar embargos como os EUA já fizeram várias vezes com muitos países, inclusive com o Brasil. O F - 18 (um excelente avião seria uma temeridade, pois os EUA não são confiáveis). Não se trata apenas da escolha de um avião, mas de uma parceria, uma possível aliança estratégica com a França ou mais improvável com a Rússia (Sukhoi 35) contrabalançaria a presença geopolítica estadunidense na América do Sul (leia-se Colômbia e Paraguai), embora, no caso dos poderosos aviões russos, teríamos a forte oposição de Washington.

sábado, 8 de setembro de 2012

Três coisas que não entendo! Parte 2

George Walker Bush é o filho mais velho de George H. W. Bush que foi vice-presidente em toda a administração Ronald Reagan (1981-1989) e também presidente dos Estados Unidos (1989-1993). Dessa forma, George W. Bush também conhecido como “Dáblio” cresceu numa família que fez da política um dos seus mais promissores negócios, além é claro do setor petrolífero. A proximidade dos Bush com o poder sempre rendeu ao clã informações privilegiadas que foram sempre muito bem aproveitadas nas suas empresas. Bush pai, foi pupilo de Ronald Reagan que juntamente com Margareth Thatcher (Inglaterra) propagaram o neoliberalismo por todo o planeta. Para tal, utilizaram organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial para pressionar os países subdesenvolvidos a implementarem reformas neoliberais com a clara intenção de garantir o acesso das potências desenvolvidas aos recursos naturais, serviços e empresas lucrativas sob posse de governos de países pobres. O resultado é conhecido de todos, na forma das muitas tragédias econômicas que se abateram pelo mundo. “Dáblio” durante seu governo dominou a programação humorística dos Estados Unidos, sempre havia produtores de programas humorísticos ou de entrevistas com um olho na pauta e outro nas entrevistas do então presidente à espera de uma nova gafe, e como “Dáblio” cometia gafes! Após se eleger, afirmou em cadeia nacional de TV que todos aqueles que eram maus alunos também podiam ser presidentes dos EUA. Noutra oportunidade afirmou: "Os inimigos dos EUA nunca deixam de pensar em novas formas de prejudicar o nosso país e o nosso povo; tampouco nós” (risos). Certa vez, durante seu governo, um avião espião estadunidense foi capturado em ação em território chinês, sua tripulação foi feita prisioneira. “Dáblio” ameaçou usar todos os meios disponíveis contra a China e seus líderes responderam que podia fazê-lo, que saberiam se defender, então assessores lhe avisaram sobre o poderio militar chinês e este abrandou o tom da fala convidando os chineses para resolver a questão diplomaticamente. Quando enfim, os reféns foram libertados e o avião que os trazia fez uma escala no Havaí (território americano), Bush em rede nacional de TV disse que só ficaria aliviado quando os reféns estivessem em solo estadunidense (risos). Também foi autor de uma gafe sincera: "Você sabe, uma das partes mais difíceis do meu trabalho é conectar o Iraque à guerra ao terrorismo" (risos). Caso queira ler mais sobre as gafes de Bush, busque na Internet e ria a valer, mas o fato é que Bush, além de mau aluno foi considerado o pior presidente da história dos Estados Unidos da América de acordo com uma pesquisa. Também foi o executor da doutrina Bush em que direitos humanos e o direito internacional foram desrespeitados a pretexto de salvaguardar os EUA de um possível ataque externo ou interno. A equipe de Bush tinha um braço forte para a guerra e outro raquítico para as questões econômicas, não nos esqueçamos que foi durante seu governo que os Estados Unidos quebrou e levou meio, ou mais de meio mundo junto. Como Bush conseguiu se eleger presidente? A velha questão do berço (clãs), a alienação do povo e um sistema eleitoral ineficiente. Se você pensa ser isto algo longínquo, passe a observar mais os sobrenomes de nossos políticos.

sábado, 1 de setembro de 2012

Três coisas que não entendo! Parte 1

Três perguntas me perseguem e você se engana se pensa serem os tradicionais questionamentos filosóficos: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Estas são questões filosóficas que ocupam a mente de pensadores desde que o homo sapiens surgiu na Terra e talvez por todo o “sempre” ocupará. Trata-se de questões outras, a saber: A Teoria da Relatividade, que convenhamos não é nenhuma vergonha não entendê-la, haja vista que pouquíssimos realmente a compreendem, coloco esta questão em terceiro lugar. Para mim o segundo maior mistério é por que Obama ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2009? E na primeiríssima posição como o povo de um país poderoso, desenvolvido, como os Estados Unidos da América escolheu como presidente George Walker Bush, nacionalmente famoso por suas gafes e segundo ele próprio, um dos piores alunos de sua turma? Segundo a Wikipédia, Teoria da Relatividade é a denominação dada ao conjunto de duas teorias: a Relatividade Restrita (ou Especial) e a Relatividade Geral. A Teoria da Relatividade nos leva a conclusões que nos soam bizarras, como no caso do Paradoxo dos Gêmeos em que um é colocado numa nave, em viagem até um ponto distante do espaço e seu irmão gêmeo fica na Terra, após alguns anos, o gêmeo viajante retorna e observa que seu irmão que permaneceu na Terra está alguns anos mais velho que ele. Há outras situações que tal como esta, dá um nó no cérebro e que me levaram a adiar para a aposentadoria a leitura de um livro sobre tal teoria. Então por falta de conhecimento específico não vou prosseguir escrevendo sobre algo que desconheço! Vamos à segunda questão, Barack Obama é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos e sinceramente torci por sua eleição para a presidência daquela que é a nação mais poderosa do planeta, pensava que seria um tributo à Martin Luther King, à Malcom X, importantes líderes negros que derramaram o próprio sangue lutando por um país onde a discriminação étnico-racial não tivesse vez, algo que sabemos ainda muito distante do atual Estados Unidos da América. O primeiro líder com seu discurso pacifista, certa vez afirmou: "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele", e o segundo com o discurso inflamado de quem já esperou demais por algo pelo qual sequer deveria estar lutando se não houvesse a intolerância, a prepotência, a arrogância e outros adjetivos mais que caracterizam certas pessoas que em razão de sua forma de ser, não cometemos o erro da redundância. No entanto, apesar de ter gostado de ver Obama eleito, achei prematura a decisão de conceder-lhe o Prêmio Nobel da Paz por sua iniciativa de reduzir os estoques das armas nucleares, afinal, ter a capacidade de destruir seis ou quatro planetas Terras não muda muita coisa. No entanto se este, unilateralmente, para dar o exemplo, decidisse desativar todas as ogivas nucleares de que seu país dispõe, mereceria os meus entusiásticos aplausos, embora nesse caso, temesse por sua vida, afinal inimigos existem e muitas vezes são internos. E convenhamos muito de que Obama falou com relação à Paz no mundo foi uma mera pirotecnia retórica.