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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

De olho no ENEM e nos vestibulares– Parte 2

Além da extração de gás de folhelho, popularmente conhecido como “xisto”, os especialistas consultados por Veja apontam as questões relacionadas à água especialmente a crise no sistema hídrico que se fez mais grave em São Paulo sendo que até água do volume morto do sistema Cantareira foi bombeada para o consumo da população. Também é importante lembrar que no mesmo período em que São Paulo sofria com a falta de chuvas houve enchentes em outras áreas da região sudeste. A região norte do país teve um excesso de chuvas provocando alagamentos e a interrupção do tráfego em algumas rodovias e também do funcionamento de usinas no Rio Madeira. Os telejornais noticiaram a disputa pela água entre São Paulo e Rio de Janeiro e o Governo Federal se preocupou também com o volume de água liberada para o funcionamento de usinas hidrelétricas na região. A reflexão deve ser quanto ao que deve ser feito para evitar crises de abastecimento, pois, estas não constituem apenas reflexo do clima, mas, apontam para a má gestão dos recursos hídricos e também para questões culturais não condizentes com o desenvolvimento sustentável. A crise energética é outro tema apontado pelos educadores para o Enem e para os vestibulares, o sistema elétrico brasileiro possui uma carga instalada de 120000 megawatts e para ter segurança no fornecimento precisa contar com uma margem excedente de produção em relação ao consumo de 5%. Ocorre que a margem de segurança encontra-se em 2% e quaisquer problemas decorrentes de raios e o Brasil é um dos países com maior incidência de raios pode causar a interrupção de uma linha de transmissão de energia que pode derrubar todo o sistema ou parte dele. A Matriz energética conta com a produção de 86923MW de usinas hidrelétricas; 9816 MW de usinas termelétricas a gás; 8870 MW de usinas a biomassa; 4805 MW de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) 5297 MW de usinas a óleo e bicombustíveis; 3152 MW de usinas a carvão mineral e 2181 MW de usinas eólicas. O crescimento econômico e o aumento do poder aquisitivo da população levam a um maior consumo de energia, portanto, o Brasil precisa de constantes acréscimos de oferta de energia, porém, há um custo ambiental envolvido. Conhecer a matriz energética brasileira é importante, bem como refletir sobre a equação da necessidade de novas ofertas de energia e o custo ambiental decorrente, ou seja, qual é o custo-benefício a ser buscado. Outro tema apontado por Veja diz respeito aos problemas urbanos e sistemas modais sendo que por ocasião dos protestos de Junho de 2013 o tema em pauta na imprensa nacional era o transporte público e na ocasião da Copa a preocupação governamental e dos organizadores era quanto às obras de mobilidade urbana, sendo que houve investimentos no aumento das redes de metrôs, trens leves e corredores de ônibus. No Brasil há uma carência histórica de investimentos no transporte público aliado à preferência cultural da população em utilizar o transporte individual ocasionando o congestionamento das vias urbanas. A política governamental incentiva a produção e venda de veículos buscando preservar empregos e manter a economia em funcionamento, no entanto, “iniciativas verdes” como o aumento das ciclovias é um sonho distante em grande parte das cidades brasileiras e o percentual de impostos cobrado na produção de uma bicicleta é superior ao do veículo zero km. Li certa vez que nos Estados Unidos há uma cidade que construiu metrôs de superfície e estabeleceu o passe livre para desengarrafar o trânsito, assim, o passageiro se desloca gratuitamente ao invés de gastar utilizando o automóvel particular, na outra mão existem cidades europeias que cobram pedágios urbanos e taxas elevadas para o estacionamento de veículos visando desestimular o uso pelo público de seu automóvel individual. Diante disso, qual caminho deve ser perseguido pelos gestores públicos? Algumas cidades europeias contam com pontos de aluguel de bicicletas, uma iniciativa que merece aplausos. O desenvolvimento de um sistema de transporte público eficiente e barato é um desafio econômico e ambiental para o país com a entrada crescente de novos veículos em circulação. A energia utilizada nesse transporte público também deve ser objeto de reflexão (etanol, biodiesel, etc.). Enfim, o transporte público é tema corrente na pauta dos países desenvolvidos e um grande desafio para o Brasil, assim, o estudante deve dispensar alguns momentos refletindo sobre tal tema. Referências: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/enem-2014-prova-sera-realizada-nos-dia-8-e-9-de-novembro http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/temas-da-atualidades-que-podem-cair-no-enem-e-vestibulares-201415

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

De olho no ENEM e nos vestibulares– Parte 1

O Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio inicialmente alvo de críticas de especialistas em educação esteve também envolvido em polêmicas por causa de vazamento de provas, no entanto, essa fase parece ter ficado definitivamente para trás e o referido exame cada vez mais se firma como um dos mais importantes passaportes para que milhões de jovens brasileiros tenham enfim o acesso ao curso universitário. O Enem é utilizado por várias instituições de ensino superior, e, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) é possível obter bolsas de estudo para cursos de universidades privadas. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) utiliza a nota do exame para selecionar alunos para universidades públicas. O Enem/2014 se realizará nos dias 8 e 9 de novembro e somente poderão participar os candidatos devidamente inscritos até fins de maio passado. O número de inscritos esse ano supera o de 2013. A segurança do exame contra fraudes e vazamentos tem sido cada vez mais aperfeiçoada. Também é possível tirar o certificado do ensino médio, desde que o estudante consiga atingir a nota mínima de 450 pontos em cada uma das quatro provas objetivas (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas) e 500 pontos na redação. A VEJA também publicou uma matéria sobre os temas da atualidade que poderão cair no Enem e nos vestibulares por meio de uma lista de temas fornecidos por especialistas em educação. A referida matéria registra que acompanhar assuntos discutidos no Brasil e no mundo é um fator importante para um bom desempenho no Enem e nos vestibulares e que embora o Enem ao contrário dos vestibulares, não cobra de seus candidatos informações pontuais sobre atualidades, possui questões que exigem do candidato conhecimentos básicos sobre o que está em debate no país e no mundo. Paulo Moraes, coordenador do Anglo Vestibulares afirma: “O Enem não é factual, não cobra do aluno detalhes de um assunto que ganhou as manchetes dos jornais às vésperas da prova, mas exige atenção a temas que pautaram as discussões no Brasil nos últimos doze meses”. Dentre os temas que podem cair no Enem e nos vestibulares estão a extração de gás e petróleo do xisto (tema já tratado nesse espaço com o artigo “O canto da sereia”), na verdade, folhelho betuminoso e que está gerando grande polêmica devido a difícil equalização entre benefícios econômicos e custos ambientais. A exploração de folhelho é conhecida há muito tempo, mas o processo não tinha a lucratividade da exploração tradicional de petróleo e jazidas profundas eram inacessíveis, então a exploração era realizada em depósitos superficiais, no entanto, a crescente necessidade de energia e o aumento da dependência externa de grandes potências como os Estados Unidos da América e a descoberta da técnica conhecida pelo termo em inglês “fracking” que se trata do fraturamento hidráulico em que é injetada água sob alta pressão com grande quantidade de componentes químicos para liberar o gás da camada de folhelho que pode estar em profundidades entre 1000 a 3000 metros. Trata-se da possibilidade de por um lado conseguir o suprimento de grande quantidade de energia que pode ser utilizada em indústrias, usinas termelétricas a gás, etc. O Brasil fez o leilão para a exploração de tal minério e o Paraná especialmente o terceiro planalto (Atenção: possível tema para vestibulares de universidades públicas paranaenses!) possui grandes reservas de folhelho betuminoso, porém, a técnica é considerada muito agressiva ao meio ambiente e vários problemas já foram reportados em países como os EUA, a Argentina, etc. O debate em questão é: O mundo precisa cada vez mais de energia e o folhelho betuminoso explorado pela técnica do “fracking” pode ser o passaporte para a autossuficiência energética, no entanto, seu custo ambiental é gigantesco e os riscos são exponenciais. O gás de xisto (folhelho) deve ser explorado imediatamente ou sua exploração deve ser suspensa até que novas pesquisas ou uma nova tecnologia menos agressiva sejam desenvolvidas? Pela autossuficiência energética vale a pena correr os riscos ambientais envolvidos? Ou deve a humanidade passar a contabilizar como custo de extração os prejuízos ambientais decorrentes e procurar desenvolver com o auxílio da ciência fontes alternativas e preferencialmente renováveis de energia? As questões ambientais costumam ser secundarizadas quando afetam as motivações econômicas e os especialistas pregam a necessidade do surgimento de uma nova sociedade, econômica e ambientalmente sustentável. Há nessa nova sociedade sustentável lugar para a exploração do gás de “xisto” levando em conta a ética na responsabilidade de preservação ambiental para as futuras gerações? Essas são algumas das questões que o postulante à vaga na Universidade deve refletir após se inteirar do tema. Referências: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/enem-2014-prova-sera-realizada-nos-dia-8-e-9-de-novembro http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/temas-da-atualidades-que-podem-cair-no-enem-e-vestibulares-201415

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Longa vida aos sebos!

Penso que visitar sebos é uma atividade muito interessante, pois, lá podem ser encontrados livros raros (esta semana acrescentei mais dois ao meu acervo) sendo que um deles mesmo sendo usado não saiu exatamente barato, devido à famosa lei da oferta e da procura (não reclamo, pois, valeu cada centavo!). Nos sebos encontramos livros fantásticos (e alguns nem sequer imaginávamos existir) e o atendimento é uma atração à parte, a impressão que dá é de que as pessoas que trabalham com sebos sentem-se felizes por dar ao velho livro ou nem tanto (há novos e seminovos) uma nova oportunidade, um novo lar, uma nova mente para iluminar. Acredito que as pessoas que têm tem amor pela leitura, mesmo sabedoras das vantagens do livro digital, não abandonam o livro de papel, pois, o papel dá alma ao livro. O papel é a primeira paixão de um menino-homem ou de uma menina-mulher, que se aventura na vida em busca do saber, novos amores podem até acontecer, mas, o livro de papel terá sempre seu lugar no coração e na alma de um ancião e uma anciã. Não há como falar em amor sem falar em Drummond e é dele o texto aqui reproduzido, com vocês o poeta eterno: “O amigo informa que a cidade tem mais um sebo. Exulto com a boa-nova e corro ao endereço indicado. Ressalvada a resistência heroica de um Carlos Ribeiro, de um Roberto Cunha e pouco mais, os sebos cariocas foram se acabando, cedendo lugar a lojas sofisticadas, onde o livro é exposto como artigo de moda, e há volumes mais chamativos do que as mais doidas gravatas, antes objeto de decoração, do que de leitura. Para onde foram os livros usados, os que tinham na capa este visgo publicitário, as brochuras encardidas, as encadernações de pobre, os folhetos, as revistas do tempo de Rodrigues Alves? Tudo isso também é “gente”, na cidade das letras, e como “gente”, ninho de surpresas: no mar de obras condenadas ao esquecimento, pesca-se às vezes o livrinho raro, não digo raro de todo, pois o faro do mercador arguto o escondeu atrás do balcão, e destina-o a Plínio Doyle, ao Mindlin paulista ou à Library of Congress, que não dorme no ponto… mas pelo menos, o relativamente raro, sobretudo aquele volumeco imprevisto, que não andávamos catando, e que nos pede para tirá-lo dali, pois está ligado a circunstâncias de nossa vida: operação de resgate, a que procedemos com alguma ternura. Vem para a minha estante, Marcelo Gama, amigo velho, ou antes, volta para ela, de onde não devias ter saído; sumiste porque naqueles tempos me faltou dinheiro para levar a namorada ao cinema, e tive de sacrificar-te, ou foi um pilantra que me pediu emprestado e não te devolveu? Perdão, Marcelo, mas por 5 cruzeiros terei de novo a tua companhia. Matutando no desaparecimento de tantos sebos ilustres, inclusive o do Brasielas chego a este novo. É agradavelmente desarrumado, mas não muito, como convém ao gênero de comércio, para deixar o freguês à vontade. Os fregueses, mesmo não se dando a conhecer uns aos outros, são todos conhecidos como frequentadores crônicos de sebo. Caras peculiares. Em geral usam roupas escuras, de certo uso ( como os livros ), falam baixo, andam devagar. Uns têm a ponta dos dedos ressecada e gretada pela alergia à poeira, mas que remédio, se a poeira é o preço de uma alegria bibliográfica? Formam uma confraria silenciosa, que procura sempre e infatigavelmente uma pérola ou um diamante setecentista, elzeveriano, sabendo que não o encontrará nunca entre aqueles restos de literatura, mas qualquer encontro a satisfaz. Procurar, mesmo não achando, é ótimo. Não há a primeira edição dos Lusíadas, mas há do Eu, e cumpre negociá-la com discrição, para que o vizinho não desconfie do achado e nos suplante com o seu poder econômico. À falta da primeira, a segunda, ou outro livro qualquer, cujo preço já é uma sugestão: “Me leva”. Lá em casa não cabe mais nem aviso de conta de luz, tanto mais que as listas telefônicas estão ocupando lugar dos dicionários, mas o frequentador de sebo leva assim mesmo o volume, que não irá folhear. A mulher espera-o zangada: “Trouxe mais uma porcaria pra casa!”. Porcaria? Tem um verso que nos comoveu, quando a gente se comovia fácil, tem uma vinheta, um traço particular, um agrado só para nós, e basta. A inenarrável promiscuidade dos sebos! Dante em contubérnio com o relatório do Ministro da Fazenda, os eleatas junto do almanaque de palavras cruzadas, Tolstoi e Cornélio Pires, Mandrake e Sóror Juana Inés de La Cruz… Nenhum deles reclama. A paz é absoluta. O sebo é a verdadeira democracia, para não dizer: uma igreja de todos os santos, inclusive os demônios, confraternizados e humildes. Saio dele com um pacote de novidades velhas, e a sensação de que visitei não um cemitério de papel, mas o território livre do espírito, contra o qual não prevalecerá nenhuma forma de opressão”. (Carlos Drummond de Andrade – O sebo).

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Todo o poder ao povo!

A Constituição Federal (1988) em seu artigo 1º, parágrafo único estabelece “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente nos termos desta Constituição”. Porém, em Junho de 2013, milhões de brasileiros saíram às ruas para protestar e dar o recado de que as Instituições bem como a classe política “não os representam”. Não há nenhuma novidade em dizer que grande parte da população está descontente com a política e a forma como ela é conduzida em nosso país. As manifestações fizeram a alegria dos políticos oposicionistas, pois, pensavam que poderiam canalizar tais protestos para causar desgaste do governo federal, porém, a pauta das manifestações tinha as cores da esquerda, ou seja, ao invés do Estado Mínimo preconizado pela direita neoliberal, hoje, na oposição, os manifestantes ansiavam por uma maior presença do Estado, assim, desejavam mais Educação, mais Saúde, mais Segurança, etc. Diante da força dos protestos que pegou de surpresa o Governo Federal tirando-o da zona de conforto de sua alta aprovação nas pesquisas e assimilando o recado dado nas ruas, a Presidenta Dilma se comprometeu em convocar um Plebiscito Constituinte para fazer a reforma política para que enfim a sociedade se sinta representada, mas, setores conservadores de partidos da oposição e também da base de sustentação do Governo Federal no Congresso Nacional se opõem à iniciativa. Desde a época colonial o Brasil é governado pela elite e para a elite, desta forma se construiu um dos países mais injustos do mundo, pois, apesar de sermos a sexta economia mundial dentre pouco mais de duzentos países somos o 13º país com a pior distribuição de renda do mundo (isso que melhoramos dez posições nos últimos doze anos). O atual Congresso Nacional não representa a classe trabalhadora, pois, de seus membros (513 deputados e 81 senadores) apenas 91 são considerados representantes dos trabalhadores, da bancada sindical. Como a imensa maioria dos parlamentares no Congresso Nacional são representantes da minoria que se encontra no topo da pirâmide social, temos absurdos como a classe média e a classe baixa pagando proporcionalmente mais impostos do que a parcela privilegiada da sociedade, pois, em nosso país os impostos são regressivos. É por causa do perfil do Congresso Nacional que não se vota o Imposto sobre Grandes Fortunas e que a reforma agrária não acontece; O mesmo se diz da reforma urbana. Recentemente se debateu no Congresso Nacional o aumento do investimento federal em Educação e Saúde, não sem muita resistência de políticos conservadores que embora eleitos pelo povo, muitas vezes não o representa e agem em defesa de interesses particulares e em benefício da elite econômica do país. De 01 a 07 de Setembro de 2014 está se realizando o “Plebiscito Popular por uma Constituinte exclusiva e soberana do sistema político” organizado pelos movimentos sociais que embora não tenha poder legal para ocasionar mudanças constitui uma importante ferramenta de pressão (principalmente se a votação por parte da sociedade for expressiva) para que um Plebiscito Constituinte seja legalmente instaurado pelo Congresso Nacional. Na possibilidade de a Constituinte da Reforma Política vir a ser instaurada, os representantes constituintes terão como tarefa única a reforma do sistema político inversamente ao que ocorreu com os constituintes que elaboraram a Carta Magna de 1988. A Constituinte de 1988 apesar de alguns avanços traz muitos ranços da ditadura militar que impedem o país de avançar rumo a uma democracia plena e a uma sociedade menos injusta, mais solidária e fraterna. Há setores conservadores que não desejam mudanças, pois, o sistema político atual (que conta inclusive com partidos de aluguel) lhes é benéfico, assim, não querem acabar com o balcão de negócios que se tornaram as eleições financiadas em grande parte pelo setor privado que cobra caro depois da eleição na forma de corrupção, fraudes nas licitações, favorecimentos pessoais ou de empresas, etc. Quem é defensor da democracia sabe que conceder mais espaço para o povo opinar sobre questões de grande relevância nacional é fortalecer a democracia e quem é contra, se for do povo é mal informado, se é da classe política é manipulador. P.S. É possível votar eletronicamente no site: http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/vote-no-plebiscito ou nas urnas através de cédulas de papel, informe-se sobre os pontos de votação de sua cidade. Vote Sim!!!