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quinta-feira, 26 de março de 2015

O Cavalo de Troia Tupiniquim!

Quando Deus estava fazendo o mundo, o Anjo Gabriel estava ao seu lado e o observava atentamente, e, assim viu Deus fazer o Japão e colocar no destino daquele país, terremotos, tsunamis, vulcanismos e furacões. Em seguida, começou a fazer Bangladesh e lá colocou inundações bíblicas, e, depois fez os Estados Unidos da América e pôs em seu caminho furacões, tornados, terremotos e vulcanismos. E, por último, Deus começou a fazer o Brasil, criou a maravilhosa paisagem do Rio de Janeiro, o Pantanal, a Floresta Amazônica, as Cataratas do Iguaçu, os Lençois Maranhenses, e criou dezenas de praias lindas e espalhou-as por todo o litoral brasileiro. Então o Anjo Gabriel encostando a mão no ombro de Deus inquiriu-o: Senhor, eu não concordo com o que fizeste! Em todos os países o senhor criou coisas boas, mas, também desgraças, e, neste país o senhor fez apenas maravilhas, o Rio de Janeiro, a Floresta Amazônica..., e Deus interrompendo o Anjo afirmou: “Calma Gabriel! Espera para ver a elite que colocarei neste país! Dizem que muitas vezes as verdades são ditas através de brincadeiras, e, você não está enganado quanto à piada que acabou de ler, eu realmente penso que a elite brasileira é o Cavalo de Troia colocado em nosso país pelas potências estrangeiras. Sabemos que é impossível dominar uma região sem estar nela presente e no caso de não se fazer presente é necessária a construção de uma aliança com uma parcela da população local para que esta faça o serviço sujo (leia-se manutenção da ordem, da subordinação da população e da defesa dos interesses estrangeiros em detrimento de iniciativas de emancipação e de desenvolvimento nacional) em troca de privilégios que colocados na ponta do lápis se revelam mais baratos que a instalação de bases militares e a responsabilidade de conceder o mínimo necessário para que os nativos tenham um pouco de dignidade. No dia 15 de Março, a elite saiu às ruas fazer reivindicações, e, apesar de algumas justas bandeiras como o combate à corrupção, também haviam sandices como os pedidos de impeachment de uma presidenta democraticamente eleita apesar de o STF já ter se pronunciado de que no momento não há embasamento jurídico para tal. Entre os manifestantes também havia aqueles que pediam a volta da ditadura militar. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos da América que sempre se denominaram defensores da democracia e, portanto, do mundo livre patrocinaram golpes civil-militares e a implantação de ditaduras sanguinárias para que seus interesses fossem preservados. A elite brasileira aprendeu bem com seus mestres e deseja o impeachment e até mesmo a volta da ditadura militar porque a democracia não é mais capaz de lhe garantir o que sempre teve: a submissão total do trabalhador brasileiro que hoje ousa questionar o valor que irá receber antes de assinar o contrato de trabalho. O que mais fere a alma dos integrantes da elite é ver essa gente congestionando os aeroportos, atravancando o trânsito com seu carrinho popular, usando o mesmo perfume da patroa, viajando para o exterior (ir a Miami perdeu a graça disse uma conhecida socialite). E, enquanto dirigem olham pelo retrovisor de seus luxuosos automóveis importados com saudade do passado, não pelo que deixaram de ter, pois, ainda o têm, e veem o carrinho popular que lhes ultrapassa e pensam: É uma empáfia! Essa gente não sabe votar (não aceita mais o cabresto) e além de tudo é esnobe!

quinta-feira, 19 de março de 2015

A Casa Grande e os capitães do mato

Acompanhei pela mídia com grande atenção as manifestações ocorridas nas principais cidades brasileiras nos dias 13 e 15 de Março, e estas evidenciaram a polarização existente em torno dos dois projetos colocados para o país representados pelo governo atual do PT e pela oposição (PSDB). Para quem observou atentamente a cobertura feita pela mídia ficou evidente a parcialidade adotada em detrimento do bom jornalismo, pois, a manifestação do dia 13 teve tempo reduzido de divulgação na TV, ângulos desfavoráveis para as imagens visando reduzir o impacto visual do manifesto, estimativas reducionistas do número de participantes da manifestação dos movimentos sociais que faziam a defesa da Petrobras, da reforma política, da manutenção da ordem democrática e em apoio à Presidenta Dilma. Ao observar tais imagens era fácil constatar gente de todos os matizes, resultado da intensa miscigenação ocorrida em nosso país, ou seja, ali havia o povo brasileiro verdadeiramente dito. Nas manifestações do dia 15 de Março a cobertura de algumas redes de TV foi intensa, com chamadas ao vivo e divulgação durante todo o dia, as grandes emissoras estavam preocupadas em mostrar a grandiosidade da manifestação buscando captar o melhor ângulo para as imagens, e estas mostravam uma gente branca, de aparência europeia, bem vestida ou não (havia até algumas musas socialites seminuas com adesivos nos seios) e que aparentava pouco ou nenhum sofrimento na vida. Na manifestação do dia 15 vários jornalistas constataram uma atmosfera de ódio sendo que as bandeiras iam da suposta indignação quanto à corrupção¹ a pedidos da volta da ditadura militar e do impeachment da Presidenta Dilma. Fazer oposição e manifestações nas ruas é legítimo, mas há que se respeitar a ordem constitucional, deveria ser crime solicitar a implantação de uma ditadura em detrimento da democracia, assim, como é crime atentar contra a indissolubilidade da União. Pedir impeachment não é ilegal, porém, no atual momento é prova de insensatez, pois, vários juristas afirmaram não haver nenhum motivo que embase juridicamente a abertura de um processo de impeachment contra a Presidenta Dilma. E nesta hipótese remotíssima havia manifestantes desinformados que alimentavam a esperança de ver Aécio Neves (PSDB) na presidência e não Michel Temer (PMDB) como determina a Constituição. Diante do que vi impossível não lembrar a origem de tudo quando as primeiras gerações de senhores da Casa Grande que aqui desembarcaram logo observaram que havia a necessidade de construir senzalas e lotá-las de escravos e para o controle destes se fez necessário delegar papeis, assim, surgiram os feitores de escravos que eram responsáveis pela disciplina dos escravos aos quais aplicavam castigos cruéis por atos de desobediência e os capitães do mato que percorriam os sertões atrás de escravos foragidos em troca de recompensas. Não me preocupo tanto com os Senhores da Casa Grande, que, aliás, não são muitos, mas, sim quanto aos alienados e oportunistas capitães do mato que são contados aos milhões. São capitães do mato os trabalhadores alienados e oportunistas que se voltam contra a classe trabalhadora e agem para que a alforria jamais prospere em troca de benesses traduzidas muitas vezes em migalhas e/ou do falso status de fazer parte da Casa Grande, mesmo que nela tenham de entrar pela porta dos fundos e jamais sentarem-se à mesa de jantar com a família dos oligarcas. 1. Tenho dúvidas se apóiam a reforma política e o fim do financiamento privado de campanhas, fonte principal da corrupção!

quinta-feira, 12 de março de 2015

A Aula Magna da Educação Paranaense em 2015

Nesta data em que escrevo, os profissionais da Educação Básica colocam fim a um movimento grevista com 100% de adesão, porém, mantendo o estado de greve, ou seja, caso o governador não cumpra o acordo assinado perante o judiciário, a paralisação pode ser retomada. Como profissional da Educação aproveito o momento para agradecer a sociedade pelo grande apoio (90% segundo pesquisa) cuja veracidade constatei pelas infindáveis palavras de apoio e incentivo recebidas de comerciantes, trabalhadores de diversas áreas, pais, mães, educandos, etc. que compreenderam a necessidade imperiosa da luta por uma Educação Pública Gratuita e de qualidade. Homenagens e palavras de apoio aos Educadores foram realizadas por apresentadores de programas de TV, rádio e em colunas de jornais e blogs. Também houve dissabores, pois, palavras ofensivas aos Educadores foram proferidas por algumas poucas pessoas (jornalistas, blogueiros, empresários e políticos) que alienadas, desinformadas e mesmo mal-intencionadas esqueceram-se de observar o seu lado altruísta (caso o possuam) e lançaram mão de críticas infundadas e injustas tentando colocar a sociedade contra os educadores. Houve quem afirmasse que a luta que empreendíamos tinha motivação partidária e visava ofuscar os protestos da direita contra o governo federal marcados para 15 de março. Ao findarmos nesta data o movimento grevista derrubamos a falácia da greve partidária que nos impunham, partidária nunca foi, política sim, pois, toda manifestação é política e tudo depende da política, como já sentenciado por Bertolt Brecht em “O Analfabeto Político”. Nossa greve findou, porém, milhares de universitários que passaram nos exames de admissão para as universidades estaduais paranaenses esperam a resolução da crise que envolve tais instituições que já há algum tempo vem recebendo verbas de custeio cada vez mais minguadas e cuja conseqüência é o espectro do risco de fechamento ou retorno da cobrança de mensalidades para bancar a sua manutenção, o que penalizaria os universitários carentes ao inviabilizar sua permanência no curso superior. Esses milhares de calouros anseiam pelo marcante momento da Aula Magna que é a aula inaugural geralmente proferida pelo Reitor em uma Universidade. Aos professores universitários estaduais e aos acadêmicos deixamos nosso apoio. O ano de 2015 será sempre lembrado como aquele em que os educadores deram Aula Magna sobre o tema Democracia para o Governador Beto Richa (PSDB) e equipe, bem como aos deputados estaduais, pois, diante do pacotaço de maldades enviado à Assembleia Legislativa (ALEP) pelo Governo, os educadores mostraram-se unidos, motivados e com espírito guerreiro lutaram contra todas as adversidades e enfrentando forte policiamento ocuparam a ALEP e impediram que direitos trabalhistas historicamente conquistados fossem extintos e o governo surrupiasse oito bilhões de reais do fundo previdenciário, o que traria graves consequências para os funcionários públicos (aposentadoria) e para toda a sociedade paranaense, pois, causaria graves complicações para as gestões dos próximos governantes. O coroamento do ato heróico dos Educadores se deu quando os deputados em sessão na ALEP extinguiram o vergonhoso instrumento antidemocrático da Comissão Geral, e, com isso, doravante, tudo que for enviado pelo Governo à ALEP passará pelas várias comissões, será estudado, debatido e votado de forma democrática, pois, isso é o mínimo que se espera daquela que nem sempre é, mas, deveria sempre ser a Casa do Povo. Eu tenho orgulho em dizer que faço parte da categoria profissional que aperfeiçoou a democracia paranaense e cuja ação foi considerada exemplo mundial para os trabalhadores!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Pau que dá em Chico, NÃO dá em Francisco!

Certa vez li uma frase do saudoso Presidente chileno Salvador Allende que se suicidou ante o golpe militar (liderado pelo General Augusto Pinochet) que sofria em 1973 e que foi apoiado pelos Estados Unidos da América em plena época da Guerra Fria. A frase: “Não basta que todos sejam iguais perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante todos” tem uma importância capital nesse momento em que vivemos no qual alguns magistrados e políticos têm demonstrado condutas nada exemplares. Há o caso do Juiz que estava tirando onda guiando um veículo Porsche apreendido junto ao patrimônio do ex-multibilionário Eike Batista e de outros casos em que alguns magistrados não observaram as leis pelas quais deviam zelar não somente na sua profissão, mas, também nas atitudes diárias, no trânsito, por exemplo, ou, na boa convivência com seus pares, aspecto em que Joaquim Barbosa mostrou estar longe de ser uma pessoa polida. A arrogância com que tratou seus colegas me fez várias vezes corar de indignação. A forma com que conduziu o processo do Mensalão muitas vezes evidenciou que ele queria fazer justiça a seu modo utilizando a controversa Teoria do Domínio do Fato (cuja utilização na AP 470 foi contestada até pelo criador de tal teoria) e não aplicando corretamente o Direito. Joaquim Barbosa também se deixou influenciar pelo espetáculo oportunizado pela Grande Mídia no qual pensou ser um pop star e começou a sonhar com a Presidência da República o que seria um castigo para todos os brasileiros, pois, seria o mais próximo da ditadura que poderíamos chegar. Há quem goste do estilo de Barbosa, penso que são pessoas antidemocráticas e que defendem os privilégios de uma minoria, por que uma vez eleito, em meu ver, Joaquim Barbosa defenderia os interesses da Casa Grande, jamais os da Senzala. Quanto aos magistrados paranaenses, pegou muito mal a aprovação do Auxílio-Moradia de 4,4 mil reais, uma vez que eles não precisam comprovar no que gastaram tal valor evidenciando assim ser uma forma de aumentar os seus já privilegiados vencimentos, num momento em que a economia paranaense está combalida e ainda o querem retroativo a cinco anos, o que entendo ser uma atitude de escárnio perante a sociedade penalizada com o aumento do IPVA, do ICMS, etc.. Os magistrados brasileiros ganham melhor que seus pares suecos que de acordo com leituras por mim feitas acerca do comportamento ético dos juízes daquele país escandinavo nos causa profunda inveja. Para qualquer leitor imparcial e que de fato analisa a política e a atuação da Grande Mídia, do Congresso Nacional e mesmo da Justiça brasileira (leia-se STF) fica evidente que há em nosso país alguns políticos blindados e estes são da direita. A Grande Mídia não se interessa por escândalos de corrupção que envolva partidos da direita especialmente o PSDB, da mesma forma, nem o Congresso Nacional quer investigar a Era FHC que já foi excluída da CPI da Petrobras. Penso que a blindagem a FHC é uma vergonha e traz uma certeza: a de que existe algo sendo escondido, pois, do contrário os membros de tal partido e mesmo FHC deveriam ser os principais interessados na investigação para mostrar à sociedade que nada havia de errado e de que na Era FHC a corrupção era inexistente. No entanto, livros tais como: A Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr; O Príncipe da Privataria de Palmério Dória; O Brasil Privatizado volumes I e II de Aloysio Biondi e Operação Satiagraha de Protógenes Queiroz nos mostram que está longe o dia em que passaremos esse país a limpo por que em terras tupiniquins “Pau que dá em Chico, NÃO dá em Francisco”.