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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Nenhuma surpresa

            Os resultados das eleições em seu segundo turno, não trouxeram nenhuma surpresa, O Presidente Lula reeleito com grande vantagem sobre seu adversário Geraldo Alckmin e no Paraná, o atual governador Roberto Requião é reeleito com pouco mais de dez mil votos, numa disputa acirradíssima com seu oponente Osmar Dias. Requião declarou suspeitar do resultado a uma emissora de TV, porque em suas palavras tendo ele 75% de aprovação em seu governo achava estranha aquela votação com margem mínima, o que causou indignação entre os membros do TRE paranaense. A verdade é que pesquisas à parte, o governador não possui essa unanimidade que julga ter e as eleições mostraram isso, agricultores, caminhoneiros e funcionários públicos descontentes pesaram para que a disputa fosse apertada.
            Em que pese contra o governador as promessas não cumpridas do 1º mandato, é verdade que ele colocou em dia a folha de pagamento evitando os atrasos e parcelamentos do governo anterior. Recuperou a Copel sucateada na gestão anterior, implantou programas como o do leite, luz e água, etc. Tem seus méritos, mas nada que justificasse ser a unanimidade que pensara. Eu mesmo, vi com desconfiança pela 1.ª vez a urna eletrônica, leigo em informática mas sabedor de que programas podem ser manipulados, porém, o tempo passou e vi que o sistema é confiável e motivo de orgulho para o Brasil, pois, países mais avançados que o nosso não dispõem de sistema igualmente moderno e confiável.
            O Presidente Lula afirmou que irá fazer um governo melhor em seu segundo mandato, corrigindo as falhas dos primeiros quatro anos e certamente há muito que corrigir, sem tirar os méritos de seu governo. Preocupa-me entre outros a venda de grandes áreas de terras na Amazônia para grupos estrangeiros e a fraca presença das forças armadas naquela região, li que há 1 soldado para cada 1.000 km² (uma área equivalente aos municípios de Laranjeiras do Sul e Porto Barreiro somados) e que soldados americanos já foram avistados em plena Amazônia Brasileira sem autorização na época do governo FHC, e nada mudou quanto ao efetivo. Desnecessário lembrar que a Amazônia é uma área de cobiça internacional. Também as fronteiras brasileiras estão desguarnecidas e todo o tipo de tráfico é possível(necessário repensar o papel das forças armadas). Isto sem falar que o Brasil precisa crescer pelo menos 4% ao ano e distribuir melhor a riqueza (somos a 5.ª pior distribuição de renda do mundo). Também se deveria pensar em uma tabela progressiva para o imposto de renda como acontece nos EUA, com vários níveis e não apenas dois, para não penalizar tanto quem ganha menos como acontece hoje no Brasil. A redução da carga tributária, uma necessidade, que parece não estar nos planos do governo. A redução da taxa de juros da qual igualmente não se espera muito. A escalada da violência, o desemprego e uma maior inserção da economia brasileira em âmbito internacional são questões a serem enfrentadas. O Brasil é hoje um país melhor, mas está longe de ser o que dele se espera levando em conta o seu potencial, há muito ainda por fazer.
            A nós eleitores “derrotados” ou “vencedores” (há quem use tais afirmações) resta torcer que os governantes eleitos saibam conduzir os rumos do estado e país, sempre sobre o nosso olhar atento.

             

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