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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A ação e inação americana no mundo – Parte I

Caro leitor! Estamos iniciando um projeto que traz à luz, uma série de textos cuja intenção é a análise da ação americana no mundo e a influência exercida mundialmente segundo o nosso entender. Os textos serão publicados aleatoriamente, evitando tornar o nosso espaço de discussão muito repetitivo. O nosso objetivo não é o de impor uma visão unilateral de mundo e sim o de provocar a reflexão. Boa leitura!

Os Estados Unidos da América causam um verdadeiro fascínio nas pessoas, principalmente, naquelas que residem no grupo de países do Sul (subdesenvolvidos), ou seja, a imensa maioria dos países. Esta paixão pelos Estados Unidos da América já foi bem maior, com os tropeços da política externa do Governo Bush, a imagem do Tio Sam sofreu alguns fortes arranhões. Mesmo em meio aos tropeços estadunidenses, encontrar pessoas que façam uma defesa apaixonada dos mesmos não é difícil, inclusive, mostrando indignação até mesmo perante as mais justas críticas ao referido país e este grupo de pessoas as quais me refiro é heterogêneo, são estudantes do Ensino Básico e também universitário, adolescentes e adultos, pessoas comuns com pouca formação instrucional e também pessoas com Ensino Superior proeminentes na sociedade. Desde muito jovens, os brasileiros aprendem a admirar os EUA e o questionamento que fazemos é como isso ocorre? A resposta não é difícil! Basta ligarmos a TV e veremos Hollywood nos mostrando o “american way of life” como modelo de vida em sociedade, a felicidade dos cidadãos americanos ao consumir, pois os filmes nos mostram que para sermos felizes precisamos consumir, também, observamos como os Estados Unidos da América sempre fazem o papel do mocinho nas tramas hollywoodianas, cujo sofrimento e perdas materiais ou humanas é seguido por uma forte reação com o hasteamento da bandeira nacional nas casas, ao final, o mocinho, isto é a América vence e os telespectadores com os olhos cheios de lágrimas, mais uma vez vão dormir imbuídos do sentimento patriótico pela nação da águia e a lamentar o fato de viver no Brasil. A TV brasileira passa uma grande quantidade de filmes de Hollywood e programas destinados à TV, os chamados “enlatados” americanos. Ora, sabemos que as produções do cinema americano recebem forte apoio governamental e fazem parte de uma verdadeira estratégia de Estado, pois, incentivam o patriotismo de seus cidadãos e promovem os valores defendidos pelo país, o livre mercado e a democracia, além de reforçar o “justo” papel que acreditam ser merecedores, por ser a única superpotência planetária, o de “xerifes” do mundo e, que, por assim ser, lhes dá o direito de intervir em qualquer nação que deixe de seguir a cartilha por eles ditada. O fato é que a indústria cinematográfica e televisiva americana acaba por se impor à dos demais países por sua indiscutível superioridade técnica, não, porém sem os chamados efeitos colaterais quais seja a imposição de uma cultura alienígena sobre os padrões culturais de outros países, cujos efeitos danosos são tanto maiores quanto maiores forem a baixa auto-estima de seu povo, ou seja, o terreno fértil para a assimilação da cultura americana é sem dúvida os países pobres do mundo, o Brasil, inclusive. A moda também dá um empurrãozinho, é muito comum, blusas, camisetas, jaquetas e acessórios como as bandanas com as cores americanas ou a própria bandeira estadunidense fazer muito mais sucesso entre nossos jovens do que a bandeira e as cores nacionais. Há algo de errado nisso? Em nosso entender, não e sim! Não é errado promover outro país, o qual se admira isto demonstra não sermos xenofóbicos, mas se o fascínio por esse outro país suplanta o amor à pátria natal, então, temos um problema. O Brasil é muito mais do que os seus políticos ou problemas, ele é ou precisa ser parte inextirpável da alma de cada um de seus cidadãos!

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