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quinta-feira, 5 de maio de 2016

O terrorismo golpista de nossos dias!

Em Junho de 2013, uma parcela diminuta da população, mas, nem por isso, menos importante saiu ás ruas, era o movimento do passe livre organizado por meio das redes sociais que protestava contra o aumento de R$ 0,20 na passagem de ônibus coletivo em São Paulo, sendo que milhares de pessoas ingressaram nas fileiras do movimento protestando com outras bandeiras. Um fato surreal envolveu a Rede Globo, inicialmente contrária ao movimento, porém, ao ver nele grande potencial para atingir o governo Dilma mudou de opinião e resolveu surfar na onda do protesto e acabou virando manchete em programas humorísticos televisivos estrangeiros com sua bipolaridade. A democracia brasileira vive uma crise que possui paralelo apenas com o golpe militar de 1964, e, não há outro nome para chamar o que hoje vivemos senão de golpe, um golpe sem a liderança das Forças Armadas, que sequer é inédito, pois, já foi levado a cabo em Honduras e no Paraguai e ambos ficaram internacionalmente reconhecidos como um golpe moderno com sua estrutura evidenciando uma articulação entre a mídia, o judiciário e o parlamento, portanto, um golpe midiático-jurídico-parlamentar. A grande mídia bombardeou a população por dois anos com a manipulação, distorção e omissão de notícias agindo como o mais ferrenho partido político de oposição visando criar um clima desfavorável ao governo Dilma. A grande mídia brasileira é tão péssima, que alguns canais de TV nem se dão ao luxo de disfarçar seu golpismo, e, ao apoiar o golpe atual corroboram seu histórico golpista, pois, também apoiaram o golpe de 1964. Outro elemento que compõe o golpe é o Judiciário, e, isto é uma conclusão óbvia pelo sistema de dois pesos e duas medidas aplicado a tucanos e petistas, cujo rigor da lei e até abusos foram aplicados somente aos últimos. O Juiz Sérgio Moro, ídolo dos golpistas é alvo de várias denúncias no CNJ e por várias vezes demonstrou sua parcialidade ao se fazer justiceiro e não um magistrado fielmente comprometido com a correta aplicação do Direito, incorrendo, portanto em irregularidades. Quanto ao STF, podemos dizer que tal como afirmou Lula, está acovardado, ou, é omisso ao não julgar com a urgência necessária casos como o do réu Eduardo Cunha que envergonharam a nação perante o mundo por presidir a Câmara dos Deputados e ao conduzir o processo de Impeachment de Dilma sem a comprovação de nenhum crime de responsabilidade por ela cometido. A ação partidária do Ministro Gilmar Mendes contribui para o descrédito do STF junto à população. A inexplicável demora no julgamento da liminar contra a nomeação de Lula como Ministro Chefe da Casa Civil amarrou a tentativa do governo de juntar seus pedaços e tentar se reconstruir para evitar a aprovação do processo na Câmara, dando uma clara mostra do sectarismo que hoje o STF pratica ao adiá-lo indefinidamente. Se o STF não está acovardado ou omisso, então, só resta acreditar que seja partícipe do golpe e não faltam razões para acreditar nisso tendo em conta a excessiva leniência, omissões e/ou ações estranhas deliberadas por tal órgão. Os parlamentares derrotados nas últimas eleições completam o esquadrão do golpe, não se preocupam com a imagem internacional do país, nem com seu povo sofrido (a classe trabalhadora), pois, defendem seus próprios interesses e os da elite entreguista e testa de ferro do novo colonialismo que pretendem reinstalar em nosso país a partir de Washington. Eles contam com a memória curta do eleitor brasileiro, e se preciso, com a mudança de siglas partidárias, caso o selo do golpismo fique irremediavelmente grudado no partido e até a criação de uma nova sigla partidária, porém, mantendo a velha política de que fazem ou vieram a fazer parte o PMDB, PSDB, DEM, PP, PV, PSB e assemelhados. Penso que nesse momento em que olhamos para as instituições brasileiras e nelas constatamos grande suspeição tal como havia quanto à água e aos alimentos na Hiroshima pós-explosão nuclear por ocasião do atentado terrorista estadunidense na Segunda Guerra Mundial, só há uma saída, participar da política, interessar-se pela política e demonstrar apreço pela democracia, defendendo-a nas redes sociais e nas urnas e, neste momento, principalmente nas ruas, antes que seja tarde demais e o terrorismo golpista mude a história da nação e a vida de seus cidadãos para sempre!

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