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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Uma história de amor fora da lei

No dia 23 de Maio de 2016 concluí a leitura do livro Bonnie & Clyde: a vida por trás da lenda que conta a história real do jovem casal de criminosos que aterrorizou a região central dos Estados Unidos da América naqueles anos da depressão econômica que se seguiu à quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929. A coincidência reside no fato de que nesta mesma data há 82 anos, o jovem casal fora da lei escrevia a última página de sua história ao ser emboscado e morto num grande esforço investigativo do FBI para encontrá-los, pois, estavam sempre em movimento por diferentes cidades e estados da região central dos EUA, onde praticavam seus crimes, especialmente assaltos a bancos. Os pais de Clyde Barrow eram agricultores arrendatários de terra e naqueles anos difíceis marcados pela depressão econômica o casal não viu possibilidades de progresso no campo e seguiu para Dallas, cidade texana onde se estabeleceram como proprietários de um posto de gasolina. Os relatos acerca da infância de Clyde apontam-no como um menino insensível, teimoso, durão e que tinha vergonha de ser pobre, apesar das declarações de sua irmã de que ele era uma pessoa meiga e que os anos dentro da cadeia o havia tornado uma pessoa amarga e cruel. As primeiras incursões de Clyde pelo mundo do crime se iniciaram com o roubo de galos de briga, e, em seguida, de bicicletas que eram revendidas. Bonnie Parker tinha apenas 1,50 m de altura e pesava cerca de 50 kg, era muito bonita, simpática e muito ligada á sua mãe, tinha o hábito de escrever poesias e adorava música country, e, sua família possuía uma condição de vida bem melhor que a da família Barrow. Bonnie adorava assistir filmes e acalentava o sonho de ser uma atriz famosa de Hollywood, porém, sua primeira e única tentativa de ser selecionada para atriz resultou negativa para sua grande decepção. Ela casou-se muito jovem e teve seu casamento frustrado quando seu marido foi enviado para a cadeia, tentando refazer a vida, trabalhou como garçonete em lanchonetes e restaurantes e na casa de uma amiga conheceu Clyde Barrow que era considerado um rapaz bonito e que gostava de vestir-se com belos ternos e gravatas. Clyde, de estatura mediana, também havia passado por desilusões amorosas e entre as tatuagens que possuía em seu corpo, uma retratava a face de uma moça que teria sido o seu grande amor. Seus amigos contaram que o primeiro encontro entre eles foi paixão à primeira vista e Clyde certa vez alugou um veículo esportivo novo para impressionar Bonnie e não o devolveu no prazo acertado com a locadora, pois, levou Bonnie e sua mãe em viagem a uma cidade distante para visitar parentes dela, porém, quando a polícia localizou o carro, Clyde fugiu, pois, já tinha problemas com a justiça e ela ficou sabendo que seu namorado era um criminoso. Os policiais estavam sempre visitando a família de Clyde, pois, em diversas ocasiões havia suspeitas quanto à participação da gangue dos Barrow’s da qual participavam rapazes da vizinhança, e, também seu irmão Buck. Porém, nestes primeiros contatos com a lei, a culpa não era comprovada, mas, a polícia não deixava de seguir suas pegadas, assim, Bonnie resolveu acompanhá-lo na vida sem rumo certo que Barrow decidiu tomar e começou a ver certo glamour nas notícias de jornais que retratavam os crimes praticados pelo casal e seus comparsas. Clyde em uma fracassada tentativa de assalto a uma empresa foi detido e condenado à prisão de Eastham, cujo trabalho na agricultura era pesado e não havia condescendência dos agentes penitenciários com os presidiários que não acompanhavam o ritmo dos trabalhos, lá Barrow passou dias ruins e foi estuprado por um presidiário de confiança dos agentes, e que contava com privilégios na penitenciária, mais tarde, Barrow mata esse presidiário e outro prisioneiro condenado à prisão perpétua assume o crime em troca da promessa de Clyde que uma vez fora da penitenciária voltaria para libertá-lo e aos demais amigos que cumpriam pena naquilo que chamava de inferno e o fez com sucesso, porém, com o assassinato de agentes penitenciários. Clyde e Bonnie adoravam veículos possantes e acumulavam armas pesadas e seguiram sua vida de crimes com assaltos a bancos, fugas espetaculares e assassinatos de policiais até o fatídico 23 de maio de 1934. Sugestão de boa leitura: Bonnie & Clyde: a vida por trás da lenda – Paul Schneider. P.S.: Para os cinéfilos: Há uma nova versão em vídeo da história real de Bonnie & Clyde em dois volumes nas locadoras.

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