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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Em homenagem a Baco e Dionísio!

Tenho o costume de ler dois ou três livros ao mesmo tempo, dessa forma vou intercalando as leituras conforme meu estado de espírito, nesse momento em especial, quando me recupero de uma cirurgia a que me submeti há poucos dias tenho buscado ocupar as longas horas dos dias de repouso com leituras leves, aliás, sempre que chego em finais de ano opto por deixar de lado as leituras teóricas densas, pois, o cérebro também precisa de relaxamento, e, com este propósito separei como leitura dos primeiros dias pós-cirúrgicos o livro “Vinho: Manual do sommelier”. Já assisti a programas de TV em madrugadas insones em que degustava o grande conhecimento de especialistas sobre a bebida sagrada de pelo menos duas religiões: o Cristianismo e o Judaísmo. Lembro de ter lido que de acordo com o relato bíblico, Noé após descer da Arca plantou uma videira. No Irã, o Islamismo oficial condena o consumo de álcool, porém, as pessoas que seguem as religiões cristã e judaica podem sem problemas consumir e portar garrafas de vinhos, inclusive a espécie Syrah é originária daquele país. O vinho, a bebida favorita de Dionísio, deus grego do vinho e da diversão, ou na versão romana equivalente com o deus Baco, provavelmente surgiu entre oito a cinco mil anos antes de Cristo e está presente nos ritos cerimoniais de religiões, nas artes visuais, na poesia e na música. A história do vinho, como vimos, confunde-se com a própria história da humanidade e dezenas de países produzem vinhos de excelente qualidade e com uma variedade tão diversa que denota a necessidade de profundo conhecimento somente acessível após vários anos de estudos sem nunca deixar de lado livros essenciais para entender as inúmeras linhagens das espécies. Os grandes engarrafadores erguem fortunas e exportam para o mundo, vinhos que se tornaram símbolos de regiões identificadas como D.O.C. (denominação de origem controlada) e de seus próprios países. Embora, seja quase abstêmio, sempre considerei o vinho uma bebida sofisticada, e, admiro quem tem grande conhecimento sobre ele. Há alguns anos fui com o moto-grupo ao Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves (RS) e conheci algumas vinícolas entre elas a Miolo e a Aurora, sendo esse um passeio que recomendo aos amantes do precioso líquido, na ocasião, devido ao mau tempo deixamos de conhecer uma capela que fica na Linha Leopoldina naquele município, e, que foi erguida com massa preparada com vinho doado pelos produtores da comunidade devido a falta de água por ocasião da forte seca que assolava a região. Eu não me atrevo a tentar discorrer sobre o conhecimento que adquiri com a leitura deste livro que aborda a história da planta e todas as etapas necessárias até a produção do vinho, as diversas espécies e suas origens, os países produtores, o tipo de vinho que acompanha cada prato, a taça adequada, a temperatura ideal, a armazenagem, a ordem de consumo de diferentes tipos de vinho de acordo com a variedade, a gradação alcoólica, etc., pois, seriam necessárias várias edições dessa coluna, posso apenas indicar a leitura desse excelente livro que me trouxe alguns novos conhecimentos, pois sou leigo no assunto, para pelo menos ter menores dúvidas no momento em que estiver em frente a uma prateleira da bebida, principalmente em grandes cidades, cujos estabelecimentos costumam ter maior variedade de vinhos e marcas. Uma dica: embora a garrafa dos vinhos mais famosos seja cotada em centenas ou milhares de reais existem bons vinhos a preços acessíveis. SUGESTÃO DE BOA LEITURA: CALÓ, A. Et alii.Vinho: Manual do sommelier. São Paulo, Editora Globo, 2004

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