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sábado, 14 de setembro de 2013

A carapuça que te cabe..., cabe?

Sou admirador do apresentador, ator, compositor e cantor Rolando Boldrin (atualmente apresentando o Sr. Brasil na Rede Cultura de São Paulo) desde os tempos do Som Brasil, programa da Rede Globo que ia ao ar nas manhãs dominicais. Rolando Boldrin nascido a 22 de Outubro de 1936, em São Joaquim da Barra no interior de São Paulo, gravou pérolas da música sertaneja raiz como “Vide Vida Marvada” e “Eu, a viola e Deus” para lembrar apenas alguns de seus inúmeros sucessos. No programa Som Brasil, Boldrin recebia artistas que tocavam modas sertanejas e entre uma apresentação e outra de artistas contava piadas e “causos”. Gosto desse talento nato de pessoas que sabem contar essas estórias que traduzem a cultura popular tal como faz o companheiro João Olivir Camargo na sua coluna “O Ponto do Conto” no jornal Correio do Povo do Paraná. Sempre ouvi falar que aquele “amigo” que te coloca em situações difíceis é um “amigo da onça”, mas até então não sabia a origem dessa expressão, assim, numa certa manhã de domingo, algumas boas e bota boas primaveras atrás, Rolando Boldrin contou que: “um compadre chegou até o outro e disse: Compadre, se você estivesse sozinho e te aparecesse uma onça, o que você faria? – E o compadre respondeu: É fácil, compadre! Eu pegava a espingarda e matava a onça! – E o compadre então falou: Não! Imagine que você não tem espingarda! – O compadre responde: Então eu puxava da pistola e matava a onça! – O compadre diz: Não! Imagine que você não tem pistola! – Bom, então eu puxava da peixeira e matava a onça! – O compadre novamente: Não! Não! Imagine que você não tem peixeira, não tem nada! – Bom, então eu corria da onça e subia numa árvore bem alta e esperava a onça ir embora! – Ao que o compadre interfere: Não! Imagine que no lugar não tem nenhuma árvore por perto! – Aí, o compadre irritado responde perguntando: Peraí, compadre! Você é meu amigo ou é amigo da onça”? (Risos). Esse conto é a explicação para o assim chamado falso amigo que conhecemos como “amigo da onça”. Penso que “amigos da onça” só existem aqueles que se dedicam a preservação desse magnífico animal silvestre, de resto, não existe falso amigo, ou é amigo ou não é! Pessoas que te colocam em situações difíceis não são e não podem ser considerados amigos. Algumas vezes, pessoas se indignam com o que escrevo, no entanto, este espaço é para mim sagrado, não o uso para atingir ninguém, pois, discuto ideias e não pessoas! Vivemos num país democrático, e, portanto livre, e como Rosa Luxemburgo nos ensinou: “a liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente” e se isto não for suficiente, quem é amigo de verdade, sabe assim ser e quem é de mentira também! Há alguns dias li um post no Facebook que afirmava que se você lançar uma indireta na referida rede social visando apenas uma pessoa e não nominá-la você perderá todos os seus “amigos” (risos). Aí entra a questão da carapuça¹, cada um veste a carapuça que lhe servir. 1. Carapuça é uma espécie de barrete ou capuz de forma cônica e remonta ao período da Inquisição, em que os condenados eram obrigados a vestir trajes ridículos ao comparecer aos julgamentos. Além de usar uma túnica com o formato de um poncho, eles precisavam colocar sobre a cabeça um chapéu longo e pontiagudo, conhecido como carapuça. Daí a expressão "vestir a carapuça" ter se incorporado ao português escrito e falado com o sentido de "assumir a culpa". (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carapu%C3%A7a – Acesso em 10 de Setembro de 2013).

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