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domingo, 3 de dezembro de 2023

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte IV

 

            O povo judeu é parte integrante da população de inúmeros países em diferentes continentes e,  a cada episódio de perseguição e preconceito por ele sofrido, reforçava a ideia de que estava chegando a hora do regresso à Terra de Israel, ou Sion, pondo fim a diáspora judaica.

            O movimento sionista teve no jornalista e pensador austríaco Theodor Herlz (1860-1904) seu criador, e, pretendia criar um Estado Nacional para os judeus em algum lugar do mundo, cogitando entre outros lugares, os Estados Unidos da América, a Argentina (Patagônia), e a Palestina, sendo que esta última sempre teve grande simpatia dos sionistas por razões históricas, voltar à Terra Prometida, terra à qual Moisés liderou o povo judeu após a libertação da escravidão no Egito. Em 1897, Herlz organizou uma conferência internacional de judeus que foi um enorme sucesso e deu origem à Organização Sionista Mundial. Herlz, agora encabeçava um movimento internacional para a criação da pátria judaica”.

            Os líderes sionistas no anseio de tornar realidade o Estado Judeu criaram um Fundo para a aquisição de terras na Palestina e os imigrantes judeus foram bem recebidos pelos palestinos, no entanto, entre a aquisição de terrenos para que judeus lá morassem e a formação de um Estado judeu havia uma grande distância e os sionistas tentavam convencer os judeus a se mudarem para aquela região contando com a resistência de grande parte da população judaica que, embora não estivessem em sua própria pátria, e, mesmo sofrendo discriminação por parte dos antissemitas, julgavam a vida na Alemanha, na Polônia, na Rússia, nos Estados Unidos, etc., mesmo assim, melhor do que a realidade que encontrariam na Palestina onde precisariam construir um país a partir do zero. Mesmo assim, aos poucos imigrantes judeus iam chegando à Palestina.

            Grande parte dessa imigração seria financiada pelo Barão Edmond de Rothschild, aborrecido com o antissemitismo da Rússia, terra na qual sua família se associara com a Royal Dutch que agora se chamava Royal Dutch-Shell. Os Rothschild haviam vendido sua parte no empreendimento petrolífero com os sócios holandeses.         

 

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