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domingo, 17 de dezembro de 2023

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte VI

 

        O holocausto judeu foi um tema central nas discussões da recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU) e destas discussões surgiu a iniciativa da criação de um Estado judeu nas terras palestinas, assim ficou estabelecido que a Cisjordânia e a Faixa de Gaza pertenceriam aos palestinos e outra área seria para a criação do Estado de Israel, e, Jerusalém seria considerada uma cidade internacional sob a administração da ONU por ser considerada sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus. Porém, antes mesmo da efetivação do Estado de Israel, e, logo após a criação do movimento sionista, os judeus passaram a tomar as terras dos palestinos por meio da violência, expulsando-os, com o apoio da Inglaterra, milhares de palestinos perderam suas terras e casas.

            No início do século XX, essa continuou sendo a realidade local, os judeus expulsando os palestinos de suas terras, apesar de estes ali residirem a muito tempo e de possuírem documentos de posse das áreas. A criação do Estado de Israel numa parte significativa das terras palestinas não aliviou a ganância sionista por mais terras. Em 1948, ocorre a Primeira Guerra Árabe-Israelense e Israel como seria frequente contaria sempre com o apoio dos Estados Unidos da América e se tornaria o vencedor de todos os confrontos subsequentes tais como a Guerra dos Seis Dias de 1967, a Guerra do Yom Kippur em 1973, e, também promoveria diversos massacres com o claro objetivo sionista de impor o medo à população palestina, expulsar os palestinos de suas terras e promover a criação de novos assentamentos de colonos judeus nestas terras.

            O Sionismo é um movimento que embora em sua propaganda original pregasse a convivência pacífica entre judeus e não judeus promove a discriminação étnica, os palestinos não têm os mesmos direitos que os judeus e a suposta igualdade de direitos não ocorre nem mesmo entre os judeus. O Sionismo pretendia a criação de um estado laico e democrático, no entanto, Israel vem cada vez mais dando espaço em suas fileiras políticas a lideranças fundamentalistas cujo extremismo torna o país cada vez mais um Estado Autocrático, e, isso representa menores possibilidades para a construção da paz na região.

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