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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Marcas e cicatrizes de governos!

Soube que em breve sairá nova pesquisa da Paraná Pesquisas sobre a popularidade de Beto Richa, não é necessário ser um expert em pesquisas, ou mesmo um cientista político para prever que os índices não devem ser nada favoráveis ao tucano mais impopular do Brasil. Também fiz uma consulta informal a algumas pessoas esclarecidas da sociedade sobre quais foram os melhores e os piores governadores do Paraná, pretendia elencar os três melhores e os três piores, no entanto, obtive como resultado, apenas dois governadores avaliados positivamente e três com grande rejeição. José Richa e Roberto Requião deixaram boas lembranças e entre os governadores citados como ruins ou péssimos estão Álvaro Dias, Jaime Lerner e Beto Richa. O saudoso José Richa (1983-1986) é bem lembrado por educadores, agricultores e pessoas à esquerda e à direita da política estadual e nacional. José Richa então no MDB (atual PMDB) contribuiu para o processo de redemocratização do país, foi um governante competente, sério e íntegro, ajudou a fundar o PSDB, partido que na atualidade não é nem de longe aquilo que Zé Richa almejava. O outro governador, Roberto Requião (PMDB) teve três passagens pelo Palácio Iguaçu (1991-1994; 2003-2006 e 2007-2010). Na primeira passagem pelo Palácio Iguaçu sucedeu a Álvaro Dias, porém, o período de maiores realizações foi na sua segunda passagem pelo Governo quando mostrou ser um grande administrador ao por em dia as finanças combalidas do Estado após oito anos de governo Jaime Lerner. Roberto Requião é leitor ávido e muito culto, porém, seu estilo e fala ferina desagrada a muitos. É bem lembrado por boa parcela dos educadores paranaenses e dos agricultores. Álvaro Dias (1987 e 1991) não deixou boas lembranças para o funcionalismo público, pois, seu governo foi um período de perdas de direitos, e, no qual ocorreu o covarde ataque policial aos professores na greve de 1988. O massacre aos professores é apontado como a causa de jamais ter conseguido voltar ao Palácio Iguaçu. Os profissionais da Educação, com razão, não o perdoam, apesar disso, se elegeu senador três vezes e foi considerado melhor administrador que Lerner e Beto Richa. Jaime Lerner (1995-2003) utilizou as imagens do ataque aos professores em sua campanha política e com isso triunfou sobre Álvaro Dias. Eleito, implantou forte política neoliberal, sucateou a Educação e promoveu ataques aos direitos historicamente adquiridos pelos educadores que ficaram sem reposição de grande parte da inflação do período, a agricultura foi abandonada, pois, deu prioridade às cidades (grandes). Colocou o Estado numa grave crise financeira, com atrasos de pagamentos aos fornecedores do governo e de direitos do funcionalismo, privatizou o Banestado, parte da Sanepar, e tentou vender a Copel sem sucesso ante a reação da sociedade. É fruto do seu governo as concessões de pedágio à iniciativa privada das principais rodovias paranaenses, alvo de fortes críticas populares pela exorbitância das tarifas praticadas, como legado positivo trouxe indústrias automobilísticas e criou a Paranaprevidência. Beto Richa é no momento, considerado o pior governante paranaense da história (pior até que Jaime Lerner). Em seu primeiro mandato atolou o Paraná em dívidas com atrasos de pagamentos de fornecedores do governo e de direitos do funcionalismo. Ao inaugurar seu segundo mandato promoveu o absurdo e covarde massacre policial contra os educadores em 29 de Abril (213 feridos) no afã de se apropriar do fundo de aposentadoria do funcionalismo público. Atualmente, se encontra às voltas com greves do funcionalismo público (que se defende dos ataques do tucano aos direitos historicamente conquistados) e denúncias de corrupção sendo investigadas pelo Gaeco.

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