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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A falência das instituições - a mídia!



            A credibilidade é para as empresas de comunicação tão importante quanto o capital de giro. A credibilidade, sinônimo de respeito ao público e de bom jornalismo, dá ao meio de comunicação, a audiência (emissoras de TV e rádio), e a venda de exemplares de revistas e jornais cujo maior alcance de leitores, traz em seu bojo, maior quantidade de anunciantes. Assim, se costuma dizer que a credibilidade é o principal ativo de uma empresa de mídia.
            Em nosso país, devido à falta de capacidade da direita que se mostrou acéfala e incapaz de fazer uma oposição política competente, a Grande Mídia tomou para si o papel de oposição aos governos progressistas de Lula e Dilma. Ao renunciar ao jornalismo sério, se tornou uma poderosa usina de fake news. A regra imposta e denunciada por vários jornalistas demitidos era pauta negativa para os governos petistas e ignorar o resto. A manipulação se tornou tão absurda, que, para ter acesso à informação de boa qualidade sobre o Brasil, a mídia europeia, enviou mais correspondentes ao país, pois, constatou que a Grande Mídia nacional não era fonte confiável para levar ao seu público a noção do que realmente se passava no país quanto aos processos kafkianos contra Dilma, e, mais recentemente contra Lula.
            Há alguns dias, soube que Bolsonaro havia se reunido com os herdeiros do grupo Globo para a costumeira sabatina privada (em minha opinião, algo reprovável e que possui um ranço coronelístico). Dias depois, tomei conhecimento de que o candidato sofrera um atentado, o qual teve ampla cobertura da TV Globo. Logo pensei: começaram as armações! Não fui o único a cometer tal equívoco! Muita gente ainda põe em dúvida o atentado. É um equívoco compreensível! Afinal, todos se lembram da edição do debate de 1989, em que a Globo operou a favor de Collor e contra Lula. Todos lembram também do fake news sobre Lurian, filha de Lula, no último programa eleitoral de Collor. Também teve o episódio em que arremessaram um objeto na cabeça do candidato Serra e ele fez até tomografia com ampla divulgação, que obviamente nada acusou, e peritos ao analisar os vídeos constataram se tratar de uma “perigosa” bolinha de papel. São apenas alguns exemplos de um rol que remonta há décadas.
Pela Grande Mídia, o brasileiro é muito informado sobre a crise na Venezuela (governo de esquerda), mas, pouquíssima informação recebe sobre o caos econômico da Argentina do direitista Macri. A Grande Mídia apostou todas as suas fichas no liberalismo daquele país e perdeu. A Argentina está afundando tal qual o Titanic, sendo o iceberg da vez, o neoliberalismo. E tal como em 1912, não há botes salva-vidas para a terceira classe. O cidadão brasileiro foi informado de que a quarta eleição consecutiva do esquerdista Evo Morales na Bolívia era algo péssimo para a democracia, pois, a não alternância de governo resultava na prática em uma ditadura. No entanto, essa mesma crítica não foi veiculada quando da quarta eleição consecutiva da direitista Angela Merkel na Alemanha. A Grande Mídia costuma impor aos partidos e regimes à esquerda a pecha de antidemocráticos, mas, não informa à população que todos os golpes contra a democracia brasileira foram realizados pela direita. A Grande Mídia critica os programas sociais (que beneficiam os pobres), mas, não mantém o mesmo tom quanto aos recursos, isenções fiscais e perdões de dívidas costumeiramente concedidos pelo Estado em benefício de grandes capitalistas, sejam eles, industriais e/ou latifundiários. A Grande Mídia demoniza o Estado e divulga a corrupção de agentes, mas, pouco ou nada faz para mostrar que o grosso da corrupção é realizado no Mercado (setor privado). A Grande Mídia luta para que o Estado seja mínimo (para a população), o que libera mais recursos para o grande capital no qual ela se insere, mas, isso ela não divulga.
Em nenhum país há o que aqui temos. Em contrariedade à Constituição Federal, seis famílias possuem o monopólio da informação ao deter a propriedade cruzada de jornais e revistas; emissoras de rádio; e, emissoras de TV. O Brasil necessita urgentemente da regulação econômica dos meios de comunicação. A qual não visa censurar ou regular conteúdo, mas, impedir a propriedade cruzada dos meios de comunicação e acabar com esse danoso monopólio. A democratização da mídia é condição imprescindível para o florescimento de uma verdadeira democracia no país!


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