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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Entre o sincericídio e a alienação

Há um ano foi anunciada a vitória de Dilma Rousseff, naquele momento não sabia dizer se a sensação de alívio era maior por sua reeleição ou pelo afastamento de um Governo Aécio Neves (PSDB) e tudo o que implicaria, ou seja, corte ou redução dos investimentos sociais, aprofundamento do neoliberalismo e a privatização da Petrobras, bandeira defendida por ele e seus principais colegas de partido, dentre eles, José Serra. Não por acaso, Aécio Neves era o candidato preferido de Tio Sam (Estados Unidos da América) e também do Partido da Imprensa Golpista (PIG) que desde Getúlio Vargas luta para que nossas riquezas sejam servidas na bandeja às empresas estrangeiras em troca de migalhas para a elite subserviente. Não é mera coincidência que nas investigações da “Operação Zelotes” o período das privatizações tucanas levadas a cabo por FHC é justamente aquele em que foi computado o maior envio de remessas ilegais de dólares para o exterior! A Operação Zelotes tem tudo para acabar em pizza, pois, envolve empresários e políticos da direita, então não pode haver denúncias, pois, podem levar a condenações, mas, os envolvidos permanecem tranquilos, pois, a solução já foi encontrada, desviar o foco das investigações poupando gente graúda. Em fins de 2014 comecei a pensar o que seria um governo exitoso de Dilma em seu segundo mandato e cheguei à seguinte conclusão: 1. Dilma deveria fazer a reforma política via assembléia constituinte especialmente eleita para tal fim, uma vez que o Congresso Nacional foi eleito por meio de um sistema eleitoral fajuto e ultrapassado não tendo legitimidade para empreender a tarefa em consonância com os interesses nacionais e do povo brasileiro. 2. Dilma deveria mandar ao Congresso uma proposta para a regulação econômica da mídia acabando com os monopólios cruzados constituídos por seis famílias que controlam jornais, revistas, estações de rádio e de TV simultaneamente, o que contraria o disposto na Constituição Federal. Porém, a oposição resolveu retomar o discurso do golpista-mor Carlos Lacerda (em relação a Getúlio Vargas), parafraseando-o: “Dilma não pode ser candidata; se candidata, não pode ser eleita; se eleita, não pode tomar posse; se tomar posse, não pode governar”. Ante a resposta das ruas, o PSDB, líder da oposição, tudo fez para que Dilma não pudesse tomar posse, e, atualmente tudo faz para que Dilma não possa governar. Foi com perplexidade que observei a composição do Ministério de Dilma com figuras estranhas aos setores progressistas da sociedade como a ruralista Kátia Abreu (PMDB), Joaquim Levy (Fazenda), Cid Gomes (PDT) na Educação, etc. A impressão que deu é que o PSDB havia ganhado a eleição, pois, o governo vem demonstrando grande fragilidade e cedendo espaço aos setores conservadores. Ricardo Boechat afirmou: “Dilma tem que governar e parar de dar conversa para esses vagabundos do Congresso e que não há motivos para o Impeachment e mandou um recado: “Não estou aqui defendendo o PT. Quer tirar a Dilma do Poder? Tira daqui a 3 anos, vai ter eleição. Dá um “cacete” no PT na eleição”. Cid Gomes cometeu um sincericídio e perdeu seu cargo por isso, porém, ganhou em capital político, pois, disse o que grande parte do povo brasileiro gostaria de dizer quando afirmou: “quem é da oposição, tem que fazer oposição, mas quem é da base, tem que apoiar o governo" e mandou o recado aos achacadores do Congresso que contou em número de 300 a 400: “larguem o osso ou saiam do governo”. Mas como já disse o senador Aloysio Nunes (PSDB) à Carta Capital: “a questão não é tirar Dilma do Planalto, o objetivo é sangrar o governo e o PT”. Existem políticos cujo medo é que o medo acabe, para estes, importa que a crise perdure (se suas ambições pessoais são satisfeitas), não importa a que custo econômico e social para o país, o povo (principalmente o pobre) constitui mero detalhe!

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