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quinta-feira, 21 de maio de 2015

A estatística e Beto Richa!

Uma vez li que a estatística é a prostituição da matemática, pois, enquanto a matemática é a rainha das ciências exatas, a estatística por sua vez é a menos exata das ciências exatas, portanto, é enganosa, uma vez que aos dados cabe interpretação, cuja melhor definição pode ser expressa na conhecida frase: “Se você torturar os seus dados por um tempo suficiente, eles contarão o que você quiser”. O saudoso José Richa em 2002, afirmou que Beto Richa não estava pronto para ser governador e que Beto governador seria uma temeridade, porem, a ambição desmedida deste e o prazer em ser centro das atenções não o fez titubear em lançar-se candidato em 2010. Beto Richa demonstra por sua gestão temerária que não herdou do pai nada mais que genes e bens materiais. Talvez devêssemos recorrer à obra do saudoso mestre da psicanálise Sigmund Freud para entender como um governador que fez uma gestão temerária (2011-2014) como antecipara seu pai, possa ter se reelegido em primeiro turno, porém, se nem mesmo Freud explicar, resta recorrer à estatística, ou mais, precisamente à sua interpretação, pois, segundo Aaron Levenstein “as estatísticas são iguais a biquínis; o que revelam é sugestivo, mas o que eles escondem é essencial”. Beto Richa iludiu a população ao representar o papel de bom moço à frente das câmeras de TV com falas decoradas, pois, durante a campanha eleitoral vendeu a imagem de bom administrador e de que as finanças do estado estavam saneadas e afirmava a todo o momento que “o melhor estava por vir”! Passadas as eleições, o engodo foi descoberto, mas, aí era tarde e a população foi chamada para pagar a conta dos excessos do tucano, enquanto este de má-fé joga a culpa da crise estadual em Dilma. A verdade é que a crise “administrada” pelo governador do Paraná é uma herança maldita de sua primeira gestão, ou seja, de si próprio. Richa gastou demais, triplicou os valores gastos com cargos comissionados (sem concurso e por nomeações) em relação ao governo Requião fazendo do governo estadual um verdadeiro trem da alegria para os seus asseclas. Por ocasião do aumento do IPVA, minimizou o fato, disse que o aumentou em apenas 1%, no entanto, a atual alíquota de 3,5% excede a alíquota anterior de 2,5% em 40% e o contribuinte sabe muito bem o que tal aumento significa no seu bolso. Em outra situação, ele afirma que aumentou em 75% o percentual de hora-atividade dos professores da Educação Básica, para provar isso, ele mostra que 35% de hora-atividade excede o percentual anterior de 20% em 75%, esse cálculo mostra a dualidade das falas do governador que omite números que lhe são prejudiciais e utiliza números pomposos quando lhe é benéfico. Mas, vamos utilizar a metodologia estatística de Richa na questão da hora-atividade, podemos dizer que a hora-atividade prevista na LDB de 1996, e que somente foi implantada por Jaime Lerner em 2000, passou de 0% para 10%, portanto, teve um aumento de 100% e Requião cujo governo a aumentou de 10% para 20% em 2003, também, teve um aumento de 100% e Beto Richa que tanto se gaba de ter aumentado a hora-atividade é o que menos contribuiu com ela (75%), também o governador não conta, que o fez por força da lei federal N.º 11.738 de 16 de Julho de 2008 que estabelece a obrigatoriedade de no mínimo 33,3% de hora-atividade e que passou a cumprir tal quesito apenas em 2015 e somente após muita pressão dos professores. Diante de tudo isso, penso que Beto Richa parece ter uma equipe sem administradores de formação, porém, com muitos estatísticos, pois, deve conhecer a frase: “mais vale um estatístico a favor do que um matemático contra”!

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