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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Vai ter Copa, Saúde e Educação!

Inicio estas linhas com a lembrança à mente de uma frase do dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht que viveu no período de 1898 a 1956, mas, cuja vida ecoa nas palavras proferidas e imortalizadas chegando ao nosso tempo com uma sapiência estimulante e ao mesmo tempo demolidora, estimulante por que nos encaminha ao ato do pensar, atividade tão básica do ser humano e tão desprezada, visto que tão poucos a ela se dedicam e muitos que o fazem não saem da lâmina d´água num Oceano filosófico de profundidades abissais, e, o lado reverso a que me referi diz respeito a destruição de ideias tão em voga, mas, sem nenhuma racionalidade, portanto, instintivas. A frase de Brecht que me veio à memória é “que tempos são estes em que é necessário defender o óbvio”? Como sabemos a genialidade muitas vezes não se encontra nas verdadeiras respostas, mas, nas verdadeiras perguntas e a partir desta frase se poderiam fazer inúmeras elucubrações, no entanto, este artigo que ora inicio estava previsto na pauta para esta semana com um tema específico e que naturalmente vem ganhando cada vez mais tempo nos meios de comunicação, a Copa do Mundo que após 64 anos retorna aos gramados brasileiros. Penso que numa democracia nada é mais natural e principalmente necessário do que a liberdade de expressão, a possibilidade de se fazer manifestações a favor ou contra qualquer coisa desde que respeitada a lei e a ordem, pois, apesar de apoiar manifestações e ver nelas o fermento da democracia sou radicalmente contra depredações de patrimônio público ou privado, pois, para dar um recado não há a necessidade de agir de forma vandálica e penso que devem ser detidas as pessoas que assim agirem. Estamos a poucos dias do início da Copa do Mundo e um grupo de manifestantes retardatários resolveu que irá utilizar o período da realização da Copa do Mundo para mostrar sua indignação afirmando que o dinheiro gasto na Copa deveria ser investido em Educação, Saúde, etc.. Penso que o momento certo para sair às ruas era aquele em que Lula então Presidente avisou através da imprensa nacional que iria colocar o nome do Brasil no processo de escolha da sede do então longínquo mundial, porém, naquele momento não houve protestos nas ruas, e, a desconfiança quanto à possibilidade de escolha do Brasil para sede era quase geral nas terras tupiniquins, mas, o Brasil foi escolhido e lembro-me que a mais poderosa rede de comunicações deste país mostrava o povo comemorando tal fato, aliás, tal empresa parece ter um comportamento bipolar uma vez que é talvez a empresa que mais vai lucrar com o mundial, mesmo assim, ao mesmo tempo parece pela atenção dada ao movimento “Não vai ter Copa” ser aquele atleta que todo técnico de futebol quer, o “coringa” que é assim chamado por jogar em várias posições, a Globo é assim, joga em qualquer posição, mas, não por amor à camisa e sim de acordo com os interesses que norteiam sua carreira e desta forma “profissional” não escolhe equipe, não raras vezes atua contra a nossa meta. Há uma falácia com relação à Copa de que tais recursos dividiriam o “Mar Vermelho” que existe entre a Saúde e a Educação que o Brasil dispõe e a dos sonhos que nossos incansáveis “guerreiros do arco-íris” esperavam conseguir com o montante de recursos aplicados nas obras do Mundial, muitos totalmente desinformados pensam que o Governo Federal está gastando valores muito acima daqueles investidos em Educação e Saúde e pregam uma Educação e Saúde padrão FIFA, tais valores acrescidos ao orçamento de tais Ministérios certamente contribuiriam, mas, não teriam o impacto esperado pelos opositores ao mundial, pois, o investimento em Educação e Saúde desde 2010 segundo Carta Maior foi de R$ 850 bilhões e o investimento público total no mundial é de R$ 25 bilhões. Como os recursos já foram investidos e o mundial já está para começar agir contra a Copa é fazer gol contra e sabotar o país. Assim, sugiro que abandonem essa bobagem de Educação e Saúde Padrão FIFA, pois, não teríamos nenhuma condição de trabalho se o orçamento fosse tão drasticamente reduzido, lembrando que as obras de mobilidade urbana serão legado da Copa e os recursos dos Estádios são em grande parte empréstimos que serão devolvidos ao BNDES. Dessa forma, sugiro que torçam pelo Brasil, pois, o Brasil perdeu as Copas de 66, 74, 78 e 82 e mesmo assim a Ditadura Militar não caiu, e, FHC que viu o Brasil trazer o caneco de 2002 não conseguiu fazer o sucessor. Então dentro do campo ou fora dele que o Fair Play seja a regra. Boa Copa para todos e todas!

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