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sexta-feira, 28 de julho de 2017

O necessário resgate da bandeira nacional

A bandeira é o símbolo mais importante de um país. Não por acaso os filmes de Hollywood quando retratam tramas em que a grande nação ianque é atacada, mostram em seguida, flashes de bandeiras hasteadas em frente a prédios e residências junto a breves acordes do hino nacional. Feito isso, a trama continua com a reação aniquiladora da nação da águia contra seus oponentes. Tal estratégia não é ocasional, mas, pensada e estimulada por Washington, afinal, Hollywood faz parte do aparato estadunidense de conquista da hegemonia do discurso, pois, um ditador ou uma nação imperialista além do uso da força, precisa dominar também as mentes. Nisso reside a vital importância de insuflar em seus habitantes o orgulho nacional e o consequente patriotismo, mesmo que muitas vezes irrefletido e que levam jovens a morrer pela pátria, quando na verdade o fazem pelos negócios e capitalistas de sua pátria. Os filmes de Hollywood propagam o “american way of life”, ou seja, o estilo de vida estadunidense, tido por eles como modelo para a humanidade. Hollywood busca conquistar a simpatia e a admiração do público internacional ao país mais beligerante da história. E nisso tem sido eficaz. Este professor de ofício e escriba nas horas vagas quando de suas críticas à ação imperialista estadunidense, em várias oportunidades encontrou forte oposição de pessoas que se arvoraram em defesa daquela nação, mesmo que a ação desta ocorresse em flagrante prejuízo dos direitos humanos, da democracia e do princípio internacional de não ingerência em outras nações. Estarrecedor é pensar que vários destes brasileiros natos que fazem forte defesa dos Estados Unidos da América não têm pelo país que constitui seu berço natal uma atitude equivalente. Grande parte destas pessoas parece em seu íntimo lamentar ter nascido no Brasil, pois, mentalmente adotou os EUA como sua pátria apesar de nele não viver. Uma explicação para isto talvez resida no fato de que os Estados Unidos é a nação símbolo do capitalismo mundial, portanto, contestá-lo significa contrariar o sistema que se tornou uma religião cujo deus “Mercado” jamais deve ser questionado ou criticado sob o risco de cometer blasfêmia. Há uma imagem da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que considero emblemática. A fotografia em que soldados hasteiam a bandeira estadunidense após a vitoriosa batalha de Iwo Jima. Recorro a essa imagem, que o leitor (caso deseje) pode ver numa rápida busca no Google, para explicitar uma tarefa que os cidadãos patriotas que desejam ver o Brasil ocupando o justo papel que lhe cabe: o de potência e não como mera colônia dirigida por oligarquias acéfalas desprovidas de patriotismo e que agem de forma espúria em prejuízo da nação e em benefício de seus interesses particulares. A bandeira nacional foi usurpada por elementos conservadores que diziam estar em luta contra a corrupção. Estes se armaram com panelas e seguiram o pato da golpista FIESP e deram sustentação ao golpe midiático-jurídico-parlamentar que derrubou o governo democraticamente eleito da presidenta Dilma sem jamais comprovar um crime de responsabilidade contra ela. Considero um grave problema a bandeira nacional ter sido utilizada pelos conservadores no maior ato lesa-pátria pós 1964. Não se pode mais empunhá-la sem o receio de ser confundido com os golpistas que demonstraram não serem contrários à corrupção, mas, sim ao PT, Lula e Dilma e principalmente à política então implantada, a qual objetivou e conseguiu retirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU, reduzir mesmo que timidamente a desigualdade social, oportunizar o acesso à educação universitária a grupos sociais anteriormente dela excluídos, e, possibilitar a mobilidade social ao fazer que milhões deixassem os estratos de renda mais baixos. Com o golpe, o Brasil caminha de volta para o Mapa da Fome. A classe trabalhadora que vem perdendo direitos trabalhistas e previdenciários vai empobrecer, e o mercado consumidor irá encolher. A pequena burguesia que apoiou o golpe se afogará nas águas de sua ignorância política. O grande capital nacional e estrangeiro que não depende do mercado de consumo interno, mas, da especulação com os recursos naturais e da mais-valia resultante da mão de obra padrão “shing-ling” de contratação que ora se pretende implantar, será a única a lucrar. Nossas riquezas estão passando ao controle de estrangeiros. O governo golpista capitaneado por Temer e seus apaniguados planeja entregar a estratégica base de Alcântara aos EUA e está implodindo o edifício nacional da Ciência, da Educação e da Saúde comprometendo o futuro do país. Os usurpadores da bandeira nacional dizem que não votaram em Michel Temer. Mas, votaram em Aécio (PSDB) e em partidos que hoje no poder estão destruindo o projeto de país soberano. E além do mais, como os internautas costumam afirmar: Suzane Von Richthofen também não matou seus pais, “apenas” abriu a porta para os assassinos...

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