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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O título não faz o Mestre!

Há uma frase do escritor, poeta, romancista e dramaturgo francês Vitor Hugo (1802-1885) que muito aprecio e que diz: “a água que não corre forma um pântano; a mente que não pensa forma um tolo”. E por assim acreditar, mesmo tendo praticamente chegado ao topo do plano de carreira do magistério estadual ainda me faltando pela lei atual doze anos para a aposentadoria posso me dar ao privilégio de fazer cursos de aperfeiçoamento pelo prazer de estudar, por amor ao conhecimento e não mais pela imperiosa necessidade de avanços para garantir acréscimos ao salário. Penso que na Educação Básica trabalhamos num nível muito elementar e o profissional que não abraça os livros certamente regride. O motivo de minha alegria é que concluí o curso de especialização em Geopolítica e Relações Internacionais, que sempre desejei fazer, pois, sou fascinado pela temática. Tive mais dificuldades do que pensava, e houve oportunidades em que me questionei sobre os motivos que me levaram a fazer tal empreitada, pois, não necessitava de outro curso de especialização para avançar na carreira. Mas, como não gosto de começar algo e não levá-lo ao cabo renunciei temporariamente a minha leitura eclética e me dediquei tão somente ao curso, nem por isso, abandonei a leitura, mas, desta vez ela era dirigida, específica, e após muito titubear escolhi o objeto de estudo: a questão árabe-israelense. Fiz uma pesquisa na Internet sobre as obras escritas sobre o tema e escolhi 28 livros, sendo que adquiri em sebos (usados), os poucos que não encontrei nas livrarias do país (Internet), inclusive um livro raríssimo escrito pelo fundador do Sionismo Político, Theodor Herzl (1860-1904). Na fase decisiva não tendo tempo disponível para ler a totalidade dos livros adquiridos selecionei 19 obras, sobre os quais fiz a pesquisa bibliográfica. Como tenho dificuldade para escrever pouco e o TCC do curso era um artigo científico que não poderia ser superior a 25 páginas, fui aconselhado pelo professor orientador a suprimir trechos do artigo e aí veio o imbróglio da questão: como resumir sem perder a qualidade e sem deixar lacunas, essa foi a parte mais difícil, mas, tenho experiência nisso, pois, após escrever o artigo da semana que costuma ficar maior, passo então a resumir para caber no espaço da coluna. E na semana “D” entreguei o artigo científico que intitulei: “O Sionismo e o Apartheid na Terra Santa: do Holocausto Judeu ao Holocausto Palestino”, já devidamente revisado e com as correções sugeridas pelo professor orientador. Como acredito que o conhecimento deve ser compartilhado pretendo no próximo ano fazer palestras gratuitas para estudantes do Ensino Médio e vestibulandos conforme as portas me forem abertas para tal. Sobre o objeto de minha pesquisa, digo que se ao leigo um caminho para a paz na região é considerado difícil, para um estudioso do assunto beira à ingenuidade, mesmo assim, não deixei de apontar um caminho (utópico ou não) para a Paz. E concluo dizendo que estive várias vezes em Congressos e ao observar a lista dos palestristas, a titulação salta aos olhos, mas, não é incomum os menos titulados roubarem a cena. Penso que o título não faz o Mestre, pois, em si não é garantia de grande contribuição aos ouvintes, também, aos Mestres o título em si não basta, pois, ao abrir uma porta até então fechada, um corredor com inúmeras portas se abre perante ele que então se dá conta que nada sabe sobre o que as portas fechadas ocultam de seus olhos e de sua mente. A humildade é a mais sábia companheira de quem busca o conhecimento, a empáfia é a venda que impede ver a luz da sabedoria. Eu tenho muito que aprender, graças a Deus!

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