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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O ocaso de uma legenda!

Ouço muito que a esquerda está em crise, que o PT está em crise, que o governo Dilma está em crise, no entanto, penso que, obviamente, o Muro de Berlim caiu para o lado errado, dessa forma, toda pessoa com pensamento progressista e, portanto contrário à ditadura do pensamento único conhecido por neoliberalismo se sente um tanto quanto órfã. Porém, inversamente, penso que a direita é que se encontra em crise, pois, está desalojada do poder federal há quatro pleitos, mesmo contando com o apoio maciço de uma mídia parcial que usa seus microfones e câmeras para fazer com que o povo pense o que convém ao grupo a qual pertence, a elite representante dos interesses estrangeiros nestas plagas e que o PSDB é seu representante. Que crise é essa que desmancha-se quando a comparamos com as crises do Governo FHC? Que crise é essa cujos dados socioeconômicos são largamente superiores aos do governo tucano (1994-2002)? A direita vive um martírio de ideias, de proposições e principalmente vive uma aridez intelectual, vai longe o tempo em que propunha ideias, (em meu ver equivocadas), mas, com argumentação, hoje, o que resta ao PSDB é o discurso do ódio e tal como os nazistas na Alemanha culparam indevidamente os judeus por todo azar ao povo alemão, da mesma forma, líderes tucanos e aliados se esforçam em criar no subconsciente coletivo, a inculpação do PT por todos os males de uma crise econômica mundial, retroalimentada por essa mesma direita antipatriótica, que prefere jogar gasolina na fogueira da crise a colaborar na extinção do incêndio, pois, não tem um projeto para o país, mas, um projeto de poder que vai muito além da partilha de cargos políticos, pois, o golpe cuja orquestra aqui toca tem como maestro Wall Street. Todos sabem que um autêntico discurso de direita não ganha eleição, e, como ganharia prometendo: mais arrocho salarial; menos recursos para a Educação; mais superlotação de salas de aula; mais fechamento de escolas e menos dinheiro para a Saúde? Lógico, tem aquele bonito e demagógico discurso de que é possível fazer mais com menos dinheiro, “é preciso racionalização” dizem! O que eles não dizem é que a economia de recursos em gastos (investimentos) sociais tem por objetivo ter mais dinheiro para obras realizadas de forma terceirizada, por meio de licitações vencidas, de forma nem sempre legítima, pelos empreiteiros patrocinadores de campanha! Se o discurso de direita não ganha eleição, os políticos neoliberais fazem como o Diabo citado por Shakespeare, que: “não tem dúvidas em recitar a Sagrada Escritura quando lhe convém”, e, faz discursos dúbios, e, se confrontados, dão a impressão que irão trilhar no caminho do Estado de Bem-Estar Social, justamente o que depois de eleitos buscam destruir. A maioria do povo possui uma pauta de esquerda para o país, mas, muitos votam com a direita, porque não sabem realmente o que é ser de esquerda ou de direita. Na falta de ideias, de liderança intelectual, o PSDB líder da oposição se apequenou e despiu-se de seus preceitos morais e éticos e lançou-se na aventura inconseqüente do golpismo visando devolver o Brasil ao posto de mais uma “República das Bananas”, posto conquistado durante o golpe militar de 1964. O PSDB é um partido estranho, tem a social democracia em seu nome, porém, a combate, pois, é neoliberal, critica a corrupção, mas, se une ao golpismo de Eduardo Cunha, comprovadamente corrupto. O mesmo PSDB que afirma defender a educação iniciou o ano batendo em professores no Paraná e terminou o ano em São Paulo agredindo estudantes que defendiam o funcionamento de suas escolas! O PSDB atual empalidece de vergonha (ou deveria) ante ao idealismo de alguns de seus saudosos fundadores, tais como José Richa e também daqueles que vivem tais como Bresser Pereira, para desapontados, verem o ocaso de sua utopia.

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