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quinta-feira, 9 de julho de 2015

A filosofia Tostines!

Há algum tempo anotei como tema para um artigo a Filosofia Tostines, no entanto, ao verificar na Internet, observei que várias pessoas já escreveram sobre o assunto, mesmo assim, resolvi levar adiante a ideia. Quem é “jovem há mais tempo” certamente lembra-se do comercial dos biscoitos Tostines que lançava o seguinte questionamento: “Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais”? O comercial em questão fez grande sucesso e a partir da ideia, várias questões acerca da vida particular e social surgiram tais como: “A mulher briga com o marido, porque ele bebe demais ou o marido bebe porque a mulher briga demais”? Ou, “Os políticos compram os votos porque os eleitores vendem, ou os eleitores vendem os votos porque os políticos compram”? Ou ainda, “Devemos deixar um mundo melhor para nossos filhos ou filhos melhores para o nosso mundo”? Em algumas oportunidades utilizei a filosofia Tostines em sala de aula, por exemplo, ao trabalhar o tema população com o seguinte questionamento: “As pessoas são pobres porque têm mais filhos, ou, têm mais filhos porque são pobres”? Caso o leitor tenha chegado à conclusão que as pessoas são pobres porque têm mais filhos isso não corresponde plenamente à verdade, pois, se por um lado, ter filhos implica mais gastos, por outro, não os tê-los faz do pobre, rico? Além disso, os países desenvolvidos que pioneiramente passaram pela Revolução Demográfica, ao propiciar o desenvolvimento obtiveram em seguida a redução do crescimento populacional. Explico: Com o aumento da renda, o acesso à Educação e à Medicina, e, ao mercado de trabalho, as mulheres passaram a ter informações, métodos contraceptivos, e, oportunidades de seguir uma carreira profissional, para a qual ter muitos filhos seria um empecilho, portanto, as pessoas têm mais filhos porque são pobres e para a redução da taxa de natalidade não é necessário o controle de natalidade que alguns defendem, basta que haja justiça social, ou seja, desenvolvimento para todos. Outra questão: “Devemos criar alternativas de desenvolvimento para todos ou alternativas ao desenvolvimento para todos”? Tudo depende daquilo que entendemos por desenvolvimento, e no caso de um mundo capitalista como o nosso, o modelo de desenvolvimento é o da formação de sociedades de consumo de massa, ou seja, populações com alto poder aquisitivo e que possam comprar incessantemente tudo aquilo que as empresas têm para vender, porém, neste caso temos vários problemas, dentre eles, os ambientais, pois, o processo industrial gera resíduos que são descartados na natureza, e, os produtos que após serem utilizados (obsolescência programada) têm o mesmo destino. O consumismo desenfreado gera exaustão dos recursos naturais e severos danos ambientais, e, além disso, não é possível numa sociedade capitalista que todos tenham acesso ao mesmo tamanho da fatia do bolo, assim, a riqueza amealhada por alguns corresponde à multiplicação da pobreza para muitos e isso é algo intrínseco do Capitalismo, o que vale para a relação Capital x Trabalho e também para a Divisão Internacional do Trabalho, na qual os países subdesenvolvidos com produtos de baixo valor agregado levam a pior no comércio internacional. A resposta certa é encontrar alternativas ao modelo de desenvolvimento (predatório da natureza e injusto socialmente). Encerrando: Temos o pior Congresso Nacional desde o fim da ditadura militar (1964-1985), pensando nisso: “A classe política é reflexo da corrupção da sociedade ou a corrupção da sociedade é reflexo da classe política”?

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