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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Defender a Petrobras é defender a soberania nacional!



           
A greve dos caminhoneiros trouxe novamente a discussão sobre os preços dos combustíveis praticados no Brasil. É lamentável observar a desinformação popular e notadamente de grande parcela dos caminhoneiros acerca do tema É necessário lembrar que no Governo FHC foi criada uma lei que obriga a Petrobras a seguir preços de mercado para não fazer concorrência desleal com as empresas de petróleo do setor privado (isso está no marco regulatório que quebrou o monopólio da Petrobras ainda nos anos 1990). Lula e Dilma foram acusados de prejudicar a Petrobras quando em seus governos faziam uso de uma política de reajustes anuais dos combustíveis. A Petrobras atuava como uma empresa pública (e não meramente de mercado) e assim exercia uma importante função de apoio à economia popular. À época, algumas vezes os preços praticados pela Petrobras estavam abaixo da cotação do mercado internacional e os opositores aos governos petistas gritavam (midiotizados pela mídia golpista) que a Petrobras não estava sendo gerida de forma adequada como seria uma empresa privada, cujos objetivos são sempre a busca dos maiores lucros possíveis e do maior valor de mercado. Noutros momentos, os preços praticados pela Petrobras estavam acima da cotação internacional (por causa do reajuste anual e que não seguia flutuações momentâneas) e a gritaria era de que somente privatizando a Petrobras haveria a oferta de combustíveis baratos, pois os preços altos se deviam a sua ineficiência.
Após o golpeachment (golpe travestido de impeachment) de 2016, por iniciativa do Governo Temer e de Pedro Parente que comanda a Petrobras, a política de preços da estatal foi alterada e passou a ser regulada de forma instantânea pela cotação de preços do mercado internacional. Pedro Parente (ex-consultor do FMI) e homem de confiança de FHC (cujo governo tinha a intenção de privatizar a Petrobras) foi conduzido por Temer ao comando da Petrobras para esquartejá-la e vendê-la em nacos para a iniciativa privada. Por ocasião das reivindicações dos caminhoneiros, Parente afirmou que se demite do cargo caso seja impedido de continuar a atual política de reajustes em conformidade com o mercado internacional. Pedro Parente não mede esforços em agradar as empresas estrangeiras de petróleo. É louvado como excelente gestor por empresários estrangeiros interessados no Pré-Sal brasileiro. A questão é excelente gestor para quem? Talvez, sua atividade como co-proprietário da Prada (empresa especializada em gestão financeira de famílias milionárias) não lhe permita ter uma visão social da Petrobras como fomentadora do desenvolvimento nacional, pois, sua visão é obcecada pelo mercado formado por empresas que agem de forma mafiosa visando lucros astronômicos à custa do saque das riquezas nacionais de países subdesenvolvidos como o nosso cujos habitantes costumam ficar à míngua.
A Petrobras é uma empresa premiada internacionalmente, detentora de tecnologia nacional de exploração de petróleo em águas ultraprofundas. Algum tempo atrás houve um vazamento de óleo em um poço do Pré-Sal explorado pela estadunidense Chevron e esta não conseguiu controlar. Quem foi chamada para resolver a situação, e a resolveu? A Petrobras. Tem gente que se diz contra o socialismo, o populismo, o assistencialismo e quer mais capitalismo. Então o capitalismo é implantado em sua essência e o sujeito reclama? Seguir preços do mercado internacional como atualmente faz a Petrobras é uma política em conformidade com o capitalismo. Controlar preços é uma política de Estado em benefício do povo e que vai contra o liberalismo econômico (doutrina que rege o capitalismo). Se você quer preços que seguem o mercado internacional, tudo está certo, não há do que reclamar! Se você quer preços melhores para o povo, a solução não está na privatização da Petrobras, pois, empresas privadas são menos flexíveis (sugestionáveis) e vão seguir a cotação de preços do mercado internacional. Pedro Parente está fazendo a Petrobras trabalhar com 70% da sua capacidade de refino para agradar as empresas estrangeiras de petróleo e aos Estados Unidos da América comprando já refinados (portanto mais caros), os subprodutos do petróleo e piorando a situação da balança comercial brasileira gerando empregos nos EUA e não no Brasil. Em meu ver, o erro está na política econômica desse governo e na gestão da Petrobras que é danosa aos interesses nacionais. A Petrobras precisa ser gerida com um viés social, ou seja, em benefício do povo brasileiro, e não em atendimento exclusivo aos interesses do mercado. Defender a Petrobras é defender a soberania nacional!

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