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quinta-feira, 10 de março de 2016

Pode ser? Ou não vem ao caso?

“A cadela do fascismo está sempre no cio”! Disse o genial Bertolt Brecht, nada mais propício para designar o êxtase de pessoas reacionárias e saudosas da ditadura militar que tiveram na sexta-feira dia 04 de março o maior orgasmo de suas vidas, ocasião em que o Juiz Sergio Moro atropelou o Direito, pois, Lula jamais se recusou anteriormente a depor e sob o falso pretexto de proteger, impôs ao ex-presidente Lula, (salvo Moro seja um tolo e, portanto inapto para o cargo que ocupa) uma humilhante condução coercitiva ante uma exposição midiática pré-anunciada por vazamentos seletivos (ao gosto da Grande Mídia e da elite entreguista desse país) que se tornaram a marca da operação Lava-Jato que tem como objetivo a perseguição ao Partido dos Trabalhadores, a tentativa de fazer o Impeachment de Dilma e de inviabilizar Lula como potencial candidato das eleições de 2018. Qualquer pessoa imparcial, portanto, que não tenha o perfil fascista, fanático e alienado dos assim chamados “coxinhas”, que costumam defender o fim da corrupção (dos outros) e que fecham os olhos, a boca e os ouvidos para a corrupção do partido e das lideranças que defendem, já percebeu que temos no país um judiciário partidarizado que não representa os interesses do povo brasileiro e sim de sua elite de sempre, os integrantes da Casa Grande que buscam reaver o que sempre foi seu, o controle do país e enviar de volta para a Senzala os trabalhadores que andavam muito “saidinhos”, afinal, se nada for feito, logo teremos uma legião de médicos e juízes vindos da Senzala da sociedade, sendo, que tais espaços deveriam continuar reservados aos “cidadãos de bem” da Casa Grande, não importa, que algumas vezes esses “cidadãos de bem”, não o sejam assim chamados por seus ideais humanitários e de justiça social, mas, sim por sua semelhança com os “cidadãos de bem” da Ku Klux Klan. A operação Lava-Jato, caso não fosse partidarizada, poderia ser uma grande oportunidade de passar o período recente, notadamente, a Era do Real a limpo, bastaria que o Judiciário e a Polícia Federal agissem com imparcialidade e todos os corruptos delatados fossem de fato investigados e caso culpados punidos independentemente da ideologia e da bandeira partidária. Mas, vivemos tempos de exceção, atropelam-se as regras mais elementares do Direito, desrespeita-se a constituição desde que a teoria nazista do Domínio do Fato foi indevidamente empregada no julgamento do Mensalão por Joaquim Barbosa, em que se passou como afirmou a Ministra Rosa Weber do STF a “condenar sem provas porque a literatura jurídica permite”. O genial Rui Barbosa disse certa vez: “a pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário, contra ela não há a quem recorrer”! Dessa forma, delações contra Aécio Neves, FHC, etc. são varridas para debaixo do tapete na Operação Lava-Jato do Senhor Moro que inclusive foi o mesmo Juiz da investigação do escândalo bilionário do Banestado cujo desfecho foi à época previsível com os corruptos sorridentes e a montanha de dinheiro ilegal seguro no exterior. Quem tal como eu ouve as delações da Lava-Jato se enoja com as falas de Moro e dos procuradores tais como “não vem ao caso!” e “não foi o que eu perguntei!” quando os delatores insistem em falar da corrupção de membros da direita, pois, a Lava-Jato tem foco, e os envolvidos já estão de antemão condenados, pois, trata-se de uma operação política que visa desconstruir o mito Lula e sua obra que tirou 36 milhões de pessoas da miséria e devolver o poder aos “cidadãos de bem” da Casa Grande. Os coxinhas, por sua vez, que reclamam quando no futebol, o juiz apita para um lado só, não reclamam da perseguição implacável que o Judiciário aliado da elite faz sobre o PT, Dilma e Lula, visando auxiliar no golpe institucional midiático que se tenta implantar com a destituição de Dilma e a desconstrução de Lula porque essa elite se borra nas calças de medo de enfrentá-lo nas eleições de 2018, e como não teve capacidade para vencer nas urnas, tenta fazê-lo no tapetão. De minha parte gostaria de acreditar no Judiciário, mas o que vejo me envergonha perante as nações desenvolvidas do mundo, nas quais o Judiciário aplica o Direito e não age de forma partidarizada como nestas terras onde muitos cidadãos togados fazem o papel de justiceiros da elite e de uma parcela fascista da sociedade. Então suplico, dá para investigar e punir de acordo com as garantias constitucionais e elementares do Direito, além dos Petistas, também os Tucanos? Pode ser? Ou não vem ao caso?

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