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sábado, 9 de janeiro de 2021

A importância da leitura e da análise do que se lê (2020)

                O ano de 2020 foi bissexto (366 dias), mas, pareceu durar uma década. Foi um ano louco e exaustivo do ponto de vista físico, mental e emocional. Como os dias eram de angústia (pandemia), foquei mais na literatura, deixando um pouco de lado os livros técnicos, me adaptei e mantive minha média anual de leituras. Costumo ler na casa dos setenta livros (pouco mais ou pouco menos), em 2020, li sessenta e sete. Algumas pessoas perguntam como consigo e, digo que não é nenhum feito, pois, conheço gente que lê bem mais que isso. Estabeleço metas diárias de leitura com no mínimo 30 páginas e, caso em algum dia não consiga alcançar o mínimo, procuro recuperar o atraso no dia seguinte. Busco aproveitar bem o dia, como não costumo ficar muito tempo diante da TV e/ou do computador, sempre há tempo disponível (mesmo que fragmentado).

            A leitura é para mim, relaxamento e prazer. A média de livros que leio é ao ritmo natural e não resultado de esforço, pois, se assim fosse, sacrificaria o prazer da leitura. Penso que o número de livros que uma pessoa lê é menos importante do que a qualidade daquilo que ela lê. Eu não determino previamente a ordem dos livros a serem lidos e, geralmente após concluir um, escolho o próximo. Também costumo ler dois livros ao mesmo tempo (com temas diferentes) sendo um de leitura mais leve. Os livros são essenciais para o enriquecimento cultural de uma sociedade, pois, se a informação é obtida pelos diferentes meios impressos (jornais, revistas, etc.) e audiovisuais (telejornais, filmes, etc.), o conhecimento profundo, por sua vez, se obtém com a leitura de grandes obras e autores. Os livros e a reflexão sobre estes e sobre a sua vivência tornam uma pessoa bem informada em uma pessoa culta. Sabemos que todas as pessoas possuem cultura, os livros são as ferramentas que alçam as pessoas a patamares superiores do edifício cultural.

            A iniciativa deste artigo não é a de se gabar, mas, a de inspirar. Algumas pessoas já me disseram que se iniciaram no hábito da leitura (ou a ele regressaram) ao ler as resenhas de livros que publico. Digo que também fui influenciado em tal sentido por mestres(as) que tive em toda a minha vida estudantil. Também foi assim quanto ao ato de escrever. A vida é uma troca entre gerações, apenas repasso as boas energias que recebi. No ano que passou em relação a autoria/continentes, assim foram as minhas leituras (valores aproximados): Oceania: 3%; Ásia: 6%; África: 8%; Europa: 20%; América: 63%. Das leituras de obras de autores americanos, a América Latina aparece com 75% e a América Anglo-Saxônica com 25%. Quanto a leitura de obras latino-americanas por país: Brasil: 90% (40% da leitura global); Chile: 7% e Bolívia 3%. Quanto a autoria/gênero das leituras realizadas: 75% sexo masculino e 25% sexo feminino. Janeiro foi o mês que li mais (11 livros) e o mês que li menos foi Maio (1 livro), sendo a sobrecarga de trabalho do EAD, responsável pelo baixo número deste mês. A partir desta análise, desejo ler em 2021 mais obras de autores latino-americanos (além do Brasil), africanos, asiáticos e, também mais obras de mulheres.  As dez melhores leituras foram: 1. E o vento levou (Margaret Mitchell); 2. Os Sertões (Euclides da Cunha); 3. A leste do Éden (John Steinbeck); 4. Quarto de despejo: diário de uma favelada (Maria Carolina de Jesus); 5. A letra escarlate (Nathaniel Hawthorne); 6. Matéria escura (Blake Crouch); 7. Memorial do Convento (José Saramago); 8. Recursão (Blake Crouch);  9. Matadouro cinco (Kurt Vonnegut); 10. A peste (Albert Camus). As menções honrosas foram para: A mulher de trinta anos (Honoré de Balzac); A ridícula ideia de nunca mais te ver (Rosa Montero); A sucessora (Carolina Nabuco); Angústia (Graciliano Ramos); As boas mulheres da China (Xinran); O diário de Myriam (Myriam Rawick); O estrangeiro (Albert Camus); O grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald); Olhai os lírios do campo (Érico Veríssimo); O último dia de um condenado (Victor Hugo); Os sofrimentos do jovem Werther (Johann Wolfgang von Goethe); Ratos e homens (John Steinbeck);  Rebecca, a mulher inesquecível (Daphne du Maurier); Terra sonâmbula (Mia Couto). Em se tratando de boas leituras, foi um ótimo ano. Agora é escolher as leituras deste ano e aguardar a vacina! E você o que tem lido? Quais autores(as), continentes e países povoam a sua mente?

 

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