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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma questão de cultura ou de sua falta

            Sempre que visito uma cidade antiga, gosto de percorrer o centro histórico, ver igrejas e casarões antigos, conhecer a história do lugar, assim fiz entre outras em Lapa-Pr, Laguna e São Francisco do Sul em Santa Catarina. É interessante observar como alguns municípios zelam pela preservação da história e dos imóveis que marcaram época, a visita a estes locais se torna uma viagem no tempo. A mesma admiração que sinto ao visitar tais locais, vi em um professor que se encontrava em nosso município ministrando curso para os professores da rede pública estadual, sendo ele de Curitiba em conhecer o Palácio do Governo do Território Federal do Iguaçu, atual prefeitura velha.
  Entristece-me passar pela avenida Honório Babinski, mais conhecida como avenida do Cinqüentenário e ver o estado deplorável em que se encontra a antiga casa dos Correios, para as pessoas que não conhecem a história, ela foi construída para ser a residência do Secretário Geral do Governo do Território Federal do Iguaçu (1943-1946) quando Laranjeiras do Sul, com o nome de Iguassú (grafia utilizada na época) era sua capital.
Apesar de algumas campanhas de sensibilização da sociedade realizadas por professores e alunos do Colégio Estadual Floriano Peixoto, até hoje nada foi feito para a sua restauração, após a qual poderia servir para um museu, para contar uma parte da história que é tão pouco conhecida e documentada.
            É lamentável pensar que enquanto outros municípios procuram preservar construções históricas, ou pelo menos as fachadas, Laranjeiras do Sul que pouco dispõe do período histórico a que me referi, aguarda pacientemente o desabamento, a condenação total dessa construção que deveria ser preservada. De nada adianta as pessoas ao chegarem ao município, saberem através do portal de entrada, que Laranjeiras do Sul foi capital do Território Federal do Iguaçu se o que resta desse período histórico é tratado com descaso.
            Soube que a restauração do referido imóvel em questão, sempre consta dos planos orçamentários aprovados pelos vereadores há vários anos, se isto é verdade, porque a restauração não ocorre? Se existem, quais os entraves burocráticos e o que está sendo feito? Se faltam recursos, já se tentou verificar a existência de financiamentos para a restauração do patrimônio histórico via Governo Federal/ Ministério da Cultura? 
            Esperamos que num futuro próximo, não tenhamos que dar a notícia do seu desabamento ou desmontagem, lembrando que cabe às autoridades constituídas zelar pelo patrimônio histórico.          
           

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