Após breve reflexão cheguei à conclusão que futebol e política são coisas semelhantes, ambas atraem o interesse de multidões levando parte desse contingente ao fanatismo, tal como no futebol, as eleições tornam-se motivo de apostas e desavenças, algumas vezes trágicas. A política ocupa os noticiários com as freqüentes manchetes sobre corrupção, é diferente no futebol? Lembremo-nos dos escândalos dos últimos anos, o caso MSI - Corinthians, a compra de juízes para favorecer este ou aquele time, as denúncias de corrupção em várias Federações Estaduais de Futebol, inclusive no Estado do Paraná, etc. Todo mundo se acha capaz de opinar, escalar jogadores e escolher o sistema tático e levar o clube ao tão sonhado título. Na política também é assim, muitos se acham capazes de resolver os problemas do país numa canetada, afinal, o que não funciona é por pura má vontade ou incompetência. A verdade é que se deposita no governante uma esperança tão grande quanto naquela equipe que contrata um técnico de renome, porém, o clube não apresenta uma estrutura adequada para o trabalho do elenco que é composto por “pernas de pau”. Na política como no futebol, é necessário um bom técnico ou governante, criar as condições para a realização de um bom trabalho e eleger o quadro de apoio ou elenco. Acredito que o país é semelhante à fictícia equipe que descrevi, temos um bom técnico, as condições de trabalho melhoraram muito, mas não são as ideais e o elenco (o Congresso Nacional) tem maltratado a bola! Como disse futebol e política são semelhantes, assim também a paixão que despertam, então, não espere um raciocínio coerente, a paixão se sobrepõe! Para os Colorados, o Grêmio é um timinho, não importa o quanto conquiste, assim, também os Gremistas consideram o Internacional, apesar de suas conquistas. A paixão impossibilita ver e reconhecer as realizações do adversário e também impede que se reconheça a sua própria fraqueza. Nenhum meio de comunicação é mais apaixonado que a Revista Veja, trata-se de uma paixão que nem os corinthianos, flamenguistas, etc. são capazes de superar! Acredito que também a maioria de seus leitores, cujas cartas, quase sempre em consonância com a linha editorial da revista e fico pensando: Será que todos concordam com a linha tendenciosa que em meu ver a revista apresenta? Calam-se os que não concordam ou não recebem espaço para publicar na revista sua insatisfação? Ou estarei sendo injusto? Alguém considera que a mesma é imparcial? Como exigir imparcialidade de um meio de comunicação cuja linha editorial é apaixonada? Afinal, sabemos que os apaixonados torcedores têm sempre uma explicação para o mau desempenho da equipe, o juiz ladrão, o pênalti não marcado, etc. a coerência e a cabeça fria para analisar os fatos não estão entre as suas características. Como leitor de Veja entristece-me ver a forma parcial com que trata as notícias sabendo ser o fabuloso meio de comunicação que é, porém, não me surpreendo, entendo a sua ideologia e considero extremamente importante a leitura que faço da mesma, o posicionamento ideológico da revista me mostra a direção daquilo em que devo acreditar... o oposto!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Futebol e Política
Após breve reflexão cheguei à conclusão que futebol e política são coisas semelhantes, ambas atraem o interesse de multidões levando parte desse contingente ao fanatismo, tal como no futebol, as eleições tornam-se motivo de apostas e desavenças, algumas vezes trágicas. A política ocupa os noticiários com as freqüentes manchetes sobre corrupção, é diferente no futebol? Lembremo-nos dos escândalos dos últimos anos, o caso MSI - Corinthians, a compra de juízes para favorecer este ou aquele time, as denúncias de corrupção em várias Federações Estaduais de Futebol, inclusive no Estado do Paraná, etc. Todo mundo se acha capaz de opinar, escalar jogadores e escolher o sistema tático e levar o clube ao tão sonhado título. Na política também é assim, muitos se acham capazes de resolver os problemas do país numa canetada, afinal, o que não funciona é por pura má vontade ou incompetência. A verdade é que se deposita no governante uma esperança tão grande quanto naquela equipe que contrata um técnico de renome, porém, o clube não apresenta uma estrutura adequada para o trabalho do elenco que é composto por “pernas de pau”. Na política como no futebol, é necessário um bom técnico ou governante, criar as condições para a realização de um bom trabalho e eleger o quadro de apoio ou elenco. Acredito que o país é semelhante à fictícia equipe que descrevi, temos um bom técnico, as condições de trabalho melhoraram muito, mas não são as ideais e o elenco (o Congresso Nacional) tem maltratado a bola! Como disse futebol e política são semelhantes, assim também a paixão que despertam, então, não espere um raciocínio coerente, a paixão se sobrepõe! Para os Colorados, o Grêmio é um timinho, não importa o quanto conquiste, assim, também os Gremistas consideram o Internacional, apesar de suas conquistas. A paixão impossibilita ver e reconhecer as realizações do adversário e também impede que se reconheça a sua própria fraqueza. Nenhum meio de comunicação é mais apaixonado que a Revista Veja, trata-se de uma paixão que nem os corinthianos, flamenguistas, etc. são capazes de superar! Acredito que também a maioria de seus leitores, cujas cartas, quase sempre em consonância com a linha editorial da revista e fico pensando: Será que todos concordam com a linha tendenciosa que em meu ver a revista apresenta? Calam-se os que não concordam ou não recebem espaço para publicar na revista sua insatisfação? Ou estarei sendo injusto? Alguém considera que a mesma é imparcial? Como exigir imparcialidade de um meio de comunicação cuja linha editorial é apaixonada? Afinal, sabemos que os apaixonados torcedores têm sempre uma explicação para o mau desempenho da equipe, o juiz ladrão, o pênalti não marcado, etc. a coerência e a cabeça fria para analisar os fatos não estão entre as suas características. Como leitor de Veja entristece-me ver a forma parcial com que trata as notícias sabendo ser o fabuloso meio de comunicação que é, porém, não me surpreendo, entendo a sua ideologia e considero extremamente importante a leitura que faço da mesma, o posicionamento ideológico da revista me mostra a direção daquilo em que devo acreditar... o oposto!
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