Sempre que ouvimos ou lemos algo sobre o chamado “custo Brasil”, o assunto tratado refere-se a tudo aquilo que onera produtos nacionais retirando-lhes parcial ou totalmente sua competitividade, nesta coluna já comentamos em outras oportunidades sobre a necessidade de uma reforma tributária que se constitua em avanços nesse sentido, ou seja, acreditamos que a redução de impostos e um combate mais rígido à sonegação aumentariam a arrecadação, aliviando o setor produtivo que poderia empregar mais pessoas. A redução da carga tributária e o aumento da fiscalização das empresas, apoiadas em leis mais severas para punir os sonegadores levaria mais empresários a trabalharem dentro da legalidade. O “custo Brasil” também é o resultado de uma infra-estrutura deficiente, sucateada nos anos 1980-90, que lentamente começa a ser recuperada, mas que precisa de vultosos investimentos para preparar o país que, estudos apontam, iremos ser nas próximas décadas. Como sabemos é graças aos impostos que o Estado realiza as suas ações, as quais resultam em obras necessárias e outras nem tanto, sendo assim, uma reforma tributária não pode ser apenas uma “maquiagem”, deve ser profunda e feita de forma consciente, profissional, pensada e discutida, pois, não se deve engessar o Estado, tirando-lhe o oxigênio que o permite viver. Mas o “custo Brasil” que hoje quero abordar é outro e diz respeito ao Congresso Nacional. Nos noticiários constantemente vemos parlamentares acusando o Governo Federal de gastar muito e cobrando que o mesmo reduza seus gastos, acredito que “pior do que um Estado que gasta muito é aquele que gasta mal”, assim, economizar é importante, porém, nem sempre é o melhor remédio, pois, os recursos utilizados em Educação, Saúde, Assistência Social e na Infra-estrutura, não são gastos, são investimentos. Os parlamentares cobram algo para o qual não contribuem, ou seja, a redução de gastos por parte do Governo passa também pelo Congresso Nacional, li que segundo a ONG Transparência Brasil, o parlamentar brasileiro é o mais caro do mundo, sendo que o minuto trabalhado por cada parlamentar custa ao contribuinte brasileiro R$ 11.545,00 e R$ 10,2 milhões por ano. Na Itália o custo do parlamentar é de R$ 3,9 milhões; Na França, R$ 2,8 Milhões; Espanha R$ 850 mil e na vizinha Argentina R$ 1,3 milhão. Sabendo destes dados que foi também noticiado pela TV Globo, que pensar sobre aquele deputado que falou em uma das sorrateiras manobras do Congresso Nacional para aumentar os próprios salários que “deputado ganha mal no Brasil”? Não seria o caso de dar o exemplo e reduzir seus próprios salários e verbas para um nível, digamos, mais adequado a um país subdesenvolvido? Como já disse: “pior do que um Estado que gasta muito, é aquele que gasta mal”, que dizer de um Estado como o Brasil que possui severas necessidades em todas as áreas e que tem gastado muito além do que pode com o Congresso Nacional e, pior, tem gastado muito, muito mal, haja vista a qualidade do trabalho da maior parcela dos parlamentares. O pior de tudo é pensar: eles estão lá, por que lá foram colocados pelo povo brasileiro! Porém, como não devemos cometer injustiças, precisamos separar o joio do trigo! Vai faltar trigo...
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
CUSTO BRASIL
Sempre que ouvimos ou lemos algo sobre o chamado “custo Brasil”, o assunto tratado refere-se a tudo aquilo que onera produtos nacionais retirando-lhes parcial ou totalmente sua competitividade, nesta coluna já comentamos em outras oportunidades sobre a necessidade de uma reforma tributária que se constitua em avanços nesse sentido, ou seja, acreditamos que a redução de impostos e um combate mais rígido à sonegação aumentariam a arrecadação, aliviando o setor produtivo que poderia empregar mais pessoas. A redução da carga tributária e o aumento da fiscalização das empresas, apoiadas em leis mais severas para punir os sonegadores levaria mais empresários a trabalharem dentro da legalidade. O “custo Brasil” também é o resultado de uma infra-estrutura deficiente, sucateada nos anos 1980-90, que lentamente começa a ser recuperada, mas que precisa de vultosos investimentos para preparar o país que, estudos apontam, iremos ser nas próximas décadas. Como sabemos é graças aos impostos que o Estado realiza as suas ações, as quais resultam em obras necessárias e outras nem tanto, sendo assim, uma reforma tributária não pode ser apenas uma “maquiagem”, deve ser profunda e feita de forma consciente, profissional, pensada e discutida, pois, não se deve engessar o Estado, tirando-lhe o oxigênio que o permite viver. Mas o “custo Brasil” que hoje quero abordar é outro e diz respeito ao Congresso Nacional. Nos noticiários constantemente vemos parlamentares acusando o Governo Federal de gastar muito e cobrando que o mesmo reduza seus gastos, acredito que “pior do que um Estado que gasta muito é aquele que gasta mal”, assim, economizar é importante, porém, nem sempre é o melhor remédio, pois, os recursos utilizados em Educação, Saúde, Assistência Social e na Infra-estrutura, não são gastos, são investimentos. Os parlamentares cobram algo para o qual não contribuem, ou seja, a redução de gastos por parte do Governo passa também pelo Congresso Nacional, li que segundo a ONG Transparência Brasil, o parlamentar brasileiro é o mais caro do mundo, sendo que o minuto trabalhado por cada parlamentar custa ao contribuinte brasileiro R$ 11.545,00 e R$ 10,2 milhões por ano. Na Itália o custo do parlamentar é de R$ 3,9 milhões; Na França, R$ 2,8 Milhões; Espanha R$ 850 mil e na vizinha Argentina R$ 1,3 milhão. Sabendo destes dados que foi também noticiado pela TV Globo, que pensar sobre aquele deputado que falou em uma das sorrateiras manobras do Congresso Nacional para aumentar os próprios salários que “deputado ganha mal no Brasil”? Não seria o caso de dar o exemplo e reduzir seus próprios salários e verbas para um nível, digamos, mais adequado a um país subdesenvolvido? Como já disse: “pior do que um Estado que gasta muito, é aquele que gasta mal”, que dizer de um Estado como o Brasil que possui severas necessidades em todas as áreas e que tem gastado muito além do que pode com o Congresso Nacional e, pior, tem gastado muito, muito mal, haja vista a qualidade do trabalho da maior parcela dos parlamentares. O pior de tudo é pensar: eles estão lá, por que lá foram colocados pelo povo brasileiro! Porém, como não devemos cometer injustiças, precisamos separar o joio do trigo! Vai faltar trigo...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário