Nestes tempos de “produção independente”, o pai é ainda importante para a formação dos filhos? Já ouvi muitas mulheres por ocasião da separação afirmar que não, pois segundo as mesmas elas se bastam para os filhos! No entanto, a prática desmonta a teoria. A relação muitas vezes turbulenta com o marido as impede de reconhecer a importância deste para os mesmos! A despeito do ressentimento que possa haver entre o casal separado, os filhos não devem ser tolhidos do convívio, mesmo que periódico com o pai e têm o direito de sobre ele cultivar uma imagem de carinho e admiração. Cabe ao pai o dever de auxiliar a ex-esposa na educação dos filhos e desfrutar da melhor forma possível os momentos em companhia dos mesmos.
A natureza nos investe da capacidade de ser pai de sangue ou de coração e este papel é o mais importante que um homem pode desempenhar em sua vida, mas infelizmente alguns desperdiçam a oportunidade de acompanhar o crescimento e auxiliar na caminhada do seu rebento por esta escola que é a vida. Na vizinhança da minha casa, havia uma menina de seus 3 ou 4 anos, que várias vezes me parou na rua para conversar, eu, claro, percebi que ela estava buscando em mim uma referência de pai, o qual morava em outra cidade e pouco a visitava, pois, o casal era separado, assim, várias vezes perdi, ou melhor, ganhei alguns minutos conversando com a mesma na volta do trabalho. Infelizmente, há homens que ao divorciarem-se da esposa também o fazem de seus filhos, tornando-os órfãos de pai vivo, o que não é para estes, menos triste que serem órfãos verdadeiramente.
Se a mãe representa o amor, o carinho, o pai representa a proteção, l embro-me que quando criança, apesar de mais ligado à minha mãe, à noite só me sentia seguro quando meu pai estava em casa, pois, em nosso imaginário de criança, ele é uma espécie de herói, forte, inteligente e que tudo é capaz de resolver.
O pai é aquele que chega juntamente com a esposa de uma viagem ou do trabalho e com saudade do filho, o vê correndo abraçar a mãe e se resigna, pois é uma relação umbilical, não há como competir! Conforme a criança cresce também aumenta o seu papel junto à mesma é agora o “amigão” do menino e o primeiro amor da “princesinha”. Mas o amiguinho cresce e começa a achar as idéias do pai ultrapassadas e a princesinha começa a buscar príncipes de outros reinos e o pai não deseja ver o filho incorrendo num erro algumas vezes por ele cometido ou que a filha caia nas mãos de namorados com as características que ele reconhece muito bem, inclusive por experiência de sua própria vivência. Esse cuidado extremo para que seus rebentos não percam o rumo adequado em suas vidas faz com que seja muitas vezes incompreendido.
Fala-se que os pais são insensíveis, mas esquece-se que eles foram educados para não demonstrar sentimentos, pois “homem não chora” e não foram ensinados sobre como cuidar de crianças, por isto, a falta de jeito de grande parte destes em lidar com elas.
Se os exemplos dados não são suficientes para demonstrar a importância do pai para os filhos: pergunte para quem perdeu o pai a falta que este faz.
“Pai é aquele que, além de uma referência masculina, nos dá proteção e que quando velhinho, mesmo não podendo mais nos proteger e necessitando de nossos cuidados, ainda assim de alguma forma que só Deus sabe explicar, com sua presença mesmo que frágil, sentimo-nos protegidos pela sua simples existência”!
Ao meu pai Helio, muito obrigado, por ter me guiado pelo caminho da retidão de caráter, lição demonstrada pelo seu próprio exemplo! Saiba que o pouco que sou muito devo ao senhor!
A todos os pais: Parabéns pelo seu dia!
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