O homo sapiens há muito é a espécie dominante no planeta, porém, já esteve bem próximo da extinção. A luta pela sobrevivência acompanha a humanidade desde os primórdios e garantir a perpetuação da espécie sempre foi um desafio, a taxa de mortalidade elevadíssima e a expectativa de vida baixa, fazia com que a população crescesse muito pouco, apesar da alta taxa de natalidade. Vieram a Revolução Industrial, a urbanização e principalmente os avanços da medicina que fizeram com que paulatinamente a expectativa de vida aumentasse e a mortalidade caísse primeiramente nos paises desenvolvidos estendendo-se depois para outros paises ocasionando forte aumento populacional. Grande parte desse aumento populacional foi freado pela invenção de modernos métodos contraceptivos, entre os quais a pílula anticoncepcional, que causou uma revolução, a maternidade era agora uma opção e não mais o destino presumível da mulher sexualmente ativa. Há não muito tempo atrás, era comum no Brasil as famílias com 12 ou até mais filhos, os métodos contraceptivos reduziram para 6 filhos por mulher na década de 60, 4 filhos na década de 70, 3 filhos na década de 80 e atualmente são 2,1 filhos por mulher. A China, país mais populoso do planeta com cerca de 1,3 bilhão de habitantes adota o controle de natalidade, do qual somente escapam os casais camponeses cujo primeiro filho foi uma menina, sendo então permitida uma segunda e última gravidez na expectativa do filho homem, mais valorizado na cultura local, daí o grande número de infanticídios e abandono de meninas. A outra possibilidade de ter mais de um filho é para os casais ricos, que então pagam uma taxa “salgada” para o governo chinês e arcam com a totalidade das despesas de qualquer ordem, nada recebendo do Estado, nem sequer uma vacina. Interessante é o fato de que a política do filho único na China fez desaparecer a figura dos tios, primos e cunhados e fez surgir uma geração de crianças super-mimadas por pais e avós. Enquanto para muitos chineses ter um segundo filho é um sonho impossível, há paises que apresentam taxas baixíssimas de natalidade, são os paises desenvolvidos, entre os quais a Alemanha e França já fazem campanhas incentivando os casais a terem filhos, se utilizando dos meios de comunicação e até de outdoors, oferecem auxílio financeiro, uma espécie de bolsa-maternidade. A preocupação de tais governos se deve ao fato de que a população não se renova, aumentando a dificuldade de equacionamento da Previdência Social, ou seja, a proporção entre trabalhadores na ativa e os aposentados, além disso, aumenta a necessidade de imigrantes para repor a mão de obra. Uma grande mudança no comportamento das pessoas encontra-se em curso, a carreira profissional passou a ser muito valorizada e é cada vez maior o número de “dinks”, palavra inglesa, na verdade uma abreviatura de “double income, no kids”, e que se refere ao casal com renda dupla sem crianças, este fenômeno é mais freqüente nos países desenvolvidos, sendo que até ONGS já existem para defender o direito ao não constrangimento das pessoas que decidem não ter filhos pela sociedade ou governo. A Igreja Católica já fez observações condenatórias a tal prática na Europa, a previsão é de que no Velho Continente em 2025 haverá 31 milhões de habitantes a menos do que atualmente. No Brasil, há cada vez mais casais que tomam a decisão, de envelhecerem juntos e sozinhos! Tal como na Europa, causam estranheza, pois, as pessoas ligam o casamento à reprodução. Penso que as pessoas devem ser respeitadas em suas decisões, mesmo na discordância, como François Marie Arouet, mais conhecido por Voltaire que certa vez afirmou: “Não concordo com nada do que dizes, mas morro defendendo o direito de que possa fazê-lo”. Acredito que, para cada escolha, se faz uma renúncia! Ao renunciar à paternidade, os dinks jamais viverão as dores e as delícias advindas de quem resolveu imortalizar os seus genes, repassando-os.
Este modelo de vida vai fazer com que os muçulmanos dominem toda Europa em 20 anos, pois a taxa de natalidade entre eles é altíssima.
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