O genial Orson Welles, num arroubo criativo municiado
pela impetuosidade de sua juventude (23 anos) fez história e, possivelmente
amizades com a indústria farmacêutica cujas vendas de remédios ansiolíticos fora
turbinada. Welles em suas chamadas narrava estranhas luzes observadas em uma
região específica de Marte e posteriores choques de meteoros com a Terra, que
ao serem observados de perto tratavam-se de grandes cilindros metálicos que ao
se chocar com a superfície formavam crateras. Tais objetos que iam chegando
sucessivamente ao planeta, eram relatados por quem os viu a outras pessoas e
também às autoridades, mas, sem obter muito crédito. Os curiosos continuavam a
observar os objetos e presenciaram os primeiros movimentos destes, quando as
cápsulas se abriram e seres com grandes olhos e cérebros hipertrofiados deles
saíram, tais seres possuíam tentáculos e uma pele marrom oleosa. Os marcianos
se sentiram intimidados e começaram a matar todos os humanos que se aproximavam
do local em que estavam.
As forças armadas foram chamadas e batalhões inteiros
foram dizimados por uma arma que emitia uma luz branca e fazia tudo arder em
chamas. Os marcianos que tinham grandes restrições locomotoras pela gravidade
maior na Terra do que em seu planeta de origem se movimentavam por meio de
gigantescas máquinas com tripés. Os marcianos eliminavam quem os combatia, mas,
também todos aqueles que encontravam no caminho. O pânico tomou conta da
população que fugia dos subúrbios de Londres, a região escolhida pelos
marcianos para iniciar a invasão ao planeta. A destruição, a desordem e a fome
se instalaram e pessoas se preocupavam em se por a salvo dos marcianos, mas,
tinham que procurar formas de conseguir alimentos, algo que se tornara escasso.
As intenções dos marcianos, ficara óbvio para todos, dizimar a espécie humana e
ficar com seu planeta.
Não vou passar mais detalhes da trama para não incidir em
spoiler, no entanto, teço aqui mais algumas considerações, é importante lembrar
que este livro foi publicado em 1898. É, portanto, uma obra do século XIX e não
pode ser comparada às obras atuais de ficção científica, afinal, o tempo trouxe
maior acúmulo de conhecimentos científicos e, obviamente, há na atualidade
obras que mexem mais com nossa imaginação. Digo que recomendo sua leitura,
afinal é um clássico pioneiro da ficção científica e deve-se ter em mente que,
os mais atualizados livros de ficção científica do momento, poderão ser risíveis
daqui a 120 anos. Ler um clássico antigo de determinado gênero ficcional é
conhecer os "aminoácidos" que deram vida às obras posteriores e mais
complexas.
Sugestão
de boa leitura:
Título: A guerra dos mundos.
Autor: H. G. Wells.
Editora: Suma, 2016, 1ª edição, 312 pág.
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