A riqueza, como dissemos, é
finita. Não há ouro infinito, dinheiro infinito ou recursos naturais infinitos,
dessa forma, tal como uma pizza gigante hipoteticamente repartida entre 100
pessoas, quando um indivíduo (1%) toma para si, metade da pizza, alegando a
pseudo teoria meritocrática, sobrará menos para os 99% restantes, os quais
submetidos aos ditames do capitalismo, repartirão de forma desigual a outra
metade da pizza, para alguns, sobrarão pequenos pedaços, para outros migalhas,
e haverá aqueles que continuarão com suas barrigas vazias e apenas presenciarão
com seus próprios olhos, o banquete para o qual não foram admitidos. Essa é a
realidade atual.
A classe trabalhadora, é a única a produzir riqueza. Todo
lucro, mesmo aquele resultante de aplicações financeiras, resulta da mais-valia
que em algum ponto do processo será amealhada. A riqueza tem como subproduto, a
pobreza. A miséria é o chorume do capitalismo. Na posse de Donald Trump (EUA),
bilionários compartilhavam do mesmo palanque, alguns da área das big techs.
As big techs por meio de seus CEOs se abraçaram ao
prepotente e asqueroso presidente estadunidense, por que compartilham dos
mesmos ideais. A ideia de um mundo livre para explorar, para lançar fake news,
sem regras "antiquadas" e "absurdas" como aquelas que
exigem que as empresas transnacionais (estrangeiras) obedeçam as leis nacionais
dos países onde buscam se estabelecer.
Lembro de ter lido que na Europa, a classe média, não
idolatra os muito ricos, tal como se faz no Brasil. Trata-se de uma sociedade
que obteve maior acesso à educação e à cultura. A classe média europeia desconfia
da alta burguesia, não deposita nela as suas fichas, pois conhece a ganância que
os move e os níveis a que seus representantes podem descer para alcançar seus
propósitos nada altruístas. A empatia não é o combustível que move a alta
burguesia. Como disse Cazuza, "enquanto houver burguesia, não haverá
poesia".
Não há nada mais fascista e fundamentalista, do que o
capitalismo neoliberal. Os neoliberais buscam a liberdade ilimitada do capital e encontram na
democracia e nos direitos humanos, seus maiores obstáculos. O edifício da democracia
está ruindo no mundo todo e isso não é acidental. Trata-se de um projeto.
Conserva-se o termo, não o modus operandi.
Não nos esqueçamos que o Estado é uma ferramenta a serviço do grande capital.
Os governantes são apenas fantoches. O poder está nas mãos do grande capital
internacional e de seus lacaios nacionais.
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