O holocausto nazista foi alvo de uma publicidade
enorme, segundo, a bibliografia consultada, principalmente após a Guerra de
1967 e utilizada de forma veemente para conquistar a omissão das nações perante
o genocídio que se passou a praticar contra os palestinos. Há um forte receio
das pessoas em escrever ou fazer alguma fala em tom de crítica às ações do
Estado de Israel, pois, os líderes sionistas acusam de antissemita qualquer
pessoa que o faça. Tal atitude não é ingênua, mas, premeditadamente pensada.
O
Estado de Israel nunca será um estado totalmente judeu, pois, dentro de suas
fronteiras há uma população palestina cujo crescimento demográfico é superior
ao do povo judeu e os esforços dos líderes sionistas em trazer imigrantes
judeus de várias partes do mundo não será suficiente para manter a maioria
judaica em seu território. Por outro lado, adotar uma política segregacionista
concedendo menos direitos aos palestinos israelenses é algo que soa como uma
ofensa a qualquer cidadão esclarecido no mundo atual e uma política de limpeza
étnica é inadmissível.
Existe
também a possibilidade de Israel sob o pretexto de assegurar sua segurança
continuar a minar todas as possibilidades de desenvolvimento do novo país
(Palestina), inclusive, dificultando o acesso à circulação, às fontes de água e
de outros recursos naturais, etc. também será necessária a presença permanente
das tropas de Paz da ONU, pois, Israel não permitirá que o Estado Palestino
crie Forças de Defesa.
O
povo judeu já contribuiu muito para a humanidade na área das ciências e da
cultura, e constitui um povo que foi duramente perseguido e discriminado em
todos os locais por onde passou. Defender uma pátria para os judeus é legítimo
e não o fazê-lo também para os palestinos é um absurdo. O povo palestino é em
sua maioria árabe e sob o manto dos árabes na Europa, os judeus tiveram seu
período áureo. Os palestinos não têm problema em conviver com os judeus e há
dentre os judeus milhares que defendem os direitos civis dos palestinos por
meio de Organizações Não Governamentais (ONGs).
A
possibilidade da construção de um estado democrático e laico para a convivência
pacífica e harmoniosa dos dois povos meio-irmãos de sangue é muito difícil,
porém, não existem soluções fáceis no Oriente Médio, menos ainda na Palestina.
O grande obstáculo para a construção desse país para judeus e palestinos não
são os militantes do Hamas ou do Al Fatah, mas, sim os líderes sionistas e seus
eleitores que olham para o futuro com desprezo, pois, preferem ficar presos ao
passado atravancando as iniciativas de paz no presente cientes de que a mais
justa paz não lhes traz os benefícios particulares da mais injusta guerra.
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