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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte final

 

            O holocausto nazista foi alvo de uma publicidade enorme, segundo, a bibliografia consultada, principalmente após a Guerra de 1967 e utilizada de forma veemente para conquistar a omissão das nações perante o genocídio que se passou a praticar contra os palestinos. Há um forte receio das pessoas em escrever ou fazer alguma fala em tom de crítica às ações do Estado de Israel, pois, os líderes sionistas acusam de antissemita qualquer pessoa que o faça. Tal atitude não é ingênua, mas, premeditadamente pensada.

            O Estado de Israel nunca será um estado totalmente judeu, pois, dentro de suas fronteiras há uma população palestina cujo crescimento demográfico é superior ao do povo judeu e os esforços dos líderes sionistas em trazer imigrantes judeus de várias partes do mundo não será suficiente para manter a maioria judaica em seu território. Por outro lado, adotar uma política segregacionista concedendo menos direitos aos palestinos israelenses é algo que soa como uma ofensa a qualquer cidadão esclarecido no mundo atual e uma política de limpeza étnica é inadmissível.

            Existe também a possibilidade de Israel sob o pretexto de assegurar sua segurança continuar a minar todas as possibilidades de desenvolvimento do novo país (Palestina), inclusive, dificultando o acesso à circulação, às fontes de água e de outros recursos naturais, etc. também será necessária a presença permanente das tropas de Paz da ONU, pois, Israel não permitirá que o Estado Palestino crie Forças de Defesa.

            O povo judeu já contribuiu muito para a humanidade na área das ciências e da cultura, e constitui um povo que foi duramente perseguido e discriminado em todos os locais por onde passou. Defender uma pátria para os judeus é legítimo e não o fazê-lo também para os palestinos é um absurdo. O povo palestino é em sua maioria árabe e sob o manto dos árabes na Europa, os judeus tiveram seu período áureo. Os palestinos não têm problema em conviver com os judeus e há dentre os judeus milhares que defendem os direitos civis dos palestinos por meio de Organizações Não Governamentais (ONGs).

            A possibilidade da construção de um estado democrático e laico para a convivência pacífica e harmoniosa dos dois povos meio-irmãos de sangue é muito difícil, porém, não existem soluções fáceis no Oriente Médio, menos ainda na Palestina. O grande obstáculo para a construção desse país para judeus e palestinos não são os militantes do Hamas ou do Al Fatah, mas, sim os líderes sionistas e seus eleitores que olham para o futuro com desprezo, pois, preferem ficar presos ao passado atravancando as iniciativas de paz no presente cientes de que a mais justa paz não lhes traz os benefícios particulares da mais injusta guerra.

 

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