sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Tempos sombrios!
Vivemos tempos sombrios, todos os dias novos direitos trabalhistas e sociais são retirados pelo governo golpista de Temer, e, mesmo assim a população permanece apática. Penso que os militares fizeram um bom trabalho na doutrinação de direita, pois, em outros países, especialmente os desenvolvidos, toda a população estaria nas ruas protestando. A alta traição dos parlamentares, que em Brasília aprovaram em primeiro turno a famigerada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241, que, implantada sucateará de vez a Educação e a Saúde Pública em benefício de grupos empresariais que oferecem a Educação e Planos de Saúde privados, que não por acaso patrocinaram as campanhas de muitos deputados e senadores. Coincidentemente ou não, 366 parlamentares votaram contra o povo brasileiro e a aprovaram, e 367 foram os votos na Câmara dos Deputados a favor da cassação de Dilma (prosseguimento da ação), o voto que faltou é o do cassado mega-corrupto traidor da nação Eduardo Cunha (PMDB).
Há uma parte dos “paneleiros” que está feliz, me refiro aos que constituem o grupo de direita que efetivou o golpe de Estado travestido de Impeachment, estes são os reacionários da elite, os demais, constituem uma pseudo-elite, ou seja, são microempresários ou trabalhadores alienados, portanto, sem consciência de classe cujo analfabetismo político levou-os a agir favoravelmente a ascensão ao poder de um governo golpista que implanta a cartilha neoliberal, a qual aprofundará a crise econômica, as desigualdades sociais, a pobreza, o desemprego, o subemprego, o emprego informal e a perda de soberania nacional ao colocar o país de joelhos perante o imperialismo internacional, notadamente aos Estados Unidos. O governo ditatorial de Temer está promovendo um ato lesa-pátria ainda maior do que o praticado por FHC (PSDB), quando levou a cabo a privataria tucana que empobreceu o país ao se desfazer de estatais estratégicas em troca de moedas podres, e, quase sempre com financiamento com prazo alongado via BNDES para pagamentos com juros de “Mãe” para filho”. O Brasil ficou mais pobre, a dívida externa aumentou e quanto ao dinheiro das privatizações, a nação não sabe, a nação não viu. Houve até um processo investigatório com a participação do Juiz Sergio Moro, e, apesar de 124 bilhões de dólares terem sido enviados ilegalmente ao exterior por meio de contas CC5 pelo Banestado concomitantemente com as privatizações Tucanas, a investigação foi anulada, pois, havia provas, mas, faltava “convicção” aos representantes do judiciário envolvidos na investigação, ou talvez, porque “não vinha ao caso”.
O trágico momento que vivemos, no qual a Constituição está sendo rasgada nos coloca no status de República das Bananas. Temos uma classe política no poder que a poucos representa, pois, lá se encontra sem votos, e o processo que lá o colocou é mundialmente reconhecido como golpista. Ninguém dentre as lideranças das grandes nações democráticas quer receber e tirar fotos com o golpista de plantão (Temer), nem mesmo os Estados Unidos, principal beneficiado, que, futuramente, talvez, daqui a uns vinte anos abrirá seus arquivos, como é próprio daquele país, e revelará sua participação no apoio a implantação da anomalia democrática que vivemos cujo motivo é frustrar a leve soberania e papel de pretensa potência regional brasileira, algo que o país ianque não conseguiu engolir. Lula e Dilma erraram ao pensar que podiam viver em Lua de Mel com a Elite arcaica e egocêntrica deste país, e, ao não fazer as reformas estruturais, quais seja a política, a bancária, a tributária, a urbana, a agrária, a universitária e, principalmente, a reforma ou regulação econômica dos meios de comunicação. Também errou feio aquele pessoal da ultra-esquerda que foi tanto à esquerda que acabou na direita, e, que ao defender o “quanto pior, melhor”, hoje é vista pelas pessoas esclarecidas da sociedade como traidores da classe trabalhadora ao não defendê-la visando a revolução socialista, que caso ocorra, se fará talvez daqui a duzentos anos e somente pela força das armas. Karl Marx, em vida, sempre deixou claro, que seus estudos deveriam ser sempre questionados e aprofundados e tinha ojeriza a dogmatismos, portanto, dogmatizar Marx é ser contrário ao que Marx defendia!
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