segunda-feira, 3 de outubro de 2016
O blackout da leitura no Brasil – Parte 1
Uma recente pesquisa revelou que houve crescimento do índice de leitores no Brasil que agora chegou a 56% contra 50% no ano de 2011. A média de leitura é de 4,96 livros por ano (2016) contra quatro livros (2011). Dentre os entrevistados na pesquisa 67% afirmaram que ninguém incentivou o hábito da leitura e nos 33% que tiveram estímulo, a mãe e o professor foram respectivamente as principais influências. Segundo a pesquisa, as mulheres leem mais que os homens (59% contra 52%), e, entre as principais motivações para a leitura de um livro aparecem, o gosto pela leitura (25%), atualização cultural (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%), atualização profissional ou exigência do trabalho (7%), não sabe ou não respondeu (5%), outros (1%). Adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto (42%), seguidos por crianças de 5 a 10 anos (40%). Ainda de acordo com a pesquisa, os fatores que mais influenciam na escolha de um livro estão o tema ou assunto (30%), autor (12%), dicas de outras pessoas (11%), título do livro (11%), capa (11%), dicas de professores (7%), críticas/ resenhas (5%), publicidade (2%), editora (2%), redes sociais (2%), não sabe/não respondeu (8%), outros (1%).
Questionados sobre as razões de não terem lido nenhum livro inteiro ou em partes nos três meses anteriores à pesquisa, os não-leitores responderam: falta de tempo (32%), não gosta de ler (28%), não tem paciência para ler (13%), prefere outras atividades (10%), dificuldades para ler (9%), sente-se muito cansado para ler (4%), não há bibliotecas por perto (2%), acha o preço de livro caro (2%), tem dinheiro para comprar (2%), não tem local onde comprar onde mora (1%), não tem um lugar apropriado para ler (1%), não tem acesso permanente à internet (1%), não sabe ler (20%), não sabe/não respondeu (1%). A principal forma de acesso ao livro é a compra em livraria física ou internet (43%). Depois aparecem presenteados (23%), emprestados de amigos e familiares (21%), emprestados de bibliotecas de escolas (18%), distribuídos pelo governo ou pelas escolas (9%), baixados da internet (9%), emprestados por bibliotecas públicas ou comunitárias (7%), emprestados em outros locais (5%), fotocopiados, xerocados ou digitalizados (5%), não sabe/não respondeu (7%).
A leitura ficou em 10º lugar quando o assunto é o que gosta de fazer no tempo livre. Perdeu para assistir televisão (73%). Em segundo lugar, a preferência é por ouvir música (60%). Depois aparecem usar a internet (47%), reunir-se com amigos ou família ou sair com amigos (45%), assistir vídeos ou filmes em casa (44%), usar WhatsApp (43%), escrever (40%), usar Facebook, Twitter ou Instagram (35%), ler jornais, revistas ou noticias (24%), ler livros em papel ou livros digitais (24%) – mesmo índice de praticar esporte. Perdem para a leitura de um livro: desenhar, pintar, fazer artesanato ou trabalhos manuais (15%), ir a bares, restaurantes ou shows (14%), jogar games ou videogames (12%), ir ao cinema, teatro, concertos, museus ou exposições (6%), não fazer nada, descansar ou dormir (15%). A triste realidade nacional de baixo interesse pela leitura não exclui sequer os professores, pois, a pesquisa perguntou aos mestres qual tinha sido o último livro que leram e 50% responderam não ter lido nenhum (nos três últimos meses) e 22%, a Bíblia.
FONTE: http://cultura.estadao.com.br/blogs/babel/ - 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro, aponta pesquisa Retratos da Leitura - Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/blogs/babel/44-da-populacao-brasileira-nao-le-e-30-nunca-comprou-um-livro-aponta-pesquisa-retratos-da-leitura/ - Acesso em 26/09/2016.
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