quinta-feira, 16 de abril de 2015
O Custo Paraná!
A última pesquisa de opinião sobre a administração estadual paranaense efetivada pela Paraná Pesquisas mostrou que 76% dos paranaenses desaprovam o Governo Beto Richa (PSDB) que vive um verdadeiro inferno astral com pessoas de seu convívio social sendo investigadas por corrupção, algumas inclusive foram presas como resultado da Operação Voldemort. Beto Richa se reelegeu com uma facilidade inimaginável mesmo com pouco a mostrar, o governante que sempre agiu como se fosse um Pop Star procurou capitalizar o fato de ter sido o primeiro governador a visitar todos os 399 municípios paranaenses, e, utilizou como marca de governo sua própria imagem pessoal. Penso que neste momento, em que a conta de sua péssima administração começa a chegar aos lares paranaenses por meio de IPVA e ICMS majorados, sua popularidade só não vai descer a níveis abissais pela desinformação de parcela da população que pensa serem os impostos prerrogativa exclusiva do Governo Federal.
Há alguns dias conversei com um revendedor de automóveis que me falou que como se não bastasse o aumento de 40% no IPVA, a base de cálculo dos veículos encontra-se acima do valor de mercado, de forma que há uma dupla penalização do contribuinte. Bem humorado, me disse que o melhor negócio para os revendedores de automóveis seria vendê-los pelo valor que o governo estadual diz que eles valem. Neste final de semana fui ao supermercado e ao observar a parte inferior da nota fiscal verifiquei que quase um terço do que paguei era tributos, um valor claramente superior ao observado em momentos anteriores. Imediatamente lembrei-me do tratoraço pós-reeleição no final de 2014, onde boa parte dos deputados estaduais aprovou a majoração do ICMS de 95 mil itens por meio do famigerado regime de Comissão Geral em total descaso com a sociedade paranaense que sofre agora as conseqüências de um governo que prometia choque de gestão e que demonstrou na prática ser uma gestão em choque.
Durante a greve dos caminhoneiros conversei com alguns irmãos trabalhadores das estradas, os quais, além de não terem um sindicato autêntico em defesa de seus interesses são liderados pelos grandes empresários do setor. Não causa surpresa, portanto, que foram empresários, os principais beneficiados das conquistas grevistas, e, que algumas mudanças vieram na contramão da sofrida classe trabalhadora que arrisca a vida e a dos demais usuários das rodovias com uma carga horária excessiva na busca de mais produtividade. Observei que não sabiam ser estadual (e não federal) a maior parte dos impostos que compõe o preço do combustível e que deveriam cobrar dos estados a redução para que o preço na bomba abaixasse. Pois, bem o ICMS (estadual) sobre os combustíveis e a majoração da base de cálculo do IPVA sobre os caminhões somados aos absurdos valores cobrados nos pedágios paranaenses aumentam os custos do transporte diante de um mercado cujos valores para o frete encontram-se estagnados. Na época alertei a liderança local dos caminhoneiros que em poucos anos a concessão dos pedágios acaba e eles precisam fazer pressão para que não ocorra a renovação, e se ocorrer, para que seja nos parâmetros utilizados pelo Governo Lula na BR 101/SC (menos injusta). Os altos valores cobrados nas praças de pedágio paranaenses e a elevada carga tributária estadual contribuem para o aumento do custo dos transportes e da inflação resultando na redução do poder aquisitivo dos paranaenses. Dessa forma, o custo Brasil e a inflação nacional também levam em seu bojo, a chancela “Made in Paraná”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário