quinta-feira, 9 de abril de 2015
FHC precisa combinar com os russos!
Penso que não deve ser mera coincidência que os Estados Unidos da América resolveram reativar a IV Frota Naval que patrulha o Oceano Atlântico Sul (desativada desde 1950) pouco tempo depois do anúncio por parte do Governo Brasileiro da descoberta do petróleo do Pré-Sal nos idos de 2007. Oito trilhões e oitocentos bilhões de dólares é a estimativa de valor das reservas descobertas na camada Pré-Sal, a maior descoberta do setor nos últimos anos e esse incremento de produção leva o Brasil aos poucos a iniciar suas exportações de petróleo e se cogita até que num futuro não muito distante o Brasil ingresse na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A produção dos poços já perfurados e que se encontram em produção supera a expectativa e produção superior significa maior retorno financeiro ante a redução do custo por barril.
FHC que não gosta de ser chamado de neoliberal e que já afirmou ser um político de esquerda e com isso atraiu indignação e risos da parcela da sociedade mais esclarecida foi estimulado por Serra a também privatizar a Petrobras e não o fez devido à resistência popular e a queda de popularidade que experimentava devido às três crises econômicas de seu governo, e, apesar de ter quebrado o monopólio da Petrobras e de ter tentado mudar seu nome para Petrobrax visando segundo afirmava lançá-la ao patamar de empresa internacional, ainda que alguns críticos afirmassem que a real intenção era desarraigá-la do espírito de patrimônio do povo brasileiro e facilitar sua privatização desvinculando seu nome ao do Brasil (cuja associação era considerada fator negativo para a valorização da marca na opinião tucana). Na Era FHC, ao contrário do que faz hoje, a Petrobras adquiria no exterior suas plataformas e lá gerava empregos e deixava polpudos recursos. A Petrobras também sofria repetidos acidentes operacionais com danos ambientais e até perdas humanas, e as causas iam da excessiva terceirização (baixa especialização e treinamento) e falta de manutenção. Tais ocorrências geraram vários questionamentos quanto à natureza acidental ou não das mesmas (sabotagens), talvez visando depreciar sua imagem perante o povo brasileiro para facilitar sua privatização. O trágico e suspeito afundamento da P-36, a maior plataforma de petróleo do mundo é um grande exemplo, porém, não único da incompetência tucana na gestão da empresa.
O Senador José Serra (PSDB) ainda hoje defende a venda de parte da Petrobras e o fim do atual modelo de exploração dos campos petrolíferos do Pré-Sal o que certamente beneficiaria as empresas estrangeiras principalmente as estadunidenses e o levaria a ser escolhido o Homem do Ano nas terras de Tio Sam, pois, ninguém no mundo é capaz de tal desprendimento material (certo, a riqueza pertence ao povo brasileiro, mas isso é só um detalhe para Serra). José Serra inclusive por ocasião das privatizações de FHC que ficaram conhecidas como Privataria Tucana (privatização + pirataria) era o mais entusiasmado defensor da venda das estatais, não raras vezes feitas em troca de moedas podres e financiamentos via BNDES com juros e prazos cuja camaradagem não se via em outra parte do planeta. FHC fala que ninguém no PSDB quer privatizar a Petrobras, penso que FHC deveria então combinar as falas com seus colegas de partido e principalmente com José Serra, pois, diante de seu pronunciamento lembro-me de Garrincha que após a fala do treinador da seleção brasileira na preleção antes do Jogo com a então URSS sobre a estratégia para a realização de determinada jogada complexa e bem trabalhada resultar em gol afirmou: “Tá legal, Seu Feola! Mas, o senhor já combinou com os russos”?
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