Stonehenge, localizada na planície de Salisbury (Inglaterra) é um legado deixado por uma civilização antiga que desafia os arqueólogos na compreensão da finalidade de sua construção e, também sobre como conseguiram transportar monólitos de várias toneladas por dezenas e até centenas de quilômetros. A dificuldade maior na compreensão se deve ao fato que esse henge (monumento pré-histórico circular) foi erigido ao longo de séculos, por uma civilização que não dominava a escrita.
Várias teorias foram publicadas sobre Stonehenge, dentre outras: observatório astronômico (inclusive encontra-se alinhado com os solstícios); mausoléu para as lideranças do grupo tribal; templo da morte (local para sacrifícios humanos aos deuses) e a mais recente descoberta com a utilização de equipamentos modernos para a captação de som, que constatou que aquele ambiente funciona como uma câmara de eco capaz de levar as pessoas a ficar em transe (uma sensação de relaxamento) ocasionada pelo batimento ritmado e acelerado de tambores, que já existiam naquele período.
Escavações realizadas no local, encontraram ossadas humanas de pessoas com deficiências físicas e, outras mortas/sacrificadas a flechadas. Pequenas peças em ouro no formato de losango também foram encontradas junto à ossada de um guerreiro que possuía uma proteção de pedra em um dos braços, supostamente para proteger o punho, ao atirar com o arco.
Bernard Cornwell, em seu romance Stonehenge, mistura arqueologia e ficção, retratando a tribo fictícia Ratharryn, sempre em espírito conflituoso com Cathallo. O chefe Hengall tem três filhos: Lengar (ambicioso e violento), Camaban (deficiente, expulso mas tornado feiticeiro) e Saban (o mais novo, pacífico). Lengar assassina um estrangeiro, rouba peças de ouro sagradas e, após trair o pai, assume o poder. Saban é vendido como escravo, enquanto Darrewyn, nativa de Cathallo, noiva de Saban na aliança de paz realizada entre os chefes dos povos conflitantes, é agredida por Lengar e seus guerreiros. Darrewyn foge para Cathallo e torna-se feiticeira, substituindo sua avó, morta por Camaban.
Anos depois, Saban, liberto, descobre que as peças de ouro pertencem a uma tribo costeira que sacrifica jovens ao deus Sol. Camaban manipula Lengar para construir um templo magnífico (Stonehenge), prometendo a ele poder divino. A trama explora fanatismo, vingança e a obsessão humana por erguer monumentos eternos, ainda que à custa de sangue e loucura. Com o fim de evitar spoiler, encerro aqui a resenha! Fica a dica!
Sugestão de boa leitura:
Título: Stonehenge.
Autor: Bernard Cornwell.
Editora: Record, 2008, 504 p.
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