Powered By Blogger

sábado, 28 de junho de 2025

A Educação e a Saúde e a saúde da Educação - parte 2

 

                 Há alguns dias, fiquei estarrecido ao ver uma postagem de deputado estadual (por meio de seu perfil oficial) em uma rede social, que exaltava sua ação na defesa da não obrigatoriedade da vacinação. Sei que a interação com o público (nesses perfis) ocorre por meio de assessores e, raramente pelo próprio político. E isso tem razão de ser, políticos, numa atitude impensada, podem comprometer sua imagem e, ou mesmo a campanha eleitoral. Há que se ter pessoal especializado para tal tarefa.

            Sou avesso a "meter o bedelho" em publicações alheias, e também  sei que a intenção do referido perfil oficial era "jogar confetes" para sua plateia, mesmo assim, tratava-se de um perfil parlamentar, que, em meu ver, estava dando mau exemplo em um tema sensível, a saúde. Não me contive e afirmei que, "ser antivacina em pleno século XXI, era ter uma mentalidade compatível com a do medievo". Um dia depois, veio a resposta, afirmando que  não se tratava de ser antivacina, mas de democratizar a decisão de se vacinar ou não. Eu aprendi com o saudoso jornalista conterrâneo João Olivir Camargo, que existem temas, cujo teor polêmico, podem e muitas vezes, devem ser evitados. Há que se ter bom senso.

            Respondi que o obvio seria estimular a vacinação, dada a sua importância, haja vista que foi graças à ciência e não às religiões, o aumento da expectativa de vida dos seres humanos. Basta pesquisar dados oficiais e se constata que os países e cidades que mais vacinaram, obtiveram menores índices de óbitos e de estágios graves de doenças como a Covid 19.       Penso que é uma irresponsabilidade, sob a alegação de uma pretensa escolha democrática cidadã, estimular, mesmo que indiretamente, a não vacinação. Afirmei que os pecuaristas, não acreditam em "imunidade de rebanho", afinal eles vacinam o gado, pois, a morte de reses gera prejuízo.

            A vacina, muitas vezes, pode não evitar a doença, mas evita as formas graves cujo tratamento é mais demorado e dispendioso para o Sistema Único de Saúde (SUS), com internamentos (inclusive em UTI), quando não da perda de vidas de trabalhadores, que contribuíam para o crescimento econômico nacional. Trabalhadores podem ser substituídos, porém, os entes queridos, não.

            Disse também que, as pessoas que não se vacinam, tornam-se agentes transmissores de doenças para as demais, principalmente aquelas que convivem em ambientes coletivos, tais como as escolas. Viver em sociedade, implica ter empatia, e convenhamos, quanta coisa fazemos, porque nos é imposto pela legislação e, não teríamos apoio de nenhuma autoridade, caso nos negássemos a fazê-lo.

            Vivemos em uma sociedade que, em se tratando da saúde e da educação, ouve mais os influencers do que o coletivo dos cientistas, profissionais da saúde e da educação. A desgraça é que os políticos aderiram às redes sociais, porém nem todos, como deviam, com a seriedade do cargo que exercem, mas, agindo como influencers, então "jogam confetes" para a torcida, com a finalidade de manter cativos, os votos de pessoas alienadas do conhecimento científico.       

Nenhum comentário:

Postar um comentário