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sábado, 22 de junho de 2024

Vitória de Pirro - parte 3

 

            Qualquer pessoa que tenha um pouco de estudo e seja intelectualmente honesta, sabe que o neoliberalismo é uma corrente ideológica que não coaduna com a democracia. Muitos teóricos dessa corrente já deixaram registros escritos e também em audiovisuais, afirmando que em seu ver, a Revolução Francesa, dentre outros movimentos de massa, subverteram o conceito de democracia. Para os neoliberais, a liberdade é unicamente a do capitalista, jamais a da classe trabalhadora, da sociedade, dos direitos básicos do cidadão, enfim.

            O governador Ratinho Júnior (PSD), filho de pai milionário, tem o neoliberalismo impresso até em seu DNA e também o autoritarismo que lhe é característico, pois seu governo se pautou desde o início pela privatização, pela entrega do bem público ao setor privado, às isenções fiscais bilionárias em favor do grande capital e em desfavor do serviço público. Em seu primeiro mandato, trouxe para a pasta da Educação do Paraná, o empresário Renato Feder, cujo capital amealhado leva qualquer pessoa a se questionar, o que levaria, um homem tão rico assumir uma pasta por um salário que lhe é irrisório.

            Renato Feder, ex-secretário de Educação do Paraná e atualmente secretário na mesma pasta pelo Estado de  São Paulo, é um membro destacado de um grupo de ideólogos nacionais e estrangeiros que trabalham pela privatização da educação pública. Neste grupo, há Think Tanks, que a grosso modo, podemos definir como "usinas de pensamento" cujos intelectuais trabalham para eliminar todo eventual resquício de participação do Estado em atividades que consideram que deveriam estar unicamente nas mãos da iniciativa privada. Tais Think Tanks são financiados pelo capital nacional e estrangeiro.

            Nesse sentido, Renato Feder escreveu o livro "Carregando o Elefante" em co-autoria com Alexandre Ostrowieck. Nele pregam a privatização da educação e de vários serviços públicos gratuitos ofertados pelo Estado em um país que a grande maioria não têm condições financeiras de pagar por eles. No livro, o ex-secretário defende a manutenção da segurança pública, que em seu ver, deveria ser muito fortalecida. Faz sentido, quando o povo entender pela prática, que a privatização significa privar (a médio e longo prazo) os pobres dos atuais serviços públicos gratuitos, as forças de contenção de revoltas populares precisarão estar preparadas para atuar.

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