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segunda-feira, 10 de junho de 2024

Vitória de Pirro - parte 1

 

                Vitória de Pirro é uma expressão utilizada para se referir a uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis. Esta expressão recebeu o nome do Rei Pirro do Epiro (hoje, parte da Grécia), cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia em 280 a.C e na Batalha de Ásculo em 279 a.C (Wikipedia). Atualmente, a expressão é utilizada nas mais diversas áreas como a política, a economia, a justiça, a literatura, a arte, os esportes, etc., sempre a descrever uma vitória que mais parece uma derrota, pois resulta da teimosia, da arrogância, do orgulho ferido prevalecendo ante o bom senso.

            O governador Ratinho Júnior (PSD) esmera-se em mostrar os resultados de sua gestão ultra-liberal no Estado do Paraná com o intuito de fazer-se um candidato viável da parcela bolsonarista da sociedade à presidência. Acena para o sistema financeiro e para o público da extrema-direita com o seu programa privatista. No afã de superar em visibilidade, os governadores Romeu Zema (Minas Gerais - Partido Novo) e Tarcísio de Freitas (São Paulo - Partido Republicanos), o rico patrimônio construído ao longo da história paranaense com recursos oriundos dos impostos pagos por toda a sociedade paranaense tem sido dilapidado. É o caso da Copel e da Sanepar, cujos clientes relatam a piora dos serviços ofertados após a privatização.

            Na década de 1990, alguns países europeus privatizaram serviços essenciais como energia, água e até educação. O resultado não foi o esperado e, há um movimento de retomada estatal da oferta de tais serviços. Entre os problemas constatados estão as metas não alcançadas devido a falta de investimentos por parte das empresas prestadoras de serviços, o aumento dos custos para a população e a piora da qualidade dos serviços ofertados. O Paraná sob Ratinho Júnior, como vimos, vai na contramão da história. Talvez seja, pelo fato de que a assim chamada Nova Direita, não consegue se renovar, pois lhe falta intelectualidade e criatividade, recorre então, à velhas ideias e à receitas fracassadas que convencem apenas os incautos e os fanáticos, sendo estes últimos, aqueles que há muito renunciaram à racionalidade.

           

 

 

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