Acionado o gatilho da
Primeira Guerra Mundial com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em
Sarajevo na Bósnia-Herzegovina, o Império Otomano que dominava as terras da
Palestina ficou ao lado da Alemanha e declarou o sionismo ilegal, isso somado
às dificuldades da terra árida e a hostilidade da população árabe e turca fez
refrearem momentaneamente as esperanças judaicas de ter a sua pátria.
A Grã-Bretanha com vistas a obter o
apoio militar dos árabes durante a campanha contra os otomanos, lhes garantiu a
independência no futuro, porém, Em novembro de 1917, o Lorde Artur James
Balfour, Ministro do Exterior Britânico, em carta para Lorde Rothschild, um dos
patrocinadores da migração para Israel, garantiu textualmente: “O governo de
Sua Majestade vê favoravelmente o estabelecimento de um lar nacional para o
povo judeu na Palestina”. Essa declaração que ficou conhecida como Declaração
Balfour, visava obter o apoio político e financeiro da comunidade judaica dos
Estados Unidos ao esforço de Guerra aliado e foi recebida com grande regozijo
pelos sionistas do mundo inteiro.
Terminada a Primeira Guerra Mundial
em 1918, houve uma reconfiguração espacial com profundas alterações nos mapas,
independentemente disso, os judeus continuavam imigrando para a Palestina, mas,
ainda constituíam pequena parcela da população local. Na década seguinte houve
um aumento da imigração judaica por meio da aquisição junto aos proprietários
árabes de terras palestinas e o aumento da população judaica não passou
despercebido e fez surgir movimentos nacionalistas árabes que se opunham à
colonização judaica e à possibilidade da instalação de um Estado Judeu na
região.
Na Segunda Guerra Mundial os nazistas
perseguiram os judeus e cerca de seis milhões deles foram dizimados, embora
após o fim dos conflitos, os líderes do Estado de Israel empreendessem todos os
esforços possíveis na caçada aos genocidas nazistas que, levaram a cabo o maior
genocídio da história da humanidade, o qual ficou conhecido como o holocausto
judeu, ainda, durante a Segunda Guerra Mundial, os líderes sionistas mantiveram
contatos com as lideranças nazistas e conseguiram levar em segurança para fora
do país, especialmente para a Palestina, empresários ricos e personagens
importantes da ciência e da cultura de origem judaica. Nessa ocasião, os
sionistas viam nos nazistas e nas atrocidades que estes cometiam um importante
aliado para pressionar a população judaica a emigrar para a Palestina, pois,
sem uma forte motivação o Estado Judeu não se efetivaria.
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