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sábado, 9 de dezembro de 2023

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte V

 

        Acionado o gatilho da Primeira Guerra Mundial com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo na Bósnia-Herzegovina, o Império Otomano que dominava as terras da Palestina ficou ao lado da Alemanha e declarou o sionismo ilegal, isso somado às dificuldades da terra árida e a hostilidade da população árabe e turca fez refrearem momentaneamente as esperanças judaicas de ter a sua pátria.

            A Grã-Bretanha com vistas a obter o apoio militar dos árabes durante a campanha contra os otomanos, lhes garantiu a independência no futuro, porém, Em novembro de 1917, o Lorde Artur James Balfour, Ministro do Exterior Britânico, em carta para Lorde Rothschild, um dos patrocinadores da migração para Israel, garantiu textualmente: “O governo de Sua Majestade vê favoravelmente o estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu na Palestina”. Essa declaração que ficou conhecida como Declaração Balfour, visava obter o apoio político e financeiro da comunidade judaica dos Estados Unidos ao esforço de Guerra aliado e foi recebida com grande regozijo pelos sionistas do mundo inteiro.

            Terminada a Primeira Guerra Mundial em 1918, houve uma reconfiguração espacial com profundas alterações nos mapas, independentemente disso, os judeus continuavam imigrando para a Palestina, mas, ainda constituíam pequena parcela da população local. Na década seguinte houve um aumento da imigração judaica por meio da aquisição junto aos proprietários árabes de terras palestinas e o aumento da população judaica não passou despercebido e fez surgir movimentos nacionalistas árabes que se opunham à colonização judaica e à possibilidade da instalação de um Estado Judeu na região.

             Na Segunda Guerra Mundial os nazistas perseguiram os judeus e cerca de seis milhões deles foram dizimados, embora após o fim dos conflitos, os líderes do Estado de Israel empreendessem todos os esforços possíveis na caçada aos genocidas nazistas que, levaram a cabo o maior genocídio da história da humanidade, o qual ficou conhecido como o holocausto judeu, ainda, durante a Segunda Guerra Mundial, os líderes sionistas mantiveram contatos com as lideranças nazistas e conseguiram levar em segurança para fora do país, especialmente para a Palestina, empresários ricos e personagens importantes da ciência e da cultura de origem judaica. Nessa ocasião, os sionistas viam nos nazistas e nas atrocidades que estes cometiam um importante aliado para pressionar a população judaica a emigrar para a Palestina, pois, sem uma forte motivação o Estado Judeu não se efetivaria.

 

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