O holocausto judeu foi um tema central nas
discussões da recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU) e destas
discussões surgiu a iniciativa da criação de um Estado judeu nas terras
palestinas, assim ficou estabelecido que a Cisjordânia e a Faixa de Gaza
pertenceriam aos palestinos e outra área seria para a criação do Estado de
Israel, e, Jerusalém seria considerada uma cidade internacional sob a administração
da ONU por ser considerada sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus. Porém,
antes mesmo da efetivação do Estado de Israel, e, logo após a criação do
movimento sionista, os judeus passaram a tomar as terras dos palestinos por
meio da violência, expulsando-os, com o apoio da Inglaterra, milhares de
palestinos perderam suas terras e casas.
No
início do século XX, essa continuou sendo a realidade local, os judeus
expulsando os palestinos de suas terras, apesar de estes ali residirem a muito
tempo e de possuírem documentos de posse das áreas. A criação do Estado de
Israel numa parte significativa das terras palestinas não aliviou a ganância
sionista por mais terras. Em 1948, ocorre a Primeira Guerra Árabe-Israelense e
Israel como seria frequente contaria sempre com o apoio dos Estados Unidos da
América e se tornaria o vencedor de todos os confrontos subsequentes tais como
a Guerra dos Seis Dias de 1967, a Guerra do Yom Kippur em 1973, e, também
promoveria diversos massacres com o claro objetivo sionista de impor o medo à
população palestina, expulsar os palestinos de suas terras e promover a criação
de novos assentamentos de colonos judeus nestas terras.
O
Sionismo é um movimento que embora em sua propaganda original pregasse a
convivência pacífica entre judeus e não judeus promove a discriminação étnica,
os palestinos não têm os mesmos direitos que os judeus e a suposta igualdade de
direitos não ocorre nem mesmo entre os judeus. O Sionismo pretendia a criação
de um estado laico e democrático, no entanto, Israel vem cada vez mais dando
espaço em suas fileiras políticas a lideranças fundamentalistas cujo extremismo
torna o país cada vez mais um Estado Autocrático, e, isso representa menores
possibilidades para a construção da paz na região.
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