quinta-feira, 24 de março de 2016
O terrorismo pós-eleitoral!
Não vivemos mais um Estado Democrático de Direito, pois, nossa frágil democracia foi abatida pelo terrorismo pós-eleitoral daqueles que não souberam aceitar o resultado das urnas, e, mais de um ano depois, Dilma, cujo governo é sabotado desde a reeleição não teve paz para governar ante aqueles que alimentam a crise em prejuízo da nação. A elite econômica e política saudosa do período da ditadura militar cuja tônica eram os casuísmos eleitorais que compensavam a falta de votos, não tem mais paciência e espírito democrático para esperar 2018. Cruel e egocêntrica, a elite não vê na atividade política senão a oportunidade de participar de um balcão de negociatas, dessa forma, investe todas as suas fichas no golpe midiático-jurídico-policial cuja preocupação central não é o desenvolvimento socioeconômico e o fortalecimento da soberania nacional, e, sim preservar privilégios de classe. Os políticos que agem como coronéis de um Brasil do passado que teima em voltar não agem sozinhos, amparam-se no Poder Judiciário.
Em nosso país, a espetacularização das ações do Judiciário criou Juízes que ao invés de aplicar fielmente o Direito passaram a buscar os holofotes da Grande Mídia, especialmente a Rede Globo e em busca de popularidade desrespeitam preceitos constitucionais, e negam direitos civis e jurisprudências sedimentadas há décadas, dessa forma, em nome da Justiça tornam-se justiceiros e cometem crimes para combater os supostos criminosos quando na verdade buscam aplausos de setores reacionários da sociedade antenados com os interesses do grande capital nacional e estrangeiro e de pessoas desinformadas e alienadas que não conseguem ver o que se esconde atrás das aparências. Vejo na atuação da Rede Globo, emissora apoiadora do golpe de 1964 e cujo golpismo encontra-se impresso em seu DNA a utilização de uma estratégia para alienação e convencimento da população que muito se assemelha a utilizada por Goebbels, Ministro da Propaganda do Governo da Alemanha Nazista que naquela ocasião buscava doutrinar a população de que o inimigo a ser combatido eram os judeus, e dessa forma, doutrina-se a sociedade que o inimigo causador de todos os males do Brasil e que precisa ser abatido é o PT e seu líder maior Lula. Ao fazer isso alimentam o ódio na sociedade cujas consequências é imprevisível.
Há um processo de Impeachment aberto contra a Presidenta Dilma e que não se dá por conta de atos de corrupção como parte da sociedade pensa, pois, nada há contra ela, nem denúncia, nem sequer investigação, mas, sim pelas chamadas pedaladas fiscais, manobra contábil que presidentes anteriores (FHC, Lula, etc.) já realizaram. Dilma utilizou dinheiro de banco estatal para devolver em período fiscal seguinte (o que de fato fez) para não deixar de honrar programas como o bolsa-família. O que não se fala é que os reais objetivos do Golpe envolvem a conquista do Poder, o destravamento da pauta neoliberal, a privatização da Petrobras e do Pré-sal e a alteração da CLT com a supressão de direitos trabalhistas. A surrealidade está no fato de que o processo de Impeachment é conduzido pelo corrupto-mor Eduardo Cunha, uma mente genial a serviço da espoliação da nação, e, como se não bastasse, 36 políticos da comissão do Impeachment possuem pendências judiciais. Caso o Impeachment prospere com os 2/3 da Câmara Federal e maioria simples no Senado, ocorrerá a suprema humilhação para a nação brasileira, pois, o atual Congresso Nacional considerado o pior desde o fim da ditadura militar e cujas reputações dos adversários de Dilma, nas palavras desta, não resistem a uma consulta no Google terão derrubado uma Presidenta honesta, e o país terá recuperado o status de República das Bananas, conceito dado ao grupo das nações corruptas e de regimes autoritários em que a democracia quando ocorre dura pouco.
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