Todos os anos, faço uma
retrospectiva das melhores leituras. Essa iniciativa não é a de se gabar, mas,
a de inspirar. Algumas pessoas já me disseram que se iniciaram no hábito da
leitura (ou a ele regressaram) ao ler as resenhas de livros que publico. Digo
que também fui influenciado em tal sentido por mestres(as) que tive em toda a
minha vida estudantil. Também foi assim quanto ao ato de escrever. A vida é uma
troca entre gerações, apenas repasso as boas energias que recebi.
No ano que passou, li 28 livros, mas não fui muito criterioso na escolha
das leituras, em relação a autoria/continentes, assim foram as minhas leituras:
Oceania: 3,6%; Ásia: 0,0%; África: 0,0%; Europa: 42,8%; América: 53,6%. Das
leituras de obras de autores americanos, a América Latina aparece com 73,3% e a
América Anglo-Saxônica com 26,7%. Quanto a leitura de obras latino-americanas
por país: Brasil: 100% (39,3% da leitura global). Quanto a autoria/gênero das
leituras realizadas: 85,7% sexo masculino e 14,3% sexo feminino. Fevereiro foi o
mês que li mais (5 livros) e, Julho, Setembro, Outubro e Novembro, os meses que
li menos (1 livro/mês). A partir desta análise, desejo ler em 2025 mais obras
de autores latino-americanos (além do Brasil), africanos, asiáticos e, também
mais obras de mulheres.
As dez melhores
leituras foram: 1. O buraco da agulha (Ken Follett); 2. Os europeus: o século
XIX e o surgimento de uma cultura cosmopolita (Orlando Figes); 3. SPQR: uma
história da Roma Antiga (Mary Beard); 4. Ainda estou aqui (Marcelo Rubens
Paiva); 5. O avesso da pele (Jeferson Tenório); 6. Jardim de inverno (Kristin Hannah);
7. Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto); 8. Quincas Borba (Machado
de Assis); 9. Dostoyevski: vida e Obra (Stefan Zweig); 10. A vida como ela
é...em 100 inéditos (Nelson Rodrigues).
Atribuo menções
honrosas às seguintes leituras: *Um artista da fome (Franz Kafka); *A casa
velha (Machado de Assis); *Feliz Ano Velho (Marcelo Rubens Paiva); *Caetés
(Graciliano Ramos); *Fascismo à brasileira: como o integralismo, maior
movimento de extrema direita se forjou e o que ele ilumina sobre o bolsonarismo; *O jogador de Xadrez (Stefan Zweig); *Fernão de Magalhães: o homem e seu feito (Stefan
Zweig); *Segredo ardente (Stefan Zweig). A decepção literária do ano foi com a
obra Madame Bovary (Gustave Flaubert). Tal frustração se deve ao fato de que minha
expectativa era alta e não foi correspondida. Enfim, encerro desejando um ano novo
repleto de boas leituras!