O gênio que assombrou o mundo nasceu a 14 de Março de
1879 em Ulm, alemão de nascimento, porém de ascendência judaica, quando criança
demorou a falar, foi considerado um garoto idiota por algumas pessoas próximas,
mas, quando iniciou seus estudos esteve sempre entre os melhores da turma (ao
contrário do que muito se fala a seu respeito). Sempre teve ojeriza à
autoridade e dessa forma muitas vezes seu comportamento como acadêmico não era
exatamente adequado, por conta disso, adquiriu a antipatia de alguns mestres
que dificultaram sua inserção no meio acadêmico como professor universitário.
Einstein mergulhava cada vez mais na ciência conforme os
problemas de ordem pessoal se avolumavam, e apesar de seus esforços
desenvolvendo artigos científicos teve que se contentar com o emprego de
examinador de patentes do Escritório Federal de Propriedade Intelectual de
Berna (Suíça), trabalho no qual, durante as horas vagas em 1905 desenvolveu
quatro artigos que se complementavam e davam a certidão de nascimento à teoria
da Relatividade Especial afirmando que o tempo e o espaço não eram absolutos
colocou a ciência de cabeça para baixo.
Mudou-se para Berlim, e em 1915 desenvolveu a Teoria da
Relatividade Geral, com a confirmação da veracidade de suas teorias em
experiências desenvolvidas por outros cientistas tornou-se celebridade mundial,
e, realizou palestras itinerantes por vários países cujos ingressos eram
disputados e contados aos milhares. Em 1933, o Nazismo ascendeu ao poder na
Alemanha e o gênio resolveu aceitar o convite para trabalhar nos Estados
Unidos, país no qual viveu o resto de seus dias, foi muito investigado pela
CIA, por ser simpatizante do socialismo em plena época da “caça às bruxas” do
Macarthismo. Era contra qualquer tipo de opressão e não aceitava o cerceamento
da liberdade de expressão e por isso não poupava críticas referente ações dos EUA
neste sentido e nem mesmo ao stalinismo soviético, líder pacifista, pregava a
desobediência civil quando da convocação para as Forças Armadas, por tudo isso
foi muito criticado, sendo considerado um asno por políticos e populares, sendo
assim, falou: “Grandes espíritos sempre encontram forte oposição de mentes
medíocres”.
O receio que os nazistas desenvolvessem a bomba levou-o a
escrever uma carta para o Governo Estadunidense sobre a necessidade de fabricar
a bomba atômica que a ciência por ele desenvolvida tornava possível, porém,
nunca participou diretamente do desenvolvimento da arma, por não ser
considerado confiável pelas autoridades militares. Após a explosão das bombas
em Hiroshima e Nagazaki, fato que considerou lamentável foi questionado por um
repórter sobre como seria a Terceira Guerra Mundial, afirmou que “sabia apenas
como seria a Quarta Guerra Mundial: com pedras”.
Até o último dia de sua vida esteve
às voltas com as equações buscando entender o Universo e tentando resolver o
problema que a criação da bomba atômica ocasionou, defendia a criação de um
Governo Mundial para evitar as guerras (o único a ter posse das armas
atômicas). O “passageiro do raio de luz” finalizou sua viagem por esta dimensão
espaço-tempo de forma absoluta em 18 de Abril de 1955 aos 76 anos, no entanto,
sua partida será sempre relativa, imortalizado em sua ciência, seu corpo foi
cremado e suas cinzas liberadas no Rio Delaware conforme seu pedido, pois não
queria que seu túmulo fosse local de peregrinação. Embora o gênio tivesse
algumas vezes falado que não gostava de sua popularidade, isso não correspondia
ao seu comportamento, ele adorava repórteres e os repórteres o
adoravam. Einstein era pop e gostava disso!
Sugestão
de boa leitura:
Título: Einstein: sua vida,
seu universo.
Autor: ISAACSON, Walter.
Editora: Companhia das
Letras, 2007, 696 pág.
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