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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O sedutor do Sertão ou o grande golpe da mulher e da malvada

Ariano Vilar Suassuna (1927-2014) foi um escritor, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, artista plástico, professor universitário, advogado e palestrante brasileiro. Ariano é conhecido principalmente por sua obra-prima  "O Auto da Compadecida" que se constituiu em grande sucesso no cinema e na TV. Sua obra aborda o folclore nordestino acerca de fatos históricos daquela região e do país. O coroamento da obra de Suassuna se deu com sua eleição para a Academia Brasileira de Letras em 1989, para a Academia Pernambucana de Letras (1993) e Academia Paraibana de Letras (2000). O livro aqui resenhado é o primeiro contato deste escriba com a obra impressa do escritor paraibano por nascimento e pernambucano por opção, do qual apenas tinha assistido o filme sobre "O Auto da Compadecida", o qual contava com as inesquecíveis personagens de João Grilo e Chicó "trazidos à luz" respectivamente por Matheus Nachtergaele e por Selton Mello. Também havia assistido entrevistas de Ariano Suassuna, as quais traziam o seu humor impagável, dentre as quais uma dada ao saudoso apresentador Jô Soares no talk show por ele apresentado. Nesta ocasião ele levou a platéia e o apresentador às lágrimas ao tecer comentários sobre seu pavor em voar ante as recomendações agourentas acerca dos procedimentos a serem tomados quanto a possibilidade de um desastre aéreo.

            A obra "O sedutor do Sertão" foi escrita em menos de trinta dias e tinha como objetivo virar filme, plano que foi frustrado e, por isso foi engavetada e publicada somente em 2020, ou seja, seis anos após a morte do autor. A obra de Ariano Suassuna além do característico bom humor tem sempre um tom de crítica social. O período ambientado na trama é o início da década de 1930, a qual foi marcada por vários movimentos revolucionários no país e, em especial, na Paraíba, ocasião em que lideranças do município de Princesa Isabel quiseram fazer dele um novo estado, independente portanto, da Paraíba. O líder de tal movimento era o Coronel José Pereira que, apesar de fazer parte do mesmo partido político do presidente (governador) João Pessoa era inimigo deste. O pai de Ariano Suassuna (João Suassuna), antecedeu João Pessoa no governo da Paraíba e ao se retirar do cargo, voltou a morar em sua fazenda em Taperoá (sertão da Paraíba). João Suassuna que continuou na política, porém como deputado federal, foi acusado injustamente da morte de João Pessoa. Seu pai foi absolvido no tribunal, porém, foi assassinado logo em seguida. Há rumores (nunca confirmados) de que parentes de João Pessoa estariam envolvidos em tal morte. A mãe de Ariano, em dificuldades financeiras, vendeu a fazenda e a família se mudou para a capital de Pernambuco (Recife). É nesta cidade que Ariano completa seus estudos e estréia na literatura.

            Na trama de "O sedutor do Sertão" a personagem principal é Malaquias Pavão que tem em Miguel Biôco, seu fiel companheiro nas andanças pelo interior paraibano. Malaquias sempre que fiscalizado pelas autoridades, afirma ganhar a vida vendendo garrafadas (remédios feitos a partir de raízes e folhas de plantas) e impressos de contos e poemas. Malaquias, utiliza qualquer planta para fazer as ditas garrafadas, o segredo de seu sucesso é o discurso e encenações (exploração da boa fé das pessoas) onde seu ajudante Miguel Biôco que, como exemplo, aparece andando com muletas ante o ajuntamento de pessoas, toma uma garrafada "milagrosa" e fica "curado", abandonando as muletas. Malaquias ganha muito dinheiro vendendo cachaça sem selo, isso longe da polícia, pois era considerado um delito grave. Malaquias faz várias trapaças, logra pessoas e lhes toma aquilo que lhe é de interesse, seja dinheiro ou cavalos. Malaquias tem duas paixões, o cavalo Rei de Ouro, considerado o melhor do Sertão e Silviana, a bela esposa de Sinfrônio Perigo, de quem é sócio no contrabando de cachaça do Brejo que vende no Sertão. Ambos tentam passar a perna um no outro, Sinfrônio quer ficar com todo o dinheiro do negócio e também com o cavalo de  Malaquias, que por sua vez, quer para si, a mulher de Sinfrônio e, obviamente, ficar com todo o dinheiro. As personagens percorrem o interior da Paraíba e encontram grupos armados, ora leais ao Presidente João Pessoa, ora leais ao Coronel José Pereira, sendo obrigados a fingir que são apoiadores, ora de um, ora de outro, devido ao risco de morte em afirmar ser opositor. O autor faz uma crítica à polarização da época que dividiu a sociedade em amigos e inimigos. Como se isso não bastasse, havia ainda os inesperados encontros com os bandos do cangaço, os quais não apoiavam nenhuma das partes. Paro aqui para não dar spoiler. Fica a dica!

Sugestão de boa leitura:

Título: O sedutor do Sertão ou grande golpe da mulher e da malvada.

Autor: Ariano Suassuna.

Editora: Nova Fronteira, 2020, 248 pág.

 

sábado, 19 de novembro de 2022

Ana Terra


 A obra "Ana Terra" tal como "Um certo Capitão Rodrigo" (já publicada nesse espaço) faz parte da trilogia "O tempo e o vento" do escritor gaúcho Érico Veríssimo (1905-1975). Publicada separadamente, no entanto, é encontrada no volume 1 (O Continente). Caso o leitor tenha lido a trilogia ou o volume citado, trata-se da mesma trama lá encontrada. A trama tem inspiração nos fatos históricos do tempo nela retratado, dentre estes a Guerra Guaranítica (1753-1756), a Guerra da Cisplatina (1825-1828) e a Revolução Farroupilha (1835-1845), mas não é de forma alguma uma obra histórica.

            A história da personagem Ana Terra é contada no livro a partir do ano de 1777 quando esta contava vinte e cinco anos de idade e continuava solteira. É interessante, diria até poético, que a personagem ao narrar os fatos trágicos de sua vida afirma que estes sempre ocorreram em dias ventosos. Ana morava com seus irmãos Horácio e Antônio na fazenda de seus pais Maneco Terra e D. Henriqueta. Apesar de já estar com idade avançada para casamento (segundo os costumes da época), Ana não tinha interesse em buscar casamento, além do que as terras onde moravam eram muito distantes da cidade mais próxima (Rio Pardo). Tudo muda quando Ana encontra um índio ferido às margens do riacho onde lavava as roupas da família. Ana apavorada, corre avisar a família, o pai e os irmãos tratam o indígena da etnia Tapes. No entanto, quando recuperado, o índio resolve ficar e ajudar na lida da lavoura. Seu Maneco, gostaria que ele fosse embora, mas, também precisa de ajuda na lavoura. Certo dia, Ana vai lavar roupa e pressente que alguém a vigia, olha para trás e Pedro Missioneiro (o indígena) salta sobre o seu corpo e Ana que havia achado o índio bonito e, que a todo momento o observava, não oferece nenhuma resistência, beijam-se e fazem amor. Outras vezes isso ocorre, até que Ana descobre estar grávida.

            Ana comunica Pedro e pede para que fujam juntos, uma filha que perde a virgindade antes do casamento ou, pior ainda, que fica grávida sem ser casada, era uma desonra para a família. Pedro que tem uma aura mística sobre si, diz que não pode fugir e que tudo correrá como o destino determina para ele. Maneco Terra ao saber do fato manda os filhos Horácio e Antônio matarem Pedro em um local distante. Ana vê os irmãos saírem com armas e uma pá. Pedro não volta. Maneco Terra e irmãos não dirigem mais a fala à Ana. D. Henriqueta é a única a conversar com Ana.Os dias passam e Ana Terra dá a luz a um menino bonito, ao qual deu o nome Pedro (em homenagem ao pai da criança). Maneco e os tios ignoram a presença da criança que vai crescendo tendo a atenção unicamente da mãe e da avó. Maneco Terra começa a progredir e compra três escravos (um deles morre atingido por um raio). Os irmão aconselham a irmã a não se deitar com os escravos. Ana (irritada), descarrega toda a raiva que sentia contra os irmãos e o pai chamando-os de assassinos. Sempre que o filho pergunta do pai, Ana diz que ele morreu na guerra. Os anos passam, Horácio (o mais velho dos irmãos) se muda para Rio Pardo, estabelece um comércio e casa-se por lá. Antônio permanece trabalhando com o pai na fazenda e, casa-se com Eulália. Antônio e Eulália têm uma linda filha, a qual deram o nome de Rosa. Pouco tempo após cortar o cordão umbilical de sua neta, D. Henriqueta faleceu.

            Ana e Eulália ficam responsáveis pelos afazeres domésticos, os homens cuidam do cultivo do trigo, com o qual almejam ganhar muito dinheiro. Pedro cresce e demonstra cada vez mais interesse pela agricultura, o avô percebe e começa se render aos encantos deste, Ana vê o pai conversando com o seu filho, mas não interfere. Chega a notícia de que os castelhanos estão saqueando as fazendas e praticando atrocidades contra as pessoas que encontram. As mulheres e as crianças são orientadas por Maneco Terra a se esconderem no mato. Ana encaminha Eulália, Rosa e Pedro para se esconderem na mata, mas, volta para a casa, junto do pai e irmão. Questionada sobre as razões da volta, Ana diz que na casa há roupa de mulher e que ela ficará para despistar os bandidos, com isso procurando colocar a salvo Eulália e as crianças, pois, caso contrário, os castelhanos procurariam nos arredores. O pai pergunta se ela sabe o que pode lhe acontecer, Ana sem dizer palavra, dá a entender que sim. Os bandidos chegam, matam Antônio que tentou negociar para que não praticassem violência com eles e, mesmo ante a resistência possível de Maneco e dos escravos, estes são atingidos por tiros e caem desfalecidos. Os bandidos destroem a casa procurando dinheiro e jóias, questionada, Ana nega haver dinheiro em casa (ela não conta onde está o baú com dinheiro de seu pai). Os bandidos separam para levar em carroças, tudo o que há de valor na casa, a colheita de trigo e as provisões de alimentos. Levam também as poucas cabeças de gado bovino da propriedade.

            Ana é estuprada pelos bandidos, em estado de choque, desmaia. Quando volta à consciência, vê que os castelhanos se foram e que seu pai, seu irmão e os dois escravos estão mortos. Vai à mata à procura das crianças e da cunhada. Ana não conta à Eulália o que lhe aconteceu, ela percebe mesmo assim. Ela comunica à Eulália e às crianças que todos estão mortos e que eles precisam enterrar os corpos. A noite chega, as crianças dormem, Ana ouve o choro de Eulália. No dia seguinte, Ana acorda antes dos demais e descobre que a vaca mimosa fugiu dos bandidos e voltou, ela ordenha a vaca e, com grande felicidade acorda os demais oferecendo uma caneca de leite para cada um. Na manhã seguinte passa pela fazenda dos Terras duas carroças com a família de Marciano Bezerra com destino à Santa Fé, um povoado que estava sendo instalado nas terras do Coronel Ricardo Amaral. Ana e Eulália precisam decidir o que farão do resto de suas vidas, ficar na fazenda da família e reconstruí-la, tentando sobreviver ante os perigos de uma terra isolada, ou abandoná-la, se juntando à família de Marciano Bezerra e usar o dinheiro deixado pelo pai para se estabelecer no distante povoado. Fico por aqui para não dar spoiler! Fica a dica!

Sugestão de boa leitura:

Título: Ana Terra.

Autor: Érico Veríssimo.

Editora: Companhia das Letras, 2005, 112 pág.

sábado, 12 de novembro de 2022

Uma semana triste para a cultura ou se eu morrer antes de você

  Esta semana foi particularmente triste para a cultura. Na terça-feira (08/11) perdemos o roqueiro Dan Maccaferty (1946), o vocalista original da banda escocesa Nazareth. Dan se celebrizou com sua inconfundível, potente e rouca voz. Sua música foi para mim, a porta de entrada no gênero musical que a juventude atual afirma ser gosto musical de velho. É muito bom ser velho! No dia seguinte, a quarta-feira (09/11) perdemos também Gal Costa (1945) e sua inconfundível voz, uma das maiores cantoras da MPB, além de ser uma artista dotada de consciência social, algo extraordinário em um tempo em que a alienação e o individualismo imperam. No mesmo dia, o apresentador, ator, cantor, compositor Rolando Boldrin (1936) também deixou este plano. Sobre Rolando Boldrin há algum tempo escrevi neste espaço o artigo "A carapuça que te cabe...cabe?". Neste artigo citava Boldrin quando ele, talentosamente (como sempre) contava o "causo" do "Amigo da Onça". Caso o leitor deseje ler este artigo digite/copie o link abaixo:

 https://avistademeuponto.blogspot.com/2013/09/a-carapuca-que-te-cabe-cabe.html.

            Outra lembrança que tenho de Boldrin e que considero muito oportuna se deu quando ele magistralmente declamou o poema "Se eu morrer antes de você" de Padre Zezinho (José Fernandes de Oliveira) (disponível no You Tube) e cuja letra publico aqui.

 

Se eu morrer antes de você

 

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue com
Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.

Se alguns amigos contarem algum fato a
meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.

Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri,
mostre que eu tinha um pouco de santo, mas
estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que
eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas
que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Espero estar com Ele o suficiente para continuar
sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa
sobre mim, diga apenas uma frase:
"Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis
mais perto de Deus!"

Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas
não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.

E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de
minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha
na direção de Deus.

Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz
vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí,
sem nenhum véu a separar a gente,vamos viver,
em Deus, a amizade que aqui nos preparou
para Ele.

Você acredita nessas coisas?

Então ore para que nós vivamos como quem
sabe que vai morrer um dia, e que morramos
como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para
mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo
o seu começo. Mas, se eu morrer antes de
você, acho que não vou estranhar o céu..
Ser seu amigo... já é um pedaço dele..."

        

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Uma confissão


 O escritor russo Liev Tolstói (1828-1910) autor de Guerra e Paz e Anna Kariênina é presença constante neste espaço. Não poderia ser diferente, sua literatura é mundialmente reconhecida e conquista novos adeptos a cada nova geração de leitores. Tolstói teve duas fases em sua obra, sendo a primeira quando escreveu os calhamaços Guerra e Paz e Anna Kariênina, além de novelas e contos diversos. Em sua segunda fase, o escritor que nasceu em uma aristocrática família rural russa e, que nunca teve problemas com a falta de dinheiro, voltou-se para a espiritualidade. Nesta fase escreveu obras de cunho moral, espiritual e mesmo filosófico. Tolstói que havia adentrado a meia idade começa a se questionar sobre o sentido de sua existência, queria encontrar algo que desse sentido ao viver.

            O título "Uma confissão" mostra exatamente o sentido da obra. O autor relembra as várias fases de sua vida, a infância que é o momento em que é apresentado à Igreja Ortodoxa Russa, mesma religião que mais tarde o excomungou em 1901. Tal excomunhão ocorreu por suas críticas aos preceitos da referida igreja e é mantida até hoje. Enquanto criança recebia os ensinamentos religiosos e não os questionava, mas ao completar dezoito anos já não acreditava em nada. Nessa fase o autor russo ingressa na Universidade e dá início à sua vida boêmia na qual passa madrugadas jogando baralho (ganhando e perdendo dinheiro), bebendo muito e buscando o prazer sem compromisso com as mulheres. Não obteve êxito na Universidade, pois jamais se dedicou a ela, exceto no momento de seu ingresso. Tolstói lembra desses momentos e se recrimina por assim ter agido. Arrepende-se também das pessoas que matou, seja na guerra ou em duelos.

            Tolstói relembra quando amadureceu, abandonou a Universidade e voltou para Yasnaya Polyana, a fazenda que recebeu em herança de seus pais (que morreram quando ele era muito jovem). Nessa ocasião, Tolstói se casou, teve filhos, escreveu suas grandes obras (as quais recebeu a revisão de sua esposa). O autor russo sempre teve pensamentos de grandeza, desejou ser o maior escritor russo e estar no topo da literatura mundial superando Shakespeare e outros. Tolstói observa os servos (mujiques) de sua propriedade e percebe que eles levam uma vida muito sofrida, seu trabalho é pesado, no entanto, parecem ser mais felizes do que os ricos cuja vida confortável é constituída de muitas festas e, quase nenhum trabalho. No entanto, são os ricos que vivem entediados a reclamar da vida. Tolstói observa que os servos em seus últimos dias possuem uma leveza de espírito que torna a morte um acontecimento quase feliz. Ele não observa isso entre os ricos.

            A crise existencial pela qual Tolstói passou e que relatou nesta obra não constitui algo extraordinário. O leitor poderá ao ler, observar (caso seja jovem há mais tempo) que as indagações e inquietações são semelhantes as por ele(a) também vivenciadas. Tolstói que não vê sentido na vida, chega à conclusão que a fé é o que dá sentido à existência, nem por isso deixa de tecer críticas à Igreja Ortodoxa Russa e aos cristãos que vão à Igreja e, que no entanto têm sua prática muito diferente de suas falas. Ele também critica a rivalidade existente entre as religiões e, afirma que no ato em que cada uma destas igrejas se antagonizam afirmando ser a verdadeira Igreja de Deus atribuindo a falsidade a outra , provam justamente o contrário. Tolstói afirma que sempre buscou a verdade, porém para isso precisou separar a mentira e a verdade presentes no discurso da Igreja. O autor "confessa" na obra que por várias vezes pensou no suicídio, porém, encontrou na fé o sentido de sua existência. Ele acreditava que devia haver algo mais, e por isso valia a pena viver!

Sugestão de boa leitura:

Título: Uma confissão.

Autor: Liev Tolstói.

Editora: Mundo Cristão, 2017, 128 pág.