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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Magistério: uma profissão cada vez menos atraente!

Tenho o hábito de perguntar aos estudantes sobre a profissão que desejam futuramente exercer, e, vinte anos atrás era comum encontrar seis a oito alunos em cada classe que pretendiam ser professores. Porém, nos últimos anos, esse número caiu para um a dois estudantes e em muitas turmas inexiste quem tenha tal intuito. Decepcionado e curioso, perguntei os motivos pelos quais não desejavam ser professores e as respostas estavam relacionadas ao desrespeito ao professor por parte dos alunos e ao baixo salário. Quanto ao motivo mais citado, este decorre da crise civilizacional, da extrema desigualdade social que poda os sonhos dos jovens, e também, a desestruturação familiar, e, o descompromisso de muitos pais com o processo de formação educacional de seus filhos ao relegarem à escola função que não lhe cabe senão como apoio, tendo em vista que a base do fazer escolar é o trabalho com o conhecimento científico. Nos grandes centros, os cursos de licenciatura nas universidades públicas estão esvaziando e em universidades particulares sendo fechados, apesar da vital importância destes profissionais, sem os quais não se formam dentre outros, os médicos, os engenheiros, os advogados, os agrônomos e nem os professores. As instituições privadas de Ensino Superior, notadamente as de menor porte costumam oferecer cursos de licenciatura em centros menores cujo restrito mercado de trabalho, ainda faz do magistério uma oportunidade de fazer frente ao subemprego (profissões pessimamente remuneradas) e ao desemprego. Em nosso país, o salário mínimo atual (R$ 880,00) tido pelo presidente interino como excessivamente alto, nem sequer cumpre o que estabelece a Constituição Federal (vestuário, higiene, lazer, educação, moradia, transporte, previdência social, saúde e alimentação do trabalhador e de sua família), pois, segundo o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, no mês de Maio de 2016 deveria ser de R$ 3777,93. Historicamente, professores (as) em vários municípios e estados brasileiros ganhavam apenas o salário mínimo até a criação da Lei Nº 11.738 de 16 de Julho de 2008, sancionada pelo Presidente Lula que estabeleceu o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério e 1/3 de hora-atividade reduzindo a carga do trabalho escravo que se configurava/configura no trabalho além da jornada em classe, quando em suas residências, nos horários em que deveriam dedicar ao repouso e à família, ainda cumpriam/cumprem uma terceira jornada corrigindo provas, trabalhos, estudando e preparando aulas. O piso salarial para os professores do Magistério Público da Educação Básica em 2016 é de R$ 2135,64 para uma jornada de 40/h, não constitui nem o salário mínimo do DIEESE, apesar disso, Michel Temer já acenou com a possibilidade da revogação dessa lei e prefeitos e governadores de todo o país que desejam pagar menos aos professores já comemoram. É importante afirmar que o Piso Salarial constitui o mínimo a ser pago a um professor formado no Magistério (Ensino Médio) e que em vários estados e municípios existem planos de carreira, assim, conforme a sua formação (Ensino Superior; Especialização; PDE (Paraná); Mestrado; Doutorado), a formação continuada e o tempo de carreira agregam valor em seus vencimentos. Também é importante salientar que se um professor tem formação superior e pós-graduação somente pode ter o seu salário comparado aos profissionais cujo exercício de seus ofícios exija igual formação. E neste quesito, segundo Mariana Tokarnia (Agência Brasil) “os professores com formação no nível superior recebem o equivalente a 54,5% do que ganham outros profissionais também com curso superior”. Tokarnia cita Alejandra Meraz Velasco (Superintendente - “Todos pela Educação”) que afirma: “Como é pouco atraente a carreira de professor, isso leva à desvalorização social. A carreira não é tida como uma boa opção profissional, diferentemente do que ocorre nos países que estão no topo dos rankings internacionais”. E ainda, segundo Velasco, “Não é uma mudança do salário que muda a qualidade na educação, mas, a atratividade na carreira. É preciso pensar em todos os componentes, desde a atratividade das licenciaturas e pedagogia, a programas com identidade própria, que levem ao exercício do magistério e perspectivas de carreira atraentes, com bom salário inicial, condições para crescer na carreira e condições de trabalho e infraestrutura”! No país, vários prefeitos e governadores se recusam a implantar, planos de carreiras, cargos e salários e fazem do PSPN o teto (valor máximo) e há até mesmo, prefeitos que se recusam a cumprir o pagamento do piso, embora a lei estabeleça que os municípios ou estados que não tiverem condições de pagar o piso aos educadores podem solicitar auxílio do Governo Federal caso comprovem tal fato com a abertura das contas para as autoridades federais responsáveis. Estranhamente, não se sabe de nenhum caso de prefeito ou governador que fez tal solicitação ao Governo Federal, embora o choro seja grande.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Um pequeno homem, um grande ser humano!

O genial Alberto Santos-Dumont nasceu em 20 de Julho de 1873 na Fazenda Cabangu, no Distrito de João Aires, próximo à antiga cidade de Palmira, atual Santos-Dumont, em Minas Gerais, filho de Dona Francisca de Paula Santos e de Henrique Dumont (filho de franceses) engenheiro formado na França que ao voltar ao Brasil foi executor de vários trechos da Estrada de Ferro Central do Brasil. O pai de Santos-Dumont foi senhor de escravos (os quais libertou antes da Lei Áurea) e tinha na Fazenda Dumont em Ribeirão Preto sessenta quilômetros de ferrovias internas (muitas vezes as locomotivas eram conduzidas pelo jovem Alberto) para escoar a produção de café cuja qualidade era internacionalmente reconhecida e, por isso, no ato da venda da fazenda, os compradores exigiram que o nome Dumont pudesse continuar a ser usado. Santos-Dumont estudou nas melhores e mais caras escolas do país, mas, não se formou no Ensino Superior como queria seu pai, pois afirmava que “os estudos regulares, em todas as escolas, em todos os países, em todos os tempos, são os que se referem ao já feito. Com eles, a gente aprende atos que os outros já praticaram, pesquisas que os outros já fizeram, conquistas que os outros efetuaram, intuições que outros tiveram, ou que outros coordenaram. Com eles a gente a aprende sabedoria já pronta, completa em si”. O jovem Alberto, leitor contumaz do escritor francês de ficção científica Julio Verne, era admirador da capacidade de voo dos pássaros e gostava de por a mão na graxa, o que deixava perplexo o escocês chefe da oficina mecânica da fazenda por sua predileção pela mecânica ante a possibilidade de exercer profissões mais glamorosas com o apoio do dinheiro e sobrenome da família. Com a aprovação do pai e a confirmação de que não precisaria ganhar a vida, pois não lhe faltariam recursos, Santos-Dumont se transferiu para a França onde se dedicou ao estudo de Física e Química e a frequentar cursos de Mecânica e Eletricidade, mas, não conseguiu apoio dos aeronautas franceses que constituíam em seu ver, um grupo fechado. Admirador das novidades, o jovem brasileiro comprou um triciclo motorizado (moda da época entre os jovens), e, ainda em 1892 construiu seu próprio triciclo motorizado, mais potente e mais veloz, e criou a primeira corrida automobilística do mundo com direito a premiação a qual foi realizada no Velódromo do Parque dos Príncipes, em Paris. Insatisfeito, Santos-Dumont retornou ao Brasil, porém, sua inquietude pela não realização de seu sonho o levou de volta a Paris em 1897, quando após vencer a resistência dos aeronautas franceses, alugou um balão e fez seu primeiro voo, e iniciou uma série de experiências com balões e dirigíveis, muitas das quais, mal-sucedidas, porém, a cada fracasso o jovem aeronauta aprendia mais sobre a arte de voar e sua imaginação criativa resolvia os problemas técnicos com soluções inéditas. Os inventos de Santos-Dumont foram acompanhados pela sociedade parisiense, e seus feitos fotografados e filmados, e dessa forma, com o dirigível S.D. nº 6 contornou a Torre Eiffel e ganhou o Prêmio Deutsch em 1901. Santos-Dumont era muito popular na sociedade parisiense, influenciou a moda masculina desde o corte de cabelo, popularizou o relógio de pulso e criou o esqui mecânico de neve, entre outros inventos. Continuou aperfeiçoando os dirigíveis e costumava usar um modelo pequeno para deslocar-se em trajetos maiores na Paris do início do século XX, sugeriu a utilização dos dirigíveis como meio de observação e defesa contra submarinos. Na data de 23 de Outubro de 1906 no campo de Bagatelle diante de vários espectadores e de representantes do aeroclube da França, Santos-Dumont realizou com o 14-bis o primeiro voo homologado de uma máquina autopropelida mais pesada que o ar. Sobre a polêmica envolvendo os irmãos Wright que afirmaram ter realizado o pioneiro voo em 1903 (e que teriam guardado segredo) e somente em 1908 buscaram o reconhecimento pelo feito, Santos-Dumont disse: “Que diriam Edison, Graham Bell ou Marconi se, depois que apresentaram em público a lâmpada elétrica, o telefone e o telégrafo sem fios, outro inventor se apresentasse com uma lâmpada elétrica, telefone ou aparelho de telegrafia sem fios dizendo que os tinha construído antes deles”? Santos-Dumont mandou construir uma casa em Petrópolis, a qual é cheia de inovações no aproveitamento do espaço, e, que constitui atualmente um museu em sua memória. Os terríveis sintomas da esclerose múltipla aliada à depressão e a utilização do avião em campos de batalha como a mais terrível máquina mortífera já inventada, lhe trouxeram profundo desgosto pela vida, o que o levou ao suicídio por enforcamento no dia 23 de Julho de 1932 em um quarto de hotel no Guarujá. Sugestão de boa leitura: Santos-Dumont, no coração da humanidade. Welington Almeida Pinto. Edições Brasileiras.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O berço da Justiça é a Casa Grande

A oposição popular aos governos progressistas de Lula e Dilma levantou durante muito tempo a bandeira de que havia uma ditadura do PT no país e reclamava dos 12 anos ininterruptos de governos petistas, afirmando que a alternância no poder é necessária, estranhamente, porém, nada diziam quanto a essa necessária rotatividade antes de 2002 quando a direita estava no poder e nele esteve quase o tempo todo desde o período colonial e nem sobre o fato de que apenas líderes do PT ao serem denunciados na Operação Lava-Jato foram processados, julgados e presos, pois, inúmeras delações contra caciques tucanos e figurões do PMDB não resultaram sequer na abertura de processos de investigação. Alguns réus da Lava-Jato já deram depoimentos e muitos juristas consagrados afirmaram em entrevistas e/ou artigos que somente os fatos ocorridos nos governos petistas interessam para os procuradores de Justiça da Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava-Jato, apesar das promessas de empreiteiros de contar toda a história de corrupção ocorrida também no governo FHC, o que seria de grande benefício para o país. Nenhuma pessoa em sã consciência é contra o combate à corrupção, exceto aquelas que dela se beneficiam, e que, portanto, fazem uso do falso discurso moralista, tal como no triste episódio do gênero comédia pastelão do dia 17 de Abril transmitido ao vivo pelas emissoras de TV para todo o país, em que a assim chamada Casa do Povo (Câmara dos Deputados) ocupada por uma extensa legião de parlamentares corruptos e achacadores do governo (como muito bem definido por Cid Gomes) comandados pelo Presidente Eduardo Cunha um político corrupto e grande aliado do presidente interino/golpista Michel Temer e dono de uma genial mente a serviço do crime abusaram do uso da hipocrisia e atropelaram a Constituição Federal ao aprovar o prosseguimento de um processo de Impeachment ilegal, ou seja, sem nenhuma prova concreta de crime praticado pela Presidenta (até hoje não há), o que configura golpe. A suprema humilhação dos golpistas e de seus apoiadores se dá pelo fato de que a cada semana os parlamentares da brigada de combate à corrupção do governo Dilma são denunciados ou cassados por corrupção, apesar de seus votos dedicados à família, à honestidade, à moralidade na política, aos bons costumes, etc.. Enquanto a Justiça não for igual para todos e todos não forem iguais perante a Justiça, o que continuaremos a ter é uma democracia de fachada a encobrir a plutocracia (governo dos ricos e para os ricos) com a vergonhosa manutenção de seu status quo, ou seja, uma das maiores desigualdades socioeconômicas mundiais. Enquanto a Justiça não for da altura que o país precisa, os cleptocratas (ladrões) que se instalam nos governos municipais, estaduais e federais continuarão governando em benefício próprio e enriquecendo à custa do erário público. A operação Lava-Jato não representa (pelo que até aqui demonstrou) a possibilidade de passar o país a limpo, pois, se trata de uma operação claramente seletiva e partidária e não faltam artigos e entrevistas de juristas renomados a corroborar essa afirmação. Lembro de uma frase genial cuja autoria é por mim ignorada e que constitui uma pedra angular do que se tornou o edifício jurisdicional brasileiro e que afirma: “A Justiça não é cega e nem neutra, ela é burguesa”! A verdade é que grande parte dos magistrados brasileiros tem sua origem na Casa Grande, são oriundos de famílias tradicionais burguesas e que consciente ou inconscientemente defendem aquilo que está arraigado em sua vivência tendo em vista que nasceram e cresceram num ambiente ideológico conservador, sendo assim, aceitam com naturalidade o escandaloso salário turbinado por meio de manobras para burlar o teto máximo, que embora consideradas legais, constitui uma imoralidade a olhos vistos e que lança até mesmo sobre o mais bem intencionado Juiz uma nódoa em sua biografia. Os Magistrados oriundos de famílias humildes constituem minorias, e, não estão livres de se deslumbrarem pelo nababesco padrão de vida conquistado e tornarem-se também conservadores e defensores dos interesses da burguesia e dos partidos que a representam, porém, a proximidade maior com a realidade do povo brasileiro, atenua o risco. Penso que o amadurecimento da democracia e o avanço no combate à corrupção passa pelo aumento do ingresso de jovens oriundos da Senzala (classe trabalhadora) na Magistratura e no Ministério Público bem como no Parlamento, com remunerações dignas, porém, sem as atuais mordomias que fazem corar de vergonha os parlamentares e magistrados suecos, e, de indignação, os cidadãos brasileiros esclarecidos.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Voar é para os pássaros ou ler a bula é opcional!

O sonho de voar povoa a mente humana, possivelmente, desde os primórdios da humanidade quando nossos ancestrais olharam para o céu e viram criaturas aladas. A civilização grega que tanto contribuiu para o conhecimento humano nos legou o relato mitológico de Ícaro e seu pai Dédalo, responsáveis pela construção do labirinto para aprisionar o Minotauro (monstro metade homem, metade touro) que mais tarde, foi morto por Teseu. Após a morte do Minotauro, Dédalo e Ícaro tiveram a ideia de construir asas com cera de abelha e penas de gaivota para que pudessem, enfim, abandonar a obra que havia se tornado uma prisão para seus próprios construtores. O pai Dédalo preveniu Ícaro para não voar demasiadamente alto ou muito baixo, pois, o calor do sol poderia derreter a cera ou a umidade do mar poderia tornar as asas pesadas demais para o ato de voar. Ícaro, no entanto, não obedeceu aos conselhos de seu pai e voou alto o que fez a cera derreter e as penas desgrudarem das asas ocasionando sua queda no Mar Egeu, então, Dédalo sozinho e inconsolável seguiu sua viagem até a Ilha da Sicília onde foi recebido na casa do Rei Cócalo. O mito de Ícaro retrata de forma poética o sonho humano de voar tornado realidade há mais de um século e a necessidade de seguir o planejamento do voo para evitar insucessos. Há alguns dias, em um programa sobre aviação, um piloto afirmou: “um voo bem sucedido é aquele concluído com uma aterrissagem” e, o oposto, o acidente aeronáutico, raramente ocorre, porém, produz manchetes sensacionalistas devido ao grande número de vítimas resultantes da queda desses verdadeiros colossos do ar no que tange ao número de pessoas transportadas. Para quem tal como eu é amante da aviação, e sabe ser esta, o coroamento da capacidade inventiva do ser humano e que se guia pela razão à luz das estatísticas e não pela emoção dos programas e reportagens sensacionalistas, a obra Caixa-Preta de Ivan Sant’Anna é interessante, pois, relata os acidentes do Varig voo RG 820 que caiu em Paris, já nas proximidades do aeroporto de Orly onde aterrissaria, acidente ocasionado por incêndio resultante de uma ponta de cigarro aceso jogado na lixeira de um toalete e que teve como saldo a morte de 123 passageiros e 11 sobreviventes. Outro caso tratado na obra é o voo VP-375 (Vasp) sequestrado e cujo sequestrador Raimundo Nonato pretendia jogar o avião sobre o Palácio do Planalto em 1988 (13 anos antes do ataque terrorista ao WTC - 11/09/2001) e cujo desfecho não foi mais trágico graças ao sangue frio e perspicácia do comandante da aeronave. O terceiro caso é o do avião que fez um pouso forçado na selva amazônica (Varig – voo RG 254) devido à falha humana resultante da inserção de rumo errado nos instrumentos de orientação da aeronave que tinha como destino Belém do Pará, mas, que levou o avião a voar a esmo sobre a Amazônia (à época desprotegida pelo radar) até o combustível acabar e cair no sul do Pará causando a morte de 12 pessoas e tendo 42 sobreviventes resgatados pela FAB após incessante busca de 48 horas de duração. Os acidentes aeronáuticos já foram tema de filmes de Hollywood, de atos terroristas, de consultas ao psicólogo ou ao “personal flyer” (profissional que presta serviços na orientação de pessoas iniciantes em viagens aéreas ou que destas têm receio). Há, porém, os casos de fobias, e estas podem incluir uma ida ao médico para com a ajuda da ciência controlar a ansiedade exagerada. Pesquisas mostram que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, o primeiro é o elevador e que o risco de acidente em uma viagem de automóvel é muito maior do que numa viagem de avião, e, se levarmos em conta a precariedade das rodovias brasileiras, mal conservadas, ou dotadas de pistas simples mesmo com intenso tráfego, os riscos são ainda maiores. As aeronaves para estarem habilitadas a voar precisam ter seu plano de manutenção em dia (o que nem sempre ocorre com os automóveis nas rodovias) e todo acidente é investigado para descobrir sua causa, apurar as responsabilidades e prevenir a ocorrência de futuros acidentes. Ler a bula do remédio (efeitos colaterais) ou voar causa ansiedade e isso é normal, mesmo, passageiros que voam rotineiramente afirmam ter algum nível de ansiedade anterior ao voo ou durante o mesmo, a exceção fica por conta de uma minoria de passageiros que tratam o voo como algo tranquilo como assistir o telejornal, apesar de que ultimamente, assistir o telejornal não tem sido mais um momento de tranquilidade. Se preferir não leia a bula e nem o livro, mas, saiba, a estatística não deixa margem para a dúvida, o avião é mais seguro! Sugestão de boa leitura: Caixa-Preta: o relato de três desastres aéreos brasileiros – Ivan Sant’Anna – Editora Objetiva.