quinta-feira, 17 de setembro de 2015
A crise, a mídia e os efeitos psicológicos!
Paulo Henrique Amorim popularizou a expressão “PIG” (Partido da Imprensa Golpista) que segundo ele é formado pelos grandes grupos midiáticos que abandonaram o jornalismo sério e passaram a fazer o papel que caberia aos partidos de oposição aos governos de esquerda que dirigem o país desde 2003. Não por acaso, o apresentador de TV e blogueiro publicou recentemente o livro “O Quarto Poder”. O sugestivo título do livro remete à imprensa, assim considerada, e cujo maior poder não está naquilo que divulga, mesmo carregado da ideologia que lhe é própria, mas, sobretudo aquilo que intencionalmente omite, ou seja, além de levar o telespectador, ouvinte ou leitor a pensar de acordo com um estratagema, também omite as informações consideradas prejudiciais aos interesses da classe social/grupos econômicos que a Grande Mídia representa.
Penso que se você estiver angustiado pela violência do “mundo cão” em que vivemos, ajuda muito no aspecto psicológico, não assistir aos programas policiais, que em muitos países desenvolvidos já foram proibidos, isso não irá frear a violência, mas, certamente fará com que você tenha menos probabilidade de desenvolver doenças psicológicas ou alterações comportamentais. Da mesma forma se você deixar de assistir demasiadamente certos canais que repetem exaustivamente o tema crise, e, passar a olhar para os aspectos palpáveis da crise econômica se tornará mais otimista, pois verá que já passamos por crises mais graves e sobrevivemos, pois, o que temos é uma mídia parcial que adotou a agenda negativa, ou seja, divulga somente notícias que causam desgaste ao Governo e evita a divulgação de notícias benéficas para que o PT perca seu capital eleitoral perante a população. Tanto é assim que se você perguntar à pessoas leigas qual é o partido mais corrupto do país, há grande chance de estes afirmarem ser o PT, quando este se encontra na nona posição num ranking liderado respectivamente pelo DEM, PMDB e PSDB. Já observei que as pessoas que se submetem excessivamente à audiência de telejornais são os mais angustiados com a situação econômica pela qual passa o país sendo, que houve quem me falasse que o país entrou numa crise econômica da qual “jamais” terá forças para sair.
Na realidade atual do capitalismo global não há céu de brigadeiro para ninguém, nem mesmo para a poderosa China, maior credora individual dos Estados Unidos. Nós brasileiros, vivemos um momento de turbulência, mas que não se compara ao governo FHC em que uma turbina estava falhando e a outra pegando fogo, pois, naquela ocasião, tínhamos apagão energético, balança comercial desfavorável, taxa de desemprego mais alta, forte arrocho salarial, inflação mais elevada e reservas cambiais minúsculas se comparadas ao montante atual e por três vezes imploramos de joelhos o socorro do FMI, ao qual, não se cogita em hipótese alguma recorrer, até porque o Brasil é credor do FMI e também o quarto maior credor dos Estados Unidos. Não me preocupa que a suspeitíssima agência de avaliação de riscos Standard & Poor’s tenha rebaixado a nota do Brasil, pois, na avaliação de riscos, o país ainda se encontra quatro notas acima do Governo FHC e também porque essa agência por incompetência ou má-fé, jogou muita gente na miséria ao avaliar positivamente o falimentar banco Lehman Brothers. Não me preocupo com os jovens, que não conheceram o Brasil da hiperinflação (Deus o tenha, Itamar Franco, Pai do Plano Real), mas, preocupa-me ver gente calejada que cresceu convivendo com crises maiores desanimando. A verdadeira nota de confiança no país quem dá somos nós, pois, o nosso desânimo é a energia dos especuladores e a alegria dos políticos oportunistas e é sandice torcer pela queda do avião em que estamos embarcados!
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