quinta-feira, 6 de março de 2014
Os Hitlernautas e os inocentes úteis no ano D – Parte 3
Uma polêmica se instalou em nosso país por conta da vinda dos médicos estrangeiros, tal polêmica em parte foi alimentada pela grande imprensa que sabemos tem lado e não é aquele representado pela esquerda. Como o Governo Federal representa a esquerda no Poder, a grande mídia tomou para si a tarefa de fazer oposição uma vez que os principais partidos de oposição acostumados a deleitarem-se no Poder têm sido ineficientes em captar o apoio popular. A oposição se irrita com as comparações de dados estatísticos sobre os governos de Lula e Dilma com o governo de Fernando Henrique Cardoso, penso que não há nada mais natural, compreensível e necessário, pois, na política brasileira existem dois projetos para o país, o projeto da direita representado pelo PSDB e cujo ícone foi FHC quando de seus oitos anos no Poder (1995-2002) e o projeto da esquerda representado pelos Governos petistas de Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2014). A choradeira da oposição se deve ao fato que comparar dados estatísticos das duas formas de governar é extremamente prejudicial às pretensões eleitorais dos tucanos. De minha parte sempre considerei extremamente útil a comparação dos dados estatísticos, pois, sua análise revela a prática ao governar, o que está além do mero discurso. A oposição critica os dados do atual governo, mas jamais o faz citando seus próprios dados enquanto governo, pois, estes eram piores aos dos Governos Lula e Dilma, assim, preferem afirmar que este ou aquele país está fazendo melhor, ou que o resultado poderia ser melhor, embora não fizessem melhor quando governaram.
Quando FHC era o presidente trouxe ao país médicos cubanos, a revista Veja o aplaudiu e não houve nenhum estardalhaço, como o governante era da direita, a parte da massa popular que corresponde a tal segmento político o apoiou ou pelo menos não lhe condenou, pois, nenhum discurso contrário foi realizado. A oposição obviamente também não criticou a vinda dos médicos cubanos considerando-a necessária. No entanto, os tempos são outros e a direita acostumada ao Poder encontra-se no limbo da oposição, dessa forma, procura capitalizar qualquer ato administrativo do Governo Federal que possa render polêmica objetivando desgastá-lo, mesmo que isso coloque a oposição numa contradição, ou seja, criticar aquilo que um dia foi favorável. É importante observar que a vinda de médicos ao país é necessária tendo em vista a falta e principalmente a má distribuição destes profissionais pelo território nacional. Ser contra, é não ter uma atitude racional e menos ainda humanitária. Existem médicos que são contrários ao programa “Mais Médicos”, dessa forma, agem de forma corporativista buscando preservar o mercado de trabalho para os profissionais brasileiros, quase sempre oriundos de sua própria classe social (média e alta), ao tomarem tal atitude esquecem o juramento de Hipócrates e fazem desdém ao sentido humanitário de tal profissão. O Governo Federal tem a obrigação de prover os mais diversos rincões deste país de médicos e se necessário contratar profissionais estrangeiros para aqueles lugares onde os médicos brasileiros não desejarem ir, pois a população não pode ficar desassistida.
A verdade por trás dessa polêmica não diz respeito a todos os profissionais estrangeiros que chegam ao país, se refere na verdade, à maior parcela deles e que é vinda de Cuba, cuja qualidade da medicina é reconhecida internacionalmente inclusive por seus excelentes dados estatísticos. Há em nossa sociedade pessoas que ainda vivem no período da Guerra Fria, da divisão bipolar do mundo entre Capitalismo e Socialismo, são pessoas que pararam no tempo e de posse de “discursos senso comum” vêm em cada médico cubano um potencial “Che Guevara” e temem a implantação da revolução no país, e estão certos, os médicos cubanos estão contribuindo para uma revolução no país, mas, esta diz respeito ao tratamento humanitário dispensado aos pacientes, o restante é paranóia de gente com transtorno bipolar revelado por seu comportamento contraditório conforme o governante de plantão.
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